O Golpe do Diabrete

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Era uma tarde quente e abafada na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Um grupo de amigos estava reunido na laje de uma casa, tomando uma cerveja gelada e jogando conversa fora. Eles eram o Léo, o Nando, o Duda e o Beto, todos moradores da comunidade e envolvidos em pequenos delitos.

- E aí, galera, beleza? - disse o Léo, o líder do grupo, que tinha um cabelo loiro e espetado e usava um boné virado para trás.

- Beleza, Léo. E você, como tá? - respondeu o Nando, o mais velho do grupo, que tinha uma barba rala e usava um óculos escuro.

- Tô de boa, Nando. Só na expectativa do nosso próximo lance. - disse o Léo, com um sorriso malicioso.

- Qual é o lance, Léo? Conta aí. - perguntou o Duda, o mais novo do grupo, que tinha um rosto redondo e usava um brinco na orelha esquerda.

- O lance é o seguinte, Duda. Eu descobri que tem um cara que mora aqui na favela que tem um bicho de estimação muito estranho. Um bicho que vale uma grana preta no mercado negro. - disse o Léo, baixando a voz.

- Que bicho é esse, Léo? Um tigre? Um leão? Um jacaré? - perguntou o Beto, o mais gordo do grupo, que tinha uma camisa do Flamengo e usava uma corrente de ouro no pescoço.

- Não, Beto. Nada disso. O bicho é um diabrete.

Nando arregalou os olhos e disse:

- Coe, mermão, roubar de morador aqui na favela é dez pauladas dos caras da boca!

- Não se preocupe, Nando. Eu já tenho tudo planejado. Nós vamos entrar na casa do Zeca hoje à noite, quando ele estiver dormindo. Nós vamos usar uma escada para subir até a janela do quarto dele, que fica no segundo andar. Nós vamos abrir a janela com cuidado e entrar de mansinho. Nós vamos pegar o diabrete que deve estar dormindo na cama do Zeca e sair correndo. Nós vamos colocar o diabrete em uma caixa de papelão com alguns furos para ele respirar e levar ele para o nosso esconderijo. Lá nós vamos esperar o meu contato ligar para nos dar o endereço do comprador. Nós vamos entregar o diabrete para o comprador e receber o dinheiro. E pronto. Nós vamos ficar ricos e felizes. - disse o Léo, confiante.

- Parece fácil, Léo. Mas será que não tem nenhum risco? Será que o Zeca não vai acordar? Será que o diabrete não vai morder a gente? Será que o comprador não vai nos passar a perna? - perguntou o Nando, preocupado.

- Relaxa, Nando. Não tem nenhum risco. O Zeca é um cara tranquilo, ele não vai acordar. O diabrete é um bicho manso, ele não vai morder a gente. O comprador é um cara sério, ele não vai nos passar a perna. Eu garanto que tudo vai dar certo. - disse o Léo, tranquilizando o Nando.

- Tá bom, Léo. Eu confio em você. Vamos fazer isso então. - disse o Nando, se convencendo.

- Isso aí, Nando. Vamos fazer isso então. E vocês, Duda e Beto, estão dentro? - perguntou o Léo, olhando para os outros dois.

- Estamos dentro, Léo. Vamos nessa! - disseram o Duda e o Beto, em coro.

E assim eles decidiram executar o seu plano de roubar o diabrete do Zeca e vender ele para um colecionador maluco.

À noite, eles se encontraram na esquina da rua da Padaria, cada um com uma mochila nas costas e uma lanterna na mão. Eles caminharam até a casa do Zeca, que ficava no final da rua, e se esconderam atrás de um muro.

- Prontos? - sussurrou o Léo.

- Prontos! - sussurraram os outros três.

- Então vamos! - sussurrou o Léo.

Eles pularam o muro e entraram no quintal da casa do Zeca. Eles viram uma escada encostada na parede lateral da casa e foram até ela.

- Quem vai primeiro? - sussurrou o Léo.
- Eu vou! - sussurrou o Duda, se oferecendo.

Quiméricos Astrais- Desventuras Mágicas(vol.I)Where stories live. Discover now