🔻[Não revisado.]
Livro I - Os Lamartine
A vida de Edmond mudou drasticamente aos 18 anos e nunca mais foi a mesma. O garoto alegre e brincalhão se tornou em um homem fechado e depressivo.
Tudo começa a mudar, depois que ele abre a porta de seu mun...
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Ontem a noite foi meia duvidosa na minha cabeça, lembro do Adrien dizer que eu não tive adolescência e inventar de jogarmos um jogo. Eu concordei, já que estava ali, por que não?
O jogo era de cartas, mas quem perdesse beberia um shot de tequila. Eu lembro só dos quatro primeiros e de acordar de ressaca com Adrien agarrado a mim, igual carrapato. Tirei seus braços de cima de mim, ele reclamou, mas não acordou. Fui ao banheiro tomar um banho para ver se a dor de cabeça passava, mas não adiantou muito. Desci e encontrei Jean sentado com a as mãos na cabeça.
- Me diga que não é só eu que estou de ressaca?- Ele olhou para cima fazendo careta.
- Eu não tenho mais idade para essas coisas.- Reclamou.- Parece que um caminhão passou por cima de mim.
- Bom dia, meninos.- Leila chegou na sala.
- Bom dia, Leila!
- Pela cheiro de álcool e por ver o Jean desmaiado no sofá, ao lado de duas garrafas, imaginei que acordariam de ressaca, então fiz um chá milagroso que aprendi no Brasil. É um pouco ruim, mas vai passar rápido a ressaca.
- Obrigado! Acho que vamos precisar.- Jean agradeceu.- Cadê o Adrien?
- Tá na minha cama. Não quero nem saber como ele foi parar lá.
.........
Olho para o lado e fico mais encantado que o normal. Charlie ficou muito linda de cabelo curto, combinou com seu rosto angelical. Na verdade, não tem elogios certo para como ela está.
- Por que está me olhando?- Ela diz sem desviar os olhos da tv.
- Impossível não admirar sua beleza.
- Vai me deixar sem graça.- Ela se agarrou a mim, olhou para cima e desviou o olhar mais uma vez.
Estávamos assistindo um filme de ficção. Acabamos de subir, já que minha barriga roncou na hora que íamos matar a saudade um do outro. Eu lembrei que não tinha comido nada.
- Você algum dia terá que se acostumar.- Beijei sua testa.
- Não sei se será possível.- Ela olhou para cima e começou a arranhar minha barriga com a unha.
- Que tal a gente fazer alguma coisa? Esse filme está sem graça.- Digo tentando parecer inocente, mas ela sorri de lado sabendo onde quero chegar.
- O que tem em mente?
- Tenho tantas coisas em mente.- Puxei seu corpo para cima do meu.- O que acha de continuarmos de onde paramos?
- Eu acho uma ótima ideia.
Ela não esperou nada e beijou minha boca com muita fome. Dessa vez nosso beijo não começou de forma lenta, estávamos famintos um do outro. Eu a queria o tanto que ela me queria.
