Quiméricos Astrais- Desventuras Mágicas(vol.I)

Zabulon e o Heavy Metal

Zabulon estava entediado. Ele já tinha pregado peças em várias pessoas naquela noite, mas nenhuma delas tinha sido muito divertida. Ele queria algo mais emocionante, algo que fizesse as pessoas gritarem e correrem em pânico. Ele queria ver o caos e a destruição.

Ele olhou ao redor, procurando por alguma oportunidade. Ele estava em uma grande cidade, cheia de luzes e ruídos. Havia muitos lugares onde ele poderia causar problemas, mas nenhum deles lhe chamou a atenção. Até que ele ouviu um som que lhe despertou a curiosidade. Era um som alto e pesado, como o de um trovão. Era o som de uma guitarra elétrica.

Ele seguiu o som até chegar a uma casa de shows, onde havia uma fila de pessoas vestidas de preto, com camisetas de bandas, jaquetas de couro e tatuagens. Elas pareciam animadas e ansiosas para entrar no local. Zabulon leu o cartaz na entrada: "Hoje: Show de Heavy Metal com as bandas Primal Fear, Abbath e Massacration".

Zabulon sorriu maliciosamente. Ele adorava heavy metal. Não pela música em si, mas pelo que ela representava: rebeldia, violência, blasfêmia. Ele achou que aquele seria um lugar perfeito para se divertir. Ele se infiltrou na fila, passando despercebido pelos seguranças. Ele entrou na casa de shows e se misturou à multidão.

Lá dentro, o ambiente era escuro e abafado. Havia centenas de pessoas aglomeradas em frente ao palco, onde a primeira banda estava se preparando para tocar. Zabulon olhou para o palco e viu os instrumentos, os amplificadores, os microfones, os cabos. Ele teve uma ideia.

Ele se aproximou do palco, fingindo ser um fã empolgado. Ele esperou até que a banda começasse a tocar e que as pessoas começassem a pular e a bater cabeça. Então, ele usou sua cauda para cortar um dos cabos que ligava os amplificadores à tomada. Ele fez isso com cuidado, para não chamar a atenção.

Ele esperou alguns segundos e viu o resultado. Uma faísca saiu do cabo cortado e atingiu um dos amplificadores, que explodiu em chamas. O fogo se espalhou rapidamente pelos outros equipamentos, criando uma bola de fogo no palco. A banda parou de tocar e saiu correndo, assustada.

- "Merda! Merda! Merda!" - gritou o vocalista, enquanto corria para longe do fogo.
- "O que foi isso? Foi um curto-circuito?" - perguntou o guitarrista, enquanto seguia o vocalista.
- "Não sei! Só sei que temos que sair daqui!" - respondeu o baixista, enquanto carregava sua guitarra.
- "E os nossos fãs? Eles estão bem?" - indagou o baterista, enquanto olhava para trás.
- "Não temos tempo para pensar nisso! Vamos!" - ordenou o vocalista, enquanto empurrava a porta dos fundos.

As pessoas que estavam na frente do palco também entraram em pânico e tentaram fugir, mas foram impedidas pela multidão que estava atrás.

- "Socorro! Socorro! Tem fogo no palco!" - gritou uma mulher, enquanto tentava abrir caminho entre as pessoas.
- "Cala a boca! Não é fogo! É parte do show!" - retrucou um homem, enquanto segurava a mulher pelo braço.
- "Não é não! Olha lá! Os músicos estão fugindo!" - argumentou a mulher, enquanto apontava para o palco.
- "Ah, é mesmo? Então deve ser algum truque! Eles vão voltar daqui a pouco!" - insistiu o homem, enquanto puxava a mulher para perto dele.
- "Me solta! Me solta! Eu quero sair daqui!" - implorou a mulher, enquanto chorava.

Zabulon riu alto, vendo o desespero das pessoas. Ele achou aquilo muito divertido. Ele se teletransportou para outro ponto da casa de shows, onde havia um extintor de incêndio. Ele pegou o extintor e o abriu, liberando o gás dentro dele. Ele jogou o gás sobre as pessoas que estavam tentando sair pela porta principal, fazendo-as tossir e sufocar.

- "O que é isso? O que é isso?" - perguntou um rapaz, enquanto sentia uma ardência nos olhos e na garganta.
- "É algum tipo de gás! É algum tipo de gás!" - respondeu uma moça, enquanto cobria o nariz e a boca com a mão.
- "Quem fez isso? Quem fez isso?" - questionou outro rapaz, enquanto olhava para os lados.
- "Não sei! Não sei! Só sei que temos que sair daqui!" - exclamou outra moça, enquanto empurrava as pessoas à sua frente.