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ARCO I

PRETEXTOS

Lg engoliu em seco e mais calmo do que antes, deixou que seus olhos rosas refletissem o brilho da lua, completamente hipnotisado por aquele astro.

No outro lado da cidade, enquanto Apuh se preparava para registrar todo o seu dia em um diário de bordo, ele olhou pela janela de sua casa e viu a imensa lua dominando o céus. Os olhos de ébano vibraram com aquela imagem.

Em Utopia, a lua resguardava os corações feridos e atendia os pedidos oculto das almas sofridos.

--- Você também está vendo ela, Apuh? - Perguntou Lg ao vento - A lua está tão bonita hoje.

Um lágrima solitária escorreu pela bochecha funda e as mão tremula a secou.

Lg sentia o seu coração bater forte contra o peito e a imensa vontade de chorar o domina-lo mais uma vez. Por que o seu corpo ensistia tanto em chover? Ele não sabia. Mas sozinho a noite, com apenas a lua como testemunha de suas tristezas infundada, Lg não segurou o choro e derramou-se em prantos sobre a luz prateada.

Sozinho em sua varanda ele estava seguro. Sem passados remoidos, sem insultos ou sem buscar pelo poder infinito. Apenas ele e a lua.

--- Nogal - o nome escapou de sua boca sem nem perceber - O que houve? O que aconteceu com TopCity? O que aconteceu com ele? O que aconteceu comigo?

A lua brilhou, refletindo o brilho que não era seu.

--- Se ele te amou, o que aconteceu para que todo o amor dele tenha desaparecido? - desabafa - O que aconteceu para ele esquecer o que é amar? O que ele quer comigo? Porque eu existo?

Suas lagrimas pigavam sobre o parapeito molhando a madeira.

--- Porque eu existo?

Sheldon piou e Lg pode sorrir em meio a destressa. Pegou Sheldon de sua cabeça e o colocou em seu colo depois de se sentar no canto da varanda escorando as costas na parede.

--- Existo para te amar, não é Sheldon?

--- Pocó!

--- Não sou como ele. Eu ainda sei o que é o amor.

Lg fechou os olhos e em sua mente, o brilho do fogo de uma tocha birlhou.

O fogo vermelho.

"O Fogo Vermelho ilumina o caminho, o Fogo Azul guia para a verdade"

A frase surgiu em sua mente, sem endereço de remetente com apenas um destinatário.

Lg abriu os olhos e a lua continuava ali para o seu consolo.

--- Eu não devia ter o mandado embora, não é?

--- Pocó.

--- E por que você não me impediu?

--- Pó.

--- Entendo - encostou sua cabeça na parede e olhou para cima sem ter realmente um foco na visão. - Precisei manda-lo embora para perceber que eu não devia ter o mandando embora, não é?

--- Pó, pó.

--- Hein! Não me chame de lerdo - reclamou secando as lagrimas. - Só sou um pouco mais lento no raciociniou quando se trata de comunicação entre humanos, entende?

--- Po.

--- Não estou arrumando desculpas.

--- Pó.

Dias de Chuva| !Lapuh!Where stories live. Discover now