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Não sei se posso confiar
nele.

Ella

Que estranho, uma reunião do nada. Isso deve ser o motivo das aulas estarem demorando tanto para serem iniciadas.

- Então foi isso que aconteceu, Benjamin. Foi uma loucura ontem. - Me levanto, e ele faz o mesmo. - Meus pais me ligando pra voltar pra casa. - Aperto o meu pescoço. Estou sentindo um pouco de desconforto. Até que não sentir falta de um cobertor e travesseiro. Só sentir falta do Teddy, o meu urso. Já acostumei dormir abraçada com ele.

- Eu entendo. Não vamos apressar as coisas, vamos deixar acontecer naturalmente.

Menti pra ele. Não vou dizer que dormir em uma biblioteca. E porque diria? E ainda por cima, o seu primo impertinente sendo a companhia da noite. Até agora não acredito que Benjamin é primo de Nickolas. São tão diferentes um do outro. Tudo agora se concretiza com o que Jina disse.

- Você sabe porque a reunião? - pergunto.

- Eu não faço ideia.

Recosto na parede, esperando a reunião iniciar. Dou uma pequena olhada em volta, e muita gente já se juntou. Muito barulho, muitas pessoas conversando. Desse jeito não irei ouvir nada. A quase um metro de distância do meu lado direito, vejo Nickolas conversando com seu amigo. Ele bagunça seu cabelo, sempre fazendo isso. Será se não se toca que é feio, e isso só te deixa mais esquisito? Desvio de olhar pra ele, quando percebo que observei demais. Preciso esquecer o que foi aquilo que aconteceu com ele.

- Oi. - Jina me solta depois de um abraço longo e apertado.

- Oi.

- Bom dia! Meninos e meninas. Inicialmente, deixarei claro que a escola foi assaltada esta noite... - o diretor começa a reunião.

- Am? Como foi isso? Eu não vi.

- O que você não viu? - Jina pergunta.

- Am, é... Nada, não é nada. - Mais um pouco e me entrego que passei a noite na escola.

- ... Foram levados alguns alimentos da biblioteca que pertencem a senhora Vallinsk. - O diretor continua. - Os bandidos que invadiram a escola, são perigosos. Eles foram gênios em roubar, e não deixar pistas.

Neste momento olho para Nickolas, que já está me olhando. Rio e ele também. Bandidos? Desde quando somos bandidos? Ah, Deus.

- Um assalto? - No meio de tantas vozes altas, escuto a de Nickolas. E ela é direcionada para mim, porque ele está olhando para mim. - Quem roubou já deve estar longe. - Ele pisca.

Nickolas continua olhando e sorrindo. Faço o mesmo. Ninguém aqui tem ideia de quem são esses bandidos.

- Aqui nunca houve relatos de roubos ou furtos. - Ele continua. - Só tivemos algumas brigas. Não é, Blackburn?

Nickolas assenti. Parece gostar do que ouviu. Idiota.

- Ele está olhando pra você. - Jina toca o meu braço.

- Quem?

- O gostoso de jaqueta. Ele é tão gato.

Jina está falando de Nickolas. Sinceramente, não acho isso. Talvez um pouco, só uma pequena hipótese. Uma hipótese sem resultado.

- Ele é vesgo - falo.

- ... Decidimos não fazer o boletinho de ocorrência. Não queremos envolver a escola em polêmica. E que o ladrão que roubou, devolva os doces da senhora Vallinsk.

Uma Única VerdadeTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang