Capítulo 49

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Ao chegarmos na sala do trono vemos que os pais de Uriah já estão em pé no meio do salão, junto a uns guardas

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Ao chegarmos na sala do trono vemos que os pais de Uriah já estão em pé no meio do salão, junto a uns guardas. Nenhum dos dois parecia abalado com a morte recente do filho, ambos se viram em nossa direção, a rainha Martina entreabre a boca quando me perceber no meio dos meninos, surpresa gritava em seu rosto.

- Como é bom vê-los novamente, ao que devo a honra da visita? - Questiono com um sorriso no rosto.

- Como...? - As palavras delas somem em sua boca.

- Bom, vão falar o que querem ou estão esperando um de nós adivinhar? - Pergunto sem paciência.

- Viemos fazer um trato, soubemos o que planejamos, não temos arsenal contra todos os reinos. - O rei Finn fala.

- Que trato? - Kai é quem pergunta parecendo muito interessado.

- Nós dois somos muito velhos para entrar numa guerra já perdida, nós entregamos nossas terras e em troca nos deixem se exilar em algum lugar do mundo humano ou da fenda. - Fácil assim? Penso, mas não esterno, não agora. - E tem mais uma coisa, querem que abriguem nossa pequena Maia quando ele tiver a idade da inércia.

- Quem é Maia? pelo que sabemos Uriah era filho único. - Kai diz em voz alta o meus pensamentos.

- Maia ainda não nasceu, ela é minha neta, filha do Uriah com uma humana, nós pretendemos ajudá-la a criar o mesmo no mundo humano pelo menos até ele parar de envelhecer. - A rainha responde meio trêmula me deixando surpresa.

- Está me dizendo que o seu filho estava prestes a ter um bebê, enquanto tentava a todo custo me fazer esposa dele, e ao ver que não tinha como, tentou me matar, e me cassou como se eu fosse uma presa a qual ele não conseguia tirar os olhos? - Minha raiva e indignação transpassam. - E ainda estar me pedindo para abrigar a filha do homem que eu matei, pobre dessa garota.

- Por favor, antes de tudo ela é uma Pássaro negro, e eu sei que a mesma vai enteder que você não teve escolhe e lhe acolherar como rainha. - A suplica de Martina me dar nos nervos me fazendo respirar fundo para não ralhar com ela mais uma vez.

- Qual a garantia que teremos, que vai mesmo nos dar suas terras. - Kai pergunta.

- Faremos um laço de sangue desde que também nos dê o que queremos, paz e exílio para nosso neto. - O rei Finn diz me chocando com sua seriedade.

- Um laço de sangue então a garota será bem vindo, desde que ela queira ficar aqui, e quanto a deixá-los em paz creio que não nos importamos o suficiente com a existência de ambos para irmos atrás de vocês, seja lá para onde vão. - O capitão diz em um tom sarcástico, indignação se passa pelo rosto da mulher a minha frente mas a mesma logo disfarça.

- Podemos fazer agora? - O Finn questiona quase que impaciente se referindo ao novo laço de sangue.

- Claro, desde que a futura rainha concorde. - Kai olha para mim com uma sobrancelha levantada em uma interrogação.

- Você sabe alguma coisa sobre esse laço de sangue? - Para minha surpresa quem me pergunta isso é o Gabo.

- Minha mãe contou sobre, não é nada como os filmes no mundo humano mostram ou como você está  imaginando. - Ele me olha confusa o que me faz sorri. - Apenas temos que assinar um contrato com tinta vermelha e num fim fazer um juramento de pássaro negro que segundo a lenda se o mesmo for quebrado a pessoa ou as pessoas levará junto com sua família o azar que considerado pior que muita coisa ruim existente. - Explico vendo o acobreado assentir.

Eu sei que parece uma loucura fazer tal trato com esses malucos, mas segundo tudo que eu aprendi e o que está em jogo não é nada demais fazê-lo.

***

Após um contrato ser feito em tempo recorde enquanto esperávamos estados ou até mesmo andando de um lado para outro. Munir é em quem traz um pergaminho com escritas bem elaboradas, ele sorri em minha direção o qual retribuo rapidamente. Kai pega o papel lendo o mesmo com o olhar se certificando aparentemente se está tudo certo.

- Então pelo que vejo não tem nenhum furo, vou ler em voz alta, logo depois passarei para cada um ler então por fim terminaremos com isso. - Concordamos silenciosamente apenas com gestos de cabeça.

Kai lê em voz alta os termos que já sabíamos, e ao terminar passa para que cada um de nós dê uma olhada. Ao vermos que está tudo certo, pegamos a caneta, que para o assombro de ninguém é de tinteiro. O rei e a rainha são os primeiros a assinar seguidos por mim e Kai que serviu como testemunha, como a de um casamento, me seguro para não rir alto com esse pensamento besta.

- Agora podem ir, espero mesmo que cumpram o que foi prometido ou vocês sabem quem vai sentir as consequências e adivinha não somos nós. - O capitão adverte.

- Sabemos meu jovem, não precisamos que você fale tau coisas. - O rei Finn ralha com ele fazendo o mesmo rir alto.

Os dois ex-reis dos agora extintos Pássaros Brancos se vão, com sua pequena comitiva que segundo os próprios ficaram ao nosso serviço nos confins do norte onde fica, ou melhor ficava, o seu reino.

Alívio traspassa por meu corpo ao vê-los sumir de minha vista, agora eu sei que um problema parou de existir.

Antes que eu fale qualquer coisa, ou até mesmo pense em falar, dois braços me interceptam em um abraço depois do pequeno susto, penso ser o Gabo, mas o cheiro do Kai o denúncia tento me soltar mas ele é mais rápido ao me beijar. Os lábios do capitão tocam o meu, o choque é tanto que quase não tenho pensamento para liberar os meus poderes, o tirando de perto de mim.

Procuro o Gabo mas não o encontro em lugar algum do salão, tudo parece um borrão quando corro em direção a saída mas acabo esbarrando em alguém e só não chego ao chão pois a mesma me segura, ou melhor o mesmo, pois é um homem.

Meus olhos sobem na direção do rapaz, que sorriu ladino ainda me segurando, o meu olhar sobe para os seus de cor castanha até o seu cabelo ruivo vivo quase vermelho.

- Arturo, podemos ser imortais mas não temos todo tempo do mundo para você ficar flertando com a primeira garota que esbarra em você. - Ao escutar o nome dele arregalo os olhos.

Me solto do mesmo, vendo uma garota parecida com ele com longos cabelos da mesma cor que o seu, a reconheço agora como Atena Aiken, princesa herdeira dos Pássaros vermelhos.

O que diabos estão fazendo aqui?

- Queridinha pode me levar até a princesa ou rainha, não sei, Blue Sky, ela tem uma coisa que nos pertence e o queremos de volta. - A voz aveludada da princesa chega ao meus ouvidos e a única coisa que tenho vontade é de querer que ela e o irmão sumam.

- Estão falando com ela. - É o que respondo. 

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Obrigada 💜

Obrigada 💜

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Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Where stories live. Discover now