Assunto Inacabado (Camren)

Capítulo 10 - Uma Bundinha Pra Pegar

https://www.youtube.com/watch?v=VOe38URMIUw

Imaginem Camila e Dinah dançando tipo nesse vídeo 😁

Boa leitura!!

...

Naquela manhã eu havia acordado com o som suave do despertador. Estava pensando seriamente em mudar o som do alarme, pois aquele me causava mais sono do que despertar. Por mais que eu tenha acordado bem cedo, especificamente às 5h00 da manhã, eu não estava com nenhum pouco de preguiça. Estava animada e ansiosa pelo meu primeiro dia de trabalho.

Coloquei o celular de volta em cima do criado mudo e mudei de posição, ficando de barriga para cima. Encarei o teto por alguns segundos com desdém e fechei os olhos novamente. Eu estava sentindo algo diferente naquela manhã. Não sei explicar o que, mas além de ter acordado bem, um aroma diferente circulava no meu quarto. Mas eu me lembro de não ter usado nenhum tipo de perfume na noite anterior, nem a Dinah. Pensando bem, esse aroma era diferente e eu não tinha nenhum perfume com esse cheiro.

Respirei fundo inalando aquele perfume... Era tão bom. Me lembrava da flor Jasmim Gardênia. Essa flor exala um perfume maravilhoso, daquele que por onde passa o cheiro fica e permanece por horas. Não é um cheiro doce que dá enjoo, é um cheiro suave e marcante, que faz a gente querer ficar com o aroma o tempo todo circulando. Como eu sei sobre essa flor? É que minha mãe costumava cuidar de um pequeno jardim que cultivava no quintal de casa. E aquele aroma percorria a casa toda. O mais curioso nisso tudo é por que eu estou sentindo esse cheiro?

Senti um peso ao meu lado na cama e também um calor. Minha cama estava mais quentinha do que o normal. Abri os olhos e olhei para o lado. A Jauregui estava lá. Ela sorriu ao conectar seus olhos verdes aos meus castanhos. Virei-me para que ficássemos de frente e a fitei por alguns segundos. Ela tinha um jeito fofo de mexer as sobrancelhas quando sorria e seu semblante ficava relaxado.

A Jauregui tocou o meu rosto com tanta delicadeza. A maciez de sua mão era como seda. Seus dedos deslizavam pela maçã do meu rosto em um carinho gostoso. Fechei os olhos aproveitando aquele momento. Conseguia sentir o calor de seu toque. Aproximei-me um pouco e notei que aquele aroma de Jasmim vinha de seus cabelos, que por sinal estavam lindos. Toquei nas mechas onduladas e afaguei por segundos, afastando algumas mechas de seus olhos. Então senti a minha sonolência se esvair ao perceber que ela estava mesmo ali. A Jauregui tocou em meu cabelo e colocou uma mecha atrás da minha orelha. Senti o deslizar de sua mão pelo meu rosto novamente.

— Bom dia Camz — abriu um lindo sorriso.

— Bom dia... Espera aí, como é que vo-você está aqui? — indaguei achando estranho tudo aquilo.

— Não sei Camz, mas estou aqui.

— Você é de verdade?

— Claro que sim — respondeu prontamente.

Ela se aproximou um pouco mais e ficamos a centímetros de distância, com nossos narizes quase se tocando. Conseguia sentir o seu toque e o calor que o seu corpo emanava, conseguia sentir o seu cheiro. Mas como isso é possível?

Então me lembrei da noite anterior...

Eu sempre fui uma garota muito sonhadora, sempre tive muitos desejos, sonhos, objetivos, e sempre tentei fazer de tudo para conquistá-los, além disso tudo, sempre tive a mente um pouco fantasiosa para algumas coisas. Pelo menos sempre foi assim antes de minha mãe partir.

Na noite anterior enquanto a Jauregui e eu estávamos no terraço, me lembro de ter visto uma estrela cadente. Eu sei, eu sei... Meio bobo não é? Mas eu sou boba, e acredito nessas coisas. Então quando a estrela passou, eu desejei que a Jauregui estivesse aqui de verdade e que tivesse as suas memórias recuperadas. E vendo ela na minha frente parecia uma coisa surreal.