LXXXIII

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Soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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Era possível ouvir o barulho do coração batendo, da gota de suor escorrendo pela testa assim como do engolir seco.

O colete estava posto e Gizelly tinha as mãos no volante do carro, batucava com os dedos a todo momento devido ao nervoso que sentia, seu peito subia e descia a todo momento, era como se tivesse em uma corda bamba.

Os policiais cercaram a casa por todos os lados, não poderiam vacilar e deixar que o bandido fugisse, estavam agindo na maior calma possível.

— Vai dar certo, vai dar certo!

Gizelly repetia para si mesma a todo momento, nunca tinha estado em uma situação daquela mas sentia que deveria está.

O barulho de coisas se quebrando, falatório, e ação dos policiais já era perceptível e audível.

PARADO!

A voz de Ribeiro soou como uma ordem vindo de dentro da casa e logo após dois disparados foram ouvidos.

— Chega de esperar!

Gizelly desceu do carro correndo, entrou na casa e viu que a ação tinha acabado.

— Gizelly... - Ribeiro estava de joelhos no chão junto de um policial - Ele foi baleado, faz alguma coisa!

A cirurgiã olhou para os lados e viu que Paulo estava caído no chão, imobilizado por um outro policial.

— Olha pra mim,.. - Gizelly segurou no rosto do homem baleado - Fica comigo!

Gizelly pressionou o ferimento que havia sido próximo a barriga, rapidamente rasgou um pedaço da camisa que o mesmo usava para estancar o sangue.

— Fala comigo, cara! - Gizelly o sacudiu

— Eu... Aí! Eu tenho um filho... - O policial disse com a voz embargada e segurou na mão de Gizelly - Por favor, não me deixa morrer... Por favor!

Gizelly sentiu o coração apertar, só pensava em Nicolas, em como seria a vida de seu filho caso estivesse no lugar daquele policial baleado, e só de pensar, doeu.

— Eu preciso de uma faca e soro, pra agora! - Gizelly encarou Ribeiro

O investigador levantou-se correndo na direção da cozinha, o barulho de gavetas sendo abertas e coisas sendo derrubadas no chão dava para se ouvir até na portaria do condomínio.

— Eu vou morrer... - O policial tossiu

— Você não vai morrer! - Gizelly pressionou o ferimento, sentiu que a pressão dele estava começando a baixar - Não vai...

Ribeiro voltou com uma faca pequena nas mãos, um soro que nunca imaginou achar e uma toalha.

— Segura aqui! - Gizelly puxou Ribeiro e pegou os utensílios que pediu - Vai doer um pouco, mas seu corpo está quente então, você aguenta firme... Pelo seu filho!

Gizelly pegou a faca e viu que a lâmina brilhava, havia acabado de sair da caixa ao que parecia. O soro serviu para passar na lâmina e limpar o sangue de cima do ferimento.

NORONHA | GIRAFA - G!PTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang