Assunto Inacabado (Camren)

Capítulo 14 - Finalmente se Pegaram!

Olá, mais um cap, esse ficou grandinho rs

Boa leitura

...

Dez dias depois...

POV Dinah Jane

Os dias foram passando e aos poucos começamos a ficar sobrecarregadas com o trabalho no hospital. Mesmo eu não sendo uma cirurgiã, ganhei uma quantidade considerável de pacientes que precisavam de uma recuperação mais atenciosa, principalmente os que tiveram algum acidente ou os que acordaram de um coma recente. Há também os que possuem algum problema crônico. A minha agenda estava lotada.

A fase de testes com a terapia Holística já havia começado, e pelo menos duas vezes na semana o meu trabalho era conciliado entre fisioterapia com os pacientes do hospital e a holística com os médicos e enfermeiros. Uma vez na semana era reiki em grupo, no outro dia era massoterapia, e notava-se uma melhora alta no humor e predisposição.

Notei que a cada dia, durante o almoço, o encontro com aquele pequeno grupo era o mesmo. E era notável a aproximação de todas. A afinidade cresceu de forma muito rápida, Lauren era a pessoa em comum que tínhamos interesse em ajudar, e isso acabou nos unindo muito. Todos os dias no mesmo horário, estávamos no quarto de Lauren passando o almoço juntas e conversando trivialidades. Confesso que me alegrava estar lá, porque Normani me despertava um interesse surreal, e eu sentia que ela também me olhava diferente, mas por que ela nunca chegou em mim? Por que eu nunca cheguei nela? Sei lá, eu sentia algo diferente e pela primeira vez me sentia travada. Eu não queria simplesmente chegar nela e falar um monte de besteiras como de costume, acho que eu queria agir de forma mais... Tranquila eu diria.

Em minha sala eu estava organizando os colchonetes em um canto, trocando o incenso e regando as plantas, quando Normani passou pela porta.

— Oi Dinah — cumprimentou e encostou a porta em seguida.

— Oi Mani — cumprimentei com um sorriso.

— Finalmente consegui um horário — falou desconcertada —, tá requisitada hein, Hansen!

— Eu tenho mãos boas! — lancei a ela um olhar brincalhão e malicioso ao mesmo tempo e mexi os dedos freneticamente.

— Não posso garantir, nunca provei — falou de forma sugestiva no mesmo tom que eu. Ela entrou na brincadeira.

— Então tire a roupa — caminhei lentamente em sua direção —, e pode se deitar ali!

Ajudei ela a tirar o jaleco e tive a impressão de sentir ela meio tensa. Senti meu coração dar um salto ao notar que estávamos tão perto. Ela desviou o olhar e soltou um suspiro pesado pela aproximação. Consegui sentir o seu perfume suave e marcante. Pendurei o jaleco na arara de parede e ela caminhou desfilando em silêncio em direção à maca de massagem.

— Pode se despir ali! — indiquei um local atrás de uma cortina e segui até o pequeno armário que tinha em minha sala.

— Ok, só não olhe tá?

— Ficaria brava se eu olhasse? — perguntei me virando e a encarando de forma sugestiva.

— Na verdade não. Mas não seria justo.

— Como assim? — Me escorei em minha mesa e cruzei os braços.

— Não seria justo só você ver. Você teria que tirar a sua roupa também pra eu poder te olhar. Aí ficaríamos quites! — piscou para mim e se deitou na maca de massagem.

— Justo. Então quer me ver sem roupa, Kordei?

— Bem, só olhar não tem graça... — ela mexeu as sobrancelhas e sorriu descaradamente.