✗ Última Temporada ❑ Capítulo 1 ꒷

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Atordoados e com dores de cabeça, o grupo Mornélia acorda aos poucos, com um cheiro estranho a invadir as duas narinas e sem nenhuma iluminação. Depois de se recompor, Star consegue ter energia o suficiente para fazer aparecer quatro lampiões para o seu grupo e utiliza a iluminação da magia do seu chifre.

O sítio em que estão é uma sala com blocos do que parece ser ardósia, com o chão pavimentado de calcário com algumas rachaduras, mostrando um pouco de um brilho verde e branco. A onde estão, existe tochas, mas as mesmas estão velhas, e se tentassem acender, não ia dar em nada. Existe duas portas, uma trancada atrás deles, e outra que é mais um corredor que leva a algum caminho.

--Porquê que caralhos a princesa Prapézia nos mandou para cá?-pergunta Gyakuro enquanto verifica a sua pata traseira.

--É realmente uma boa pergunta.-responde Scar a olhar em volta do sítio a onde estão.

--Outra boa pergunta é...-Purrpine olha para os lados, mas como só estão eles, continua a frase.-Qual o propósito que ela está a fazer com isto?

--Se chegarmos ao centro do problema, teremos todas as respostas que procurávamos desde que nos conhecemos.

--M-Mas a que custo?...-pergunta Gradiant enquanto pega no lampião com a boca e começa a trotar com tremor para a direção do corredor.

O resto do grupo apenas fica por um momento sem saber como responder àquilo, mas como ações valem mais do que palavras, eles apenas pegam nos objetos luminosos e seguem o pónei verde.

( . . . )

Os corredores não têm nada de mais. As pareces e o chão continuam a ser do mesmo material de onde acordaram com as tais rachaduras e tochas inutilizadas.
Viram para a esquerda, direita e centro, mas parece que não chegam a lugar, principalmente quando encontram algum muro indicando beco sem saída. Parecem até que estão em algum labirinto.

Depois de possíveis duas horas a trotar, param a meio de um corredor em que estão para uma pequena pausa e organizar as ideias.

--Nós não estamos a chegar a lugar nenhum.-diz direta ao assunto.-Isto parece um labirinto e não tem como nos orientarmos.

--C-Complicou...M-Mas eles também não t-tinham feito desta forma de p-propósito?

--Sim, essa é que é essa...-resmunga enquanto faz aparecer todos os mapas antigos sobe Meanlenia, mas nenhum deles parece ter as informações que ela queria.-E nenhum destes mapas ajudam...

--Posso pegar nos mapas?

--Força.-entrega os mapas para a amiga.

Purrpine, com a ajuda do lampião, começa a juntar os mapas de maneiras diferentes, quase como se fosse um puzzle. Os outros apenas observam o que a amiga faz com os documentos, e depois de uns segundos, ouvem um 'aham!' vindo da boca dela e aguardam pelo que vai dizer e mostrar.

--Olhem!-exclama com um sorriso e mostra os mapas todos juntos, colocando-os à frente do lampião e deixa todos surpreendidos.

Na verdade, aqueles mapas são o quatro em um, eles todos juntos na ordem certa formam um único mapa, e as letras são incompreensíveis por estarem no idioma antigo.

--Mapa oficial de Meanlenia.-Star traduz as letras.-Purrpine, tu és um génio.-levita as folhas e fica a olhar para elas para ver que caminhos devem de ir.

--Finalmente temos mapa para esta merda de lugar.-abre as patas da frente olhando para cima como se agradecesse alguma divindade inexistente.

--Temos apenas um obstáculo para chegar ao centro do problema.-diz ao terminar de analisar o mapa e aproveitar para colar com fita cola, mostrando o objeto para os seus amigos.-Estão a ver este pequeno espaço? Não dá para contorna-lo e é o único lugar que dá continuidade ao labirinto antes de chegarmos ao centro do problema.

--Ok, e onde é que nós estamos no labirinto?

--É um pouco difícil de dizer, já que nós começamos o percurso sem fazermos isto aos mapas.-faz aparecer a bússola de Kahgin e olha para a parte do 'Norte' no canto do mapa, vendo então que eles estão a sul pela bússola.-Porquê que não utilizei isto antes?-pergunta a si mesma por ter lembrado da bússola especial só agora.-Mas enfim, nós estamos a Sul e devemos ir para Este. Alguém com fome?-todos negam com a cabeça.-Então vamos.-levanta do chão junto dos outros e começam a trotar com Star a liderar o caminho.

Trotam de um lado para o outro pelos corredores, sem nada mudar entre eles. E estão ali já ia a caminho de pelo menos três horas e sem pausas, mas eventualmente eles deveriam de descansar em alguns minutos.
Ao virarem numa curva, notam uma diferença nas paredes. Já não é aquela parede de ardósia, e sim, pedra normal, e à medida que adentram mais nesse corredor, o chão pavimentado agora é de pedra com cascalho. O quinteto pergunta-se é porque estão a aproximar-se do tal lugar.

Dão mais uma curvas e contra curvas até chegarem na frente de uma porta com uns desenhos completamente desgastados com os séculos e séculos. Vêem que tem um objeto pendurado na porta em forma de tocha e Gradiant aproxima-se dele, pega no objeto e bate com ele na porta, mas nada acontece. Olha ao redor e vê uns traços desgastados no canto inferior direito, logo associa aquilo com as batidas e bate o objeto na porta novamente nas na batida certa, e magicamente, a porta destranca, indicando que poderiam entrar.
O grupo empurra a porta um pouco mais pesada do que o costume -possivelmente dos séculos sem uso algum que custa mais a fazer qualquer movimento com ela- e entram na sala, ouvindo a porta a fechar-se por ela própria depois.

Quando iam começar a trotar para saberem o que tinha por ali, dão de caras com um Grosmaiash. Mas não um Grosmaiash como estão habituados a lutar, e sim um Grosmaiash diferente. Este tem patas frontais finas e as patas traseiras grossas, a cauda é um pouco mais curta e as orelhas são mais felpudas, junto de dois pares de chifres, dois grandes e dois pequenos, e um sorriso medonho cozido. Nas pontas a onde estão os fios a prender a boca, tem sangue bastante seco, e o corpo da criatura é magro, já que com certeza não come nada à milénios.

--Este daqui é diferente dos outros, vamos ter mais um pouco de cuidado com ele!-exclama Star após ouvir o rosnado estranho e alto da criatura.

O grupo todo prepara-se à espera do ataque da criatura, e a mesma para além de se sentir ameaçada e com fome, avança na direção dos póneis com tudo e dando um grito estridente e fino.

MeanleniaWhere stories live. Discover now