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Maria Júlia.

Acabei de chegar na escola e eu tava morrendo de sono, mas não ia conseguir dormir na aula porque tem prova de química e matemática.

— Amiga, vou no banheiro lavar o rosto se não não vou nem conseguir fazer a prova. — Avisei Vanessa.

— Beleza, amiga. Eu já vou pra sala tá? — Concordei e ela saiu.  

Fui pro banheiro e lavei o rosto, quando tava saindo, ouvir alguém conversando e não resistir, ficando pra ouvir a conversa.

— Eu já virei amiga delas thiago, foi mais fácil do que eu pensava... Não, ele não desconfiou de nada, acho que ele nem me reconheceu... Acho que isso não vai dá certo... Eu tô contigo, é óbvio... Hum, tá bom... Preciso ir agora, tchau te amo. — Ao perceber que a conversa estava acabando, saí as pressas dali.

Tenho quase certeza que eu conheço aquela voz, mas não sei quem é. Fui pra sala e me sentei atrás da Vanessa que tava revisando a matéria da prova.

—Vanessa... — Chamei ela, que logo virou pra trás. — Acabei de ouvir uma conversa muito estranha.

— O que estavam falando? — Ia falar, mas a professora entra na sala.

— Depois eu te falo. — Vanessa concordou.

A professora distribuiu as provas e eu e a nessa passava cola uma pra outra, no meio da prova a Isa entra e pede desculpas pelo o atraso.

Estávamos saindo da escola e já tinha contado tudo que eu ouvir pra ela.

— A voz não me era estranha, sabe?

— Será que é alguém que a gente conhece? — Perguntou.

— Não sei, mas não consigo tirar isso da cabeça.

— Esquece isso, amiga.

A gente foi conversando e quando eu cheguei fui direto fazer o almoço. Decidi fazer lasanha e quando eu tava terminado o presunto e mussarela acabou, ia ter que ir comprar.

Subi no quarto e coloquei um short jeans, um cropped rosa e uma havaianas, desci e quando abrir a porta, vi quatro caras armados na frente de casa, dois deles é o gb e o sorriso, os nossos "seguranças" quando saímos do morro. Eu ia saindo, mas o moreno de reflexo me barra.

— Não pode sair não, loira.

— Oxi, porque não?

— Ordens do patrão. — Revirei os olhos.

— Só quero ir no mercadinho, cara.

— Posso fazer nada não, pô.

Virou o rosto, voltando a postura de antes.

— Então você vai comprar pra mim! — Cruzei os braços e o gb riu.

— Não vou comprar nada! — Disse, sem olhar pra mim.

— Me deixa sair então, caralho

— Não!

Cara chato do carai, porra.

Peguei meu celular e coloquei no número do Chefin, ligando pra ele.

Ligação on.

Chefin, porra.

O que ce quer?

Dá pra falar pros seus vapores me deixarem sair?

Não!

Então manda eles ir comprar a porra do bagulho pra mim, porque eu tô com fome.

Passa o telefone pra ele. — Entreguei meu celular para o moreno do reflexo.

— Sim, patrão?... Entendi... Beleza, patrão. — Ele desligou e me entregou o celular.

Ligação off.

— O que cê quer que eu compre? — Olhou cheio de odio pra mim e eu sorri, debochando da cara dele.

— Presunto, mussarela e 2 coca-cola.

— Já trago!

—  Ótimo. — Fechei a porta na cara dele.

Euem, cara chato.

Voltei pra cozinha e fui fazer o arroz. Alguém bateu na porta e era o moreno de reflexo com o que eu pedi.

— Aqui, patroa! — Me entregou as sacolas.

— Obrigada! — Fechei a porta.

Terminei de fazer a lasanha e coloquei pra assar, coloquei no mínimo pra não queimar enquanto eu tomo banho. Subi e tomei um banho rápido, coloquei a mesma roupa que eu tava e desci. A lasanha tava quase pronta e eu já tava quase babando, tava um cheiro maravilhoso.

A lasanha ficou pronta e eu tirei do forno, coloquei a panela e a forma em cima do balcão, logo a porta foi aberta pelo os meninos e a Vanessa.

— Caralho, que cheiro bom.

— Eu sou cozinheira, né. — Me gabei e ela riu.

— Eai, parceirinha. — Ll me cumprimentou.

— Eai, parceirinho. — Fizemos um toque.

— Eai, majuzinha. — Me abraçou de lado

— Eai, joaozinho. — Ele riu.

— Loira. — Falou só pra mim ouvir.

— Moreno. — Respondi da mesma forma.

Assim que terminamos de comer, os meninos voltaram pra boca e eu e Vanessa fomos andar pelo morro. A gente foi o caminho conversando, nos sentamos na arquibancada da quadra e tinha uns meninos pequenos jogando, e fiquei vendo eles jogarem.

— Não é os meninos ali? — Ela apontou.

Tava o chefin, Luan, João e logo atrás o vn e uns outros vapores. O vini olhou pra e eu sorri pra ele.

— O que eles tão fazendo aqui?

— As vezes eles se reúnem pra jogar fut.

Os meninos foram pro campo e o Vini veio até mim, se sentando do meu lado.

— Eai, minha linda. De boa? — Beijou meu rosto.

— Eai, lindinho. Tranquilo. — Sorrir.

— Passa lá em casa mais tarde?

— Passo sim.

— Vai jogar ou não, Vinícius? — Um cara falou com ele.

— A gente se fala mais tarde!

— Beleza. — Me deu um selinho e saiu.

• aperta na estrelinha •

Vendida ao TraficanteWhere stories live. Discover now