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Enquanto estávamos esperando a médica chamar, ficamos conversando sobre o Théo e estava adorando essa nova novidade, já me sinto diferente, é estranho, mas bom.
- Theodore Lamartine.- Levantamos assim que ouvimos.- Bom dia! Por aqui.
cumprimentamos a moça e seguimos para um corredor, assim que chegamos de frente para uma porta, ela bateu e abriu em seguida.
- Podem entrar.- Sorriu amigavelmente e saiu.
- Bom dia! Podem se sentar.- Tinha duas cadeiras, coloquei o bebê conforto com Théo dormindo no meio e me sentei.- Deixa o pequeno dormir mais um pouco.- Ela sorriu e começou a se apresentar.- Me chamo Katrina Mells, podem me chamar de Katrina, Doutora Mells, como vocês preferirem.- Ela parece ser muito simpática, tem mais ou menos uns 45 anos, não daria mais, porém poderia estar errado.- Vamos lá... Vejo que é a primeira consulta do pequeno, eu poderia dar uma olhada nos exames e na carteira de vacinação dele?
- Sim, um minuto.
Charlote abriu a bolsa e entregou a doutora, que assim que recebeu, ficou lendo e balançando a cabeça como se estivesse concordando com algo que só ela sabia.
- Está tudo em dia. Vamos precisar acordar o pequeno agora, preciso pesar e tirar as medidas dele.
- Tudo bem.- Ajudei levantando o bebê conforto para Charlie pegar, bichinho se encolheu todo.- Calma meu amor, vai ser super rápido.
- Precisa só retirar toda roupa. Tem o trocador ali.- ela apontou para o lado onde estava o trocador e levantamos.
Charlie deu nosso filho para a doutora, que o colocou em cima da balança e anotou no papel o peso, mediu o tamanho e anotou também, em seguida deu de volta para o vestir novamente, só pediu para deixar aberto o macacão, pois ele tem que tomar uma injeção na coxa.
- Edmond, segura ele por favor! Não tenho coragem.- Ela me deixou segurando ele e foi para trás.
Théo já estava chorando, como ele estava mexendo muito as pernas, tive que mante-las paradas. A doutora foi rápida e Théo chegou perder o choro de inicio, mas logo deu um grito estridente. fechei o macacão e o segurei sem encostar na coxa.
- Ei pequeno, já passou.
- O Theodore esta se desenvolvendo muito bem, ele tem 52 centímetros e 4,2 kg.
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Saímos do consultório e fomos até a sala do senhor Lamartine, ele não estava, mas ficamos esperando, já que a secretária disse que ele não demoraria.
- Avisei para Leila que você irá almoçar lá hoje. Ela ficou muito feliz, contei que você iria voltar para lá e você perdeu a cara dela. A casa está diferente, acho que você vai até estranhar.
- Eu já estive lá depois das reformas.- Dei de ombros quando ele me olhou confuso.- Quando batia saudades de você, eu ia para sua casa trabalhar de lá, já que a médica pediu repouso e eu não ia mais para o escritório, daí aproveitava para dormir lá também.
- Disso eu não fui comunicado.
- Eu pedi que os seguranças não falassem nada sobre, muito menos Leila. E você deixou minha entrada livre, então me aproveitei.
- Por que está me contando agora?
- Chega de mentiras, lembra?
- Irei me lembrar disso.- Ele sorriu da minha cara.
- Já esta bom Théo. Tem vinte minutos que está mamando. É quase um poço sem fundo.- Tirei o peito do Theodore e dei ele para o pai.- Vou ao banheiro rapidinho.
Troquei os absorventes de peito, fiz xixi, lavei minhas mãos e quando sai, o senhor Lamartine já estava na sala dele, com o Théo no colo.
- Eu recomendo não balançar muito ele, a não ser que o senhor não se importe que ele golfa no senhor. Esse seu neto é muito faminto e acabou de mamar por quase vinte minutos.
- Como vai, Charlote?- Fui até ele o cumprimentar.
