22- Doce como seu sorriso

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      Jungkook pilotou a moto por mais alguns quarteirões até nos encontrarmos com os meninos, trocamos algumas informações e explicamos o que vimos. mostrei as fotos a eles e nenhum pareceu reconhecer a mulher ou a logo do caminhão.

Nada muito significativo foi descoberto, entretanto Jungkook estava quieto demais para a pessoa que mais havia visto coisas dentro da casa. Evitei fazer perguntas, toda vez que meus olhos encontraram os dele lembrava da frase que havia dito, a mesma que faziam as borboletas em meu estômago agitarem-se ainda mais.

Quando nós estivermos sozinhos por um momento, Jieun...Me beije.

Sacudi a cabeça na tentativa de fazer aquela voz silenciar.

Assim que trocamos algumas informações, Jin resolveu voltar para casa. Aparentemente queria descansar um pouco mais e pensar em algo que pudesse nos ajudar a entrar na casa sem precisarmos invadir.

Hoseok e Yoongi ficaram encarregados de deixar meu tio em casa e logo depois passeariam pela cidade.

-Nós raramente saímos do Brooklyn.- disse Yoongi.- Vamos aproveitar a cidade.

Jungkook manifestou que queria ficar com Jin, o ajudando nas investigações e depois de alguns protestos, concordou em me levar em uma sorveteria que queria ir fazia algum tempo. Era minha preferida em toda Los Angeles pois só ali havia um sorvete de chocolate com pedaços de amendoim.

-Vamos logo.- dissera ele antes que eu subisse na moto e o guiasse até o estabelecimento. -Temos coisas a fazer.

Era por volta de 16h da tarde, o sol estava quente mas o vento frio do final da estação se fazia presente. Naquele dia havia escolhido um macacão jeans e uma blusa amarela, meus cabelos estavam soltos, presos na lateral por dois grampos pretos. Calcei meu All Star e peguei minha bolsa transversal azul.

Dos poucos luxos que desfrutava por ser filha do meu pai, minhas bolsas eram os que eu mais gostava.

Jungkook estacionou em frente a Magic Shop: sorveteria e outras coisinhas mais.

Assim que entramos, o cheiro dos doces da vitrine encheu os meus pulmões. O ambiente retrô era a melhor parte do lugar, todo em tons pastel, uma placa neon brilhava acima do caixa com o nome do estabelecimento.

Era bom estar de volta.

Haviam algumas pessoas nas mesinhas do canto enquanto outras circulavam arrastando os pés no piso quadriculado.

-Vou pegar uma mesa e você o sorvete.- disse Jungkook assim que adentramos.

-Qual sabor você quer?- perguntei antes que ele se afastasse.

-Nenhum. Quero uma água com gás. – disse ele simplório. -E diz pra não esquecerem do gelo e limão.

Eu assenti e caminhei rumo a pequena fila que se formava no balcão para fazer os pedidos.

(...)

<<Jungkook>>

Haviam cores claras e cheiro de balinha por todos os cantos. Desde o piso quadriculado até as mesas temáticas dos anos 70 eram cor de rosa. A jukebox no final do corredor, próximo ao caixa era em tons pastéis e tocava uma música estranhamente alegre.

Suspirei fundo, colocando para dentro de minhas narinas aquele cheiro enjoativamente doce.

Havia escolhido a mesma próxima a janela na esperança de abri-la atrás de ar fresco. Mas antes que pudesse chegar ao meu destino salvador, meu nome foi dito com tamanha precisão que fez meus pés pararem.

-Jungkook? Jeon Jungkook? – a voz não era estranha, recordava do tom anasalado e da forma que dissera Jeon com ênfase. -Meu Deus, quanto tempo. O que te trás até aqui? Não sabia que tinha voltado da Suíça. E o seu pai?

Whisky CerejaWhere stories live. Discover now