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Lucas Santiago.

Eu não trocava muita ideia com o Vinícius, mas ele era um dos melhores vapor, e pouca ideia que eu troquei com ele, dava para perceber que ele era gente boa.

Na minha cabeça só ia à Maria, ela vai ficar mal para caralho e pode acabar prejudicando o bebê.   

Quando guiei para o postinho dei de cara com o Gb.

Entrei na sala que o Vinicius estava e vi ele desacordado cheio de aparelho. Entrou uma enfermeira e ela olhou para mim e para o gb.

— Qual é a do Vinicius? — Perguntei.

— O estado do Vinicius é delicado, ele teve um traumatismo cranioencefálico por conta da arma de fogo. — Disse a enfermeira. — Vinicius vai fazer vários exames para saber o estado do cérebro. Dependendo do resultado, vai ter que vim médicos diferentes para dar a resposta caso houver morte cerebral.

Fui para o corredor e logo ouvir gritaria e Maria apareceu com Agatha e Vanessa.

— Lucas, fala para mim que é mentira. — Pediu, com os olhos marejados e abaixei a cabeça. — Eu não tô acreditando nisso.

— Vai dar tudo certo, pô. — Falei abraçando ela e ela começou a chorar.

Maria Júlia.

Era três da manhã e o postinho tá vazio, só tá eu e Agatha, que disse que não vai me deixar sozinha.

Fiquei ali até pegar no sono e ser acordada pela a Agatha, que segurava um salgado na mão.

— Toma. — Falou me entregando e se sentando do meu lado.

Não tô com fome, mas eu sei que preciso comer, pela minha filha.

— Você tem que descansar, Maju.

— Eu vou ficar aqui! — Falei olhando para ela e ela assentiu.

Peguei meu celular e coloquei no número da Michele ligando, mas ninguém atendeu. Tentei mais uma vez e nada.

Sentei no banco e comi o meu salgado, assim que terminei joguei o papel fora e encostei a cabeça no ombro da Agatha, apagando.

Acordei com a enfermeira me chamando e eu me levantei olhando para ela.

— Ah! Oi, desculpa. — Levantei.

— Você é a mulher do Vinicius, não é? — Assenti. — Pode me acompanhar? O médico quer falar com você. — Concordei.

A Agatha entrou segundos depois e a enfermeira saiu, eu seguir ela e Agatha fez o mesmo.

— O Vinicius fez vários exames e o resultado não foi nada bom... Ele teve morte cerebral. Vamos convocar dois médicos para avaliar o estado dele, se ambos der o mesmo resultado negativo, iremos desligar os aparelhos. — O médico olhou para mim. — Eu sinto muito.

Eu paralisei.

— Posso ver ele? — Olhei para o médico.

— No momento é melhor não. — Assenti e ele saiu da sala.

Fui indo para fora e senti alguém me abraçando por trás. Me virei para Agatha e a abracei forte chorando.

— Ele não pode morrer, Agatha.

— Ele vai ficar bem. — Me apertou em seus braços. — Vem, vamos para casa.

Nós fomos andando para casa e assim que chegamos, entrei e me sentei no sofá.

Ouvi passos vindo da cozinha e vi a Vanessa com um prato na mão. Ela veio até mim, colocando o prato no meu colo e eu neguei.

— Você tem que comer, Maju. — Disse Vanesa

— Não tô com fome.

— Amiga, tenta comer pelo menos. — Pediu Agatha e revirei os olhos, começando a comer.

Vanessa Bianca.

Acompanhei a Maju até o postinho e ela foi falar com o médico enquanto eu fiquei sentada conversando com a Agatha.

Vi o Chefin e LL passando do lado de fora do postinho e chamei eles com a mão.

— Maria tá aí?

— Acabou de entrar para falar com o médico. — Ele concordou.

Ll se sentou do lado da Agatha e ela encostou a cabeça no ombro dele.

Ficamos conversando e a porta foi aberta e dois enfermeiros saiu segurando a Maria que chorava.

— Ele não pode morrer. — Ela gritou, caindo no chão.

Eu e Agatha levantamos e fomos até ela.

— Eles desligaram. — Chorou e nós abraçamos ela.

• aperta na estrelinha •

Vendida ao TraficanteWo Geschichten leben. Entdecke jetzt