LXXXV

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Soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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O pavor e o medo corria diante dos olhos de Paulo e Tales, eles sabiam que iam morrer, sabiam que ao falar o nome do verdadeiro culpado de tudo aquilo seus pescoços estariam na forca sem oportunidade de se salvar.

— Você quer um culpado, Ribeiro? - Paulo riu - Tem um!

— Estamos mortos... - Tales cobriu o rosto com as mãos - Mortos!

Ribeiro se apoiou na cadeira e respirou fundo, o sol estava a poucas horas de nascer e ele estava longe de dormir.

— Você sabe que ele é culpado e sabe que não vai pegar ele, não é? - Paulo andou pela sala - Estamos falando do homem mais poderoso de toda a Elite do Rio de Janeiro, você não está lidando com traficantes burros que andam com uma metralhadora pendurada no pescoço. O bandido que você procura anda de terno e gravata, almoça em lugares caros, dirige carro blindado e senta na cadeira da presidência de um dos melhores hospitais daqui, vamos ser francos,.. O nome do Carlos Bicalho vai ser arquivado em menos de dois tempos!

O nome do patriarca da família Bicalho estava sendo dito em alto e bom som dentro daquela sala de interrogatório e nunca, jamais, os netos de Carlos sentiram tamanho baque.

Gizelly soltou o copo de café no chão e engoliu seco, a respiração falha fez com que colocasse as mãos trêmulas no rosto, era como se as peças de sua vida não tivessem mais conexão.

— Não pode ser... - Gizelly repetiu para si mesma - Não pode, não pode ser!

— Hey?! - Rafaella se aproximou - Eu estou aqui, não vou te deixar só!

Rafaella puxou Gizelly para seus braços e sentiu que o corpo da cirurgiã estava trêmulo como nunca tinha visto antes.

— Calma... - Rafaella sussurrou - Estou aqui!

A forma como Rafaella segurava o mundo de Gizelly quando tudo parecia desabafar era o que fazia com que elas se conectassem mais ainda.

Giovanna se aproximou de Gabriel que estava do mesmo jeito, era a única que estava com controle emocional da situação naquele momento.

— Temos o sangue de tudo que ele fez em nossas mãos, Giovanna... - Gabriel falou, chegava a sentir o ar lhe faltar naquele momento - Ele é um assassino!

— Hey?! - Giovanna segurou no rosto do mais novo - A gente não tem culpa de nada disso, não importa o que somos pra ele, ele vai pagar por tudo isso!

O choro de Gabriel começou a descer e Giovanna sentiu seu coração se partir ao meio. O Dj sempre foi o mais sentimental entre os três.

Gizelly respirou fundo e segurou no rosto de Rafaella, juntando suas testas, olhando naqueles olhos cintilantes, aqueles olhos verdes intensos.

— Você não deveria está envolvida nisso... - Gizelly falou - Desculpa...

— Você não me deve desculpas, isso não é culpa sua! - Rafaella a segurou no rosto

Giovanna se aproximou da caçula junto de Gabriel, os quatro se abraçaram como se procurassem forças uns aos outros.

Vai ficar tudo bem!

NORONHA | GIRAFA - G!PWhere stories live. Discover now