XLIII

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Soltem aquela estrelinha pra mim uai!

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As palavras que saíram de Gizelly era com absoluta e total certeza, nunca afirmou algo com tanta convicção assim em toda sua vida.

A família Bicalho em si sempre fora sem problemas, talvez por todos apenas cederem as ordens dadas por Mariana, a forma como ela usava isso para "proteger" os filhos faziam com que eles cederem, afinal ela era mãe, que mal poderia fazer? Até a chegada de Rafaella.

Mariana encarou sua filha caçula seriamente, sentiu todas as células de seu corpo reagir quando ouviu aquela acusação mas tentava não se deixar abalar, não poderia e nem queria, ela ainda imaginava que tudo iria voltar para o poder de suas mãos.

— O que? - Mariana riu - Você só pode está brincando!

— Brincando?! - Gizelly indagou - Brincando eu estaria se ainda estivesse no controle de suas chantagens, deixando você mandar na minha vida e no que eu queria fazer!

— Sou sua mãe! - Mariana esbravejou - Eu só quero o seu bem!

— O meu bem? - Dessa vez quem riu foi Gizelly - Quando você quis o meu bem? Fala pra mim, foi quando me tirou do hospital, ou quando ameaçou o meu filho, foi ontem? QUANDO VOCÊ QUIS O MEU BEM?!

— Não fiz nada do que você veio me acusar aqui... - Mariana disse, calma, ela conseguia tirar qualquer um do sério - Está acusando a pessoa errada!

— A é? - Gizelly passou as mãos pelo rosto - E quem foi?

— Não sei... - Mariana tomou um gole de suco - A mãe do seu filho, se for o seu filho não é, é tão santa assim?

O barulho do espalmo das mãos de Gizelly na mesa de vidro ecoou por toda a sala de jantar.

— Não abre sua boca pra falar do Nicolas e muito menos da Rafaella, apesar de ser minha mãe você é a pessoa mais suja que eu já conheci e não deve se referir a eles de nenhuma forma! - Gizelly falou, séria - Eu tenho repulsa de você, eu me odeio por ser sua filha, eu gostaria de poder lavar a minha alma por carregar seu sobrenome, eu me limparia de toda sujeira que você já fez que envolve minha vida, você não imagina o quanto eu odeio isso tudo, você acabou com tudo que fazia sentido pra mim, você nunca se quer agiu como mãe, e você vai acabar sozinha...

Aquilo atingiu Mariana com força, sua única reação foi se levantar e lançar um tapa no rosto de Gizelly que cortou o que ela disparava ao falar.

— Sou sua mãe, você me deve respeito! - Mariana falou, sua voz estava trêmula

Gizelly sorriu e passou a língua pelos dentes cuspindo no chão, estava com tanta raiva que não sentia dor, seu sangue estava tão quente que nada fazia efeito, o ódio corria solto em si.

— Você pode me bater quantas vezes quiser e desejar, nada vai mudar o que eu falei, nada vai mudar o fato de você ser uma maluca, nada vai tirar a sujeira de suas mãos, nada vai fazer com que você se sinta menos culpada, nada vai fazer com que eu te ame como mãe...

Gizelly falou sem culpa, sem receios, sem medos, Mariana sentiu seu peito arder ao ouvir aquelas palavras, a mulher deixou uma lágrima solitária cair e engoliu seco.

NORONHA | GIRAFA - G!PWhere stories live. Discover now