Maria Júlia.
Chegamos no shopping e o Lucca já tá todo animado querendo ir em todas as lojas.
— Vamos na loja de brinquedos, papai? — perguntou olhando para o pai.
— Bora lá. — Pegou o Lucca no colo.
Fomos indo para loja de brinquedo enquanto eu e Agatha conversámos, e do nada o Lucca deu um grito.
— Que isso, Lucca? — perguntei, olhando pra ele e ele apontou pra um carro de criança dentro de uma loja.
— Papai, compra pra mim?
— Lucca, um carro desse é muito caro. — Disse Agatha, olhando pra ele.
— Vamos lá ver quanto é.
Nós entramos na loja e o Lucca já desceu do colo do pai querendo entrar no carro. Lucas foi até uma atendente e falou alguma coisa com ela, depois de um tempo ele voltou guardando a carteira no bolso.
Não acredito que ele comprou.
— Você comprou?
— Comprei ué. — Falou como se fosse normal.
— Você é louco. — Eu rir.
— Tava mo barato, pô.
— Barato quanto? — Agatha perguntou e eu olhei pro Lucca, que já tava dentro do carro.
— Não importa. — Deu de ombros.
Não foi nem um pouco barato.
— Já posso andar? — Lucca perguntou olhando pra nós.
— Só quando chegar em casa. — Lucca concordou.
⏳
A gente andou o shopping inteiro com o Lucca, criança tem muita energia. Voltamos pra casa era 19 horas e assim que chegamos fui pro quarto tomar banho.
Tomei um banho demorado e aproveitei para lavar o cabelo. Sai do box e enrolei uma toalha em volta do meu corpo e coloquei uma no meu cabelo. Sai do banheiro e dei de cara com o Chefin deitando na cama fazendo eu levar um susto.
— Porra. — Coloquei a mão no peito e ele riu.
Fui em direção ao closet e ouvi passos atrás de mim, me virei e vi o Chefin me olhando.
— Pode me dá licença? — Sorri falsa.
— Não! — falou simples e eu bufei. — Pode se trocar na minha frente, não me importo.
Peguei uma roupa e saí do closet correndo e fui até o banheiro, o trancando logo em seguida.
— Filha da puta. — Xingou.
Me vesti e sai do banheiro secando o meu cabelo com a toalha. Peguei um pente em cima da penteadeira e me sentei na cama.
— Penteia pra mim? — perguntei pro Lucas que me olhou.
— Folgada. — Pegou o pente da minha mãe e se ajeitou atrás de mim começando a pentear meu cabelo. — Lembra que cê falou que o Eric disse que vocês não era irmão?
— Lembro, o quê que tem?
— Tô procurando seus pais desde então, e eu encontrei. — Me virei pra ele surpresa.
— Tá falando sério? — Ele assentiu. — E quem são eles?
— Eles são donos do morro do alemão. — Falou voltando a pentear meu cabelo. — A a Carla pensa que perdeu uma filha no parto.
— Carla é a minha mãe? — Lucas balançou a cabeça. — Como isso é possível?
— Descobri que um inimigo dos seus pais na época, sequestrou você quando te levaram pra aquele lugar onde todos os bebês ficam, ta ligado? — Concordei. — Aí te deixaram na porta da casa da sua mãe.
Eu abria a boca várias vezes, mas não saía nada.
— Você tá bem?
— Eles ainda estão vivos? — perguntei depois dele me entregar o pente.
— Sim, se quiser posso te levar no morro deles amanhã.
— Quero sim. — Me levantei colocando o pente em cima da penteadeira e me escorei na mesma, olhando em seus olhos.
— Esse pijama te deixa mais gostosa do que o normal. — Me olhou de cima a baixo.
— Para!
— Não falei nada demais, pô.
Revirei os olhos e me deitei de costas pra ele na cama, peguei meu celular e fiquei mexendo.
Sinto mãos na minha cintura e revirei os olhos sabendo exatamente quem era.
— Tira a mão. — Mandei, tirando sua mão da minha cintura.
— Não! — Ele voltou com as mãos pra onde estava.
Ele agarrou firme a minha cintura para que eu não consiga o soltar e eu bufei.
Sinto a mão dele acariciando a minha barriga e ouço ele sussurrar no meu ouvido.
— Vou cuidar de vocês dois, não importa o que aconteça. — Depositou um beijo no meu pescoço e eu fiquei em silêncio.
• aperta na estrelinha •
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Vendida ao Traficante
FanfictionUma história sobre o amor, ou dor! Iníciciada: 28/08/22 Finalizada: 10/12/22