Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑

Capítulo 23

Depois que terminamos de comer, eu sugeri que fossemos assistir alguma coisa na TV, mas ninguém sabia ligar, além de mim mesma, nem ao menos Kai que parecia ser o que mais entendia do mundo humano depois de mim sabia. Assim que liguei em um canal de filmes, o capitão praticamente me arrastou da sala em direção aos quartos. Entramos no meu onde me sento na cama, esperando ele falar o que quer que fosse mas nada vem, então resolvo eu perguntar o que vinha martelando na minha cabeça.

- Por que vocês estão me ajudando? - Ele que andava de um lado para outro para me fitando.

- Nós temos um juramento para com a sua segurança, você vai voltar aquele lugar e tomará a coroa que é sua por direito, nós pássaros negros não vamos abaixar a cabeça para outro reino. - Kai me diz serio.

- E se eu não quiser voltar? - Kai me olha surpreso. - Pensa comigo, como vamos tomar de volta a coroa se somos só nós quatro? - Não inclui Gabo pelo mesmo não ser um nativo, mas juro a mim mesma que encontrarei sua família.

- Vamos encontrar uma forma, o príncipe Uriah não vai conseguir persuadir todo mundo. - O que Kai fala é verdade, mas ainda não me sinto pronta a me aventurar a ser a rainha.

- Certo, o que acha de irmos assistir alguma coisa com os outros para depois descansarmos? - Ele revira os olhos, como vem fazendo desde que chegamos aqui. - O que foi, se quiser ir descansar... - Ele me interrompe.

- Não é isso, não estou cansado, eu só não entendi ainda qual é daquele garoto. - Ele se refere ao Gabo meio irritado.

- Ele estava preso naquela cela a anos sem ao menos saber o porquê, a única coisa que o mesmo sabe é o que um guarda chegou a dizer que era por conta dos pais dele. - Kai me olha ainda parecendo impaciente.

- Eu não sabia da existência dele, até o momento em que eu o vi empoleirado no seu ombro. - Certo, agora eu entendi a implicância do capitão para com o garoto