- Vou muito bem e o senhor?- A Cris disse que o senhor está com diabetes, fiquei preocupada.- Ela e uma fofoqueira. Eu não estou com diabetes coisa nenhuma, só estava com a glicose um pouco alta.- Ele fez uma cara de indignado.- Agora ela está com essa e não quer me deixar comer doces. Ontem fez sopa no jantar, sopa nem é janta.
- Deixa a mamãe ouvir que o senhor anda por ai a chamando de mentirosa.
- Se contar, eu desminto e você que vai sair como mentiroso.
Acho tão interessante, que depois que a psicologa conversou com todos, mudaram a forma que tratavam o Edmond, antigamente tinham medo de falar com ele, como se ele fosse alguém de vidro que quebraria a qualquer momento, não o tratavam normalmente, daí a psicologa disse que ele precisava se sentir normal, que não eram para agir como se tivessem medo dele e a partir desse dia, a interação mudou, não só isso como o próprio Edmond.
Ficamos um tempo e nos despedimos porque já estávamos ficando com fome. Chegamos na casa do Edmond, matei a saudade da Leila, ela ficou louca com o Theodore, mas ele chegou dormindo e ela não quis o acordar. O Thor latiu tanto, que quase acorda ele, mas o dorminhoco nem assim acordou.
O almoço já estava pronto, então lavamos a mão e comemos. A Leila como me conhece muto bem, fez uma lasanha de frango ao molho branco que estava uma delicia como sempre. O Thor não saia do meu lado, tem tempo que ele não me vê e imagina a cabeça do cachorro quando ficou tempo sem ver o dono, dai se acostumou comigo e ficou tempo sem me ver também.
- Fui ver sua mãe ontem. Ela está ótima, senti ela tão leve.- Leila me tirou dos meus pensamentos.
- Eu a vi no sábado e tive a mesma impressão.- Edmond falou em seguida me fazendo encará-lo.- Eu não deixei de visitá-la. Desde que cheguei, já fui la umas três vezes. Ela sempre tem sábios conselhos e eu a adoro.- Ele deu de ombro.
- Que horas você foi lá no sábado?
- Fui pela tarde todos os dias, gosto de encontrá-la no jardim. Só teve um dia que ela não estava lá, acordou inspirada para pintar um quadro.
- Ela disse que é surpresa, foi o primeiro que ela não me mostrou e deu ordem para não mostrarem para ninguém, ainda pediu para tirarem de lá.- Ele me olhou do mesmo jeito que olhei para a enfermeira quando ela me disse isso.
- Por quê?
- Também não sei.
- Sua mãe é muito sabia, mesmo com Alzheimer ela não deixa de ser esperta. Tenho certeza que ela tem um grande motivo por trás de tudo isso.- Leila sorriu e ela a entende. Cuidou dela por tanto tempo, então é só acreditar nas palavras dela e esperar o momento certo de ver o quadro.
Escutei um barulho de choro pela babá e Thor correu na frente até o quarto do Edmond, que foi onde o deixei deitado. Quando ele já acorda chorando assim, é fome. Me levantei da mesa, disse para o Edmond que não precisava me acompanhar, já que ele não tinha terminado de comer ainda, ele insistiu, mas o obriguei a terminar de comer. Ele ficou de cara feia, mas ficou. Fui correndo pela escada, porque pelo elevador demora mais.
- Ei meu pequeno, não precisa chorar mais.
Estava alimentando meu pequeno dragãozinho, quando senti ele encher a fralda, estremecer e até ficou vermelho. Pelo cheiro, deve ser uma bomba daquelas.
- Filho.- Ri da situação. Foi quando Edmond entrou no quarto.- Acho que vou precisar dar um banho nele. Tem alguma bacia por aí? Ele acabou de fazer cocô e acho que só limpar não va dar certo.- Ele olhou engraçado e por um momento acho que até ficou sem palavras.
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Edmond Lamartine
Romance🔻[Não revisado.] Livro I - Os Lamartine A vida de Edmond mudou drasticamente aos 18 anos e nunca mais foi a mesma. O garoto alegre e brincalhão se tornou em um homem fechado e depressivo. Tudo começa a mudar, depois que ele abre a porta de seu mun...