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ARCO I

TRANSVERSAL

Lg comeu todo o sanduíche em silêncio e Apuh não falou mais nada desde então, apenas ficou observando Lg comer cada pedaço do sanduiche devargar.

Os ombros magros estavam encolidos e pela primeira vez Lg sentiu um sentimento de culpa que não fosse referente a morte de Poki.

Restando apenas farelos no prato, Lg limpou o canto da boca e de forma silenciosa pediu mais água para Apuh - apenas empurrando a sua caneca alguns centimetros para frente. Apuh a encheu e Lg deu grandes goles de água que ajudaram toda a comida a descer.

Sua guarganta estava prestes a forma um nó e Lg não conseguia compreender o porque dos olhos pesados de Apuh o afetaram tanto. Ele se sentia arrempendindo, mas sem entender o que tinha feito de errado.

--- Me perdoa Apuh - pediu Lg com a voz embargada por um choro que ele mesmo não conhecia - me perdoa.

Apuh respirou fundo e acentiu.

--- Perdoou.

Trazer Pedrux sem mais nem menos para a casa de Lg sem oferecer nenhuma explicação causou sérias consequências  a Apuh.

Primeiro, quando soltou Pedrux, o deixando seguro no chão, Pedrux já preparava o seu braço biônico para soltar lazers de raios ultravioleta contra a casa de Lg e destruir tudo aquilo. Apuh precisou ficar na frente dele e quase levar um tiro no peito para impedi-lo.

--- Ele precisa de ajuda - pediu Apuh depois que explicou a quase morte de Lg para Pedrux - Você é a unica pessoa que eu conheço que entende um pouco que seja de medicina.

Pedrux o olhou sem a minima vontade de estar lá.

--- Apenas por que é você que está me pedindo isso - falou  contra gosto mas seguiu Apuh até a casa e viu a situação drástica de Lg.

--- Eu - Lg testou as plavras em sua boca e piscou os olhos devagar. Se sentia ancioso e respirou fundo apertando as barras de seu kimono entre os dedos - Eu nunca cheguei a te contar o porquê de eu evitar dormir - disse baixinho e Apuh precisou se inclinar no banquinho para poder ouvi-lo melhor - E-eu.

--- Hey, repira - chamou Apuh já oferecendo as suas mãos para ser o porto seguro de Lg.

Lg encarou as mãos sobre a mesa e se sentiu nostálgico quando comparou o presente com o passado. Na cafeteria Apuh também tinha o estendido a mão e agora, dessa vez eram as duas. E mesmo com a ponta de seus dedos tremendo pela anciedade, Lg levou as suas mãos com cautela até as de Apuh e sorriu quando os seus dedos finos foram abraçados pelas mãos quentes de Apuh.

--- Tudo bem se não quiser contar. - garantiu Apuh mas Lg negou.

--- Eu quero  - disse firme e mais confiante quando Apuh apertou mais os seus dedos, era bom sentir aquele toque - Eu te falei sobre o vulto, não falei? - Apuh acentiu - Aquele vulto era algém que foi contaminado por aquela planta parasita.  Eu pude ver cada detalhe de seu rosto. Ele tinha toda a parte direita consumida pelo musgo, a pele era verde e seu olho direito era branco. Até mesmo a sua orelha foi contaminada, ficando azul e pontuda, parecendo ser de um elfo.

Era assustador ter aquela imagem tão fresca em sua memória. Em dias em que uma caneca de café não calavam as vozes na cabeça de Lg, ele se olhava no espelho e ficava horas e horas encarando a sua imagem em busca de algum indício de contaminação, de que ele se tornaria aquele monstro de seus pesadelos.

--- E ele tinha uma espada grande, quase do tamanho dele e parecia tão pesada - falou se arrepiando apenas de lembrar do barulho estridente da lâmina raspando o chão.

--- Parece assutador. - comentou Apuh olhando fundo nos olhos rosas, ele podia ver as sombras do medo nublando as populias contraidas.

Lg acentiu.

--- E ele também tinha um par de chifres na cabeça, não eram grandes, pareciam mais dois caruços pontiagudos que saim dos cabelos.

Pedrux analisou os batimentos de Lg e checou a respiração. Pedrux garantiu para Apuh que Lg estava bem, que agora estava apenas dormindo. Apuh o falou sobre a falta de sono e o consumo desenfreado de cafeina de Lg para o cientista.

--- Isso tudo é uma consequência que ele causou ao próprio corpo - explicou Pedrux no batende da porta da entrada - O corpo dele agora está descansando, ele não vai morrer, pelo menos por enquanto. Mas se ele continuar com essa dieta maluca de café sem horas de sono, não vai demorar para ele começar a denfiar e os órgãos  pararem de funcionar. Ele está desitratado e com certeza desnutrito.

--- O que eu posso fazer para ajudada-lo?

--- Você quer ajuda-lo?

--- Porque eu não ajudaria ele?

Pedrux apenas de de ombros olhando para baixo.

--- Você só está preucupado de mais com alguém que...

---Que?

--- Nada - desconversou. - Se você está bancando a babá dele, faça ele comer e beber água, além de é claro, fazê-lo dormir e regular o sono. A olheiras estam horriveis e dá para ver as costelas dele.

Pelo resto da tarde, Apuh cuido de Lg. Tirou o kimono molhado e com todo o respeito, o banhou com água quente e o colocou na cama, tendo Sheldon como sua companhia. Ele voou até a sua casa apenas para arrumar uma mochila com as suas coisas principais e deixar Merlim avisado sobre a sua breve estadia na casa de um certo samurai inconsequente. Apuh arrumou a cozinha de Lg durante aqueles dias e ficou revesabdo entre os seus trabalhos como prefeito, onde ele conseguia fazer da sala de Lg, lendo as legislações da cidade e mapeando pontos a serem melhorados na infraestruturas e velando o sono de seu amigo.

Apuh perdeu a conta de quantas vezes soubiu a escada, se escorou no arco de entrada do quarto de Lajota e ficou apenas ali, parado com os braços cruzados e os obros relaxados, cuidando do sono de Lg.

Era bom estar ali, no silêncio do quarto com apenas os resmungos e ressonares de Lg durante o sono preenchendo o vaco da quietude.

☁️

(1010 Palavras)

Se eu não me engano os dois próximos Capítulos vão aquecer o coração....

Claro, para eu depois pode estraçalhar, hehe ^^

⭐Não se esqueçam de fazer a estrelinha Pânico brilhar⭐

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Dias de Chuva| LapuhWhere stories live. Discover now