Onde a imagem que todos têm de Bill Cipher é a de que ele é um demônio terrível e ameaçador, porém, Dipper Pines, com a interferência de sua irmã e Will Cipher, se vê completamente obsecado pelos mistérios que aquele de olhos amarelos escondia dele...
∆|Aviso: boiolas diabéticos, cuidado com a obesidade, esse cap tá puro açúcar.
Boa leitura <3
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Dipper
Eu estou dentro desse armário já faz cinco minutos e, honestamente, não sei dizer o que seria pior: enfim conversar com o Bill ou ficar calado e sentindo toda a onda constrangedora tomar conta desse pequeno cômodo a cada respirar.
É por isso que eu odeio festas.
Escutei Bill suspirar e se sentar ao meu lado, quase se espremendo entre a estante atrás de mim e o canto da parede. Enquanto isso, eu apenas continuei abraçado às minhas pernas, olhando para o teto e pensando na merda que está sendo essa noite enquanto tocava "Maps" lá fora, somente para destruir meu emocional com aquela letra desgraçada de perfeita. É, eu tenho sentimentos, como adivinhou?
— Ei, Pinetree... — me chamou Bill, ao meu lado e, num revirar de olhos, o olhei com desdém.
Vi seus olhos acesos como dois faróis amarelos na escuridão, me encarando enquanto estampavam um semblante pouco aflito. Aquele armário, realmente, era apertado. Estávamos, praticamente, colados! Seus pés estavam quase por cima dos meus e qualquer mínimo deslize poderia ocasionar alguma cena digna de virar piada!
— O que foi? — perguntei, sem graça, e ele olhou para os lados. Inquieto.
— Só queria saber porque você está tão... Sei lá, triste?
— Ah, então agora você se preocupa comigo? Achei que não ligasse para reles mortais. — digo e ele solta um riso soprado.
— Eu nunca disse isso.
— Acho que vou precisar andar com um gravador de vozes no bolso a partir de agora, para você se lembrar com mais precisão do que fala.
— Okay, eu admito, não ligo para mortais, mas você está bem na minha frente, é impossível ignorar essa sua cara de cachorro abandonado!
— Então feche os olhos e finja que eu não existo. — digo deitando minha cabeça sobre meus joelhos e fechando os olhos.
— Você, realmente, não facilita...
— O que você queria que eu dissesse?! — indaguei, o olhando irritado.
— Talvez, alguma explicação para seu mau humor, sua antipatia e seu desprezo medíocre por conversas?
— Eu apenas sou assim, isso serve de resposta para você?
— Mas por quê?! Por que você tem que ser assim mesmo quando nada acontece?
— Porque não sou obrigado a nada. — digo seco e ele suspira.
— Isso é tão irritante, você simplesmente não me dá uma resposta!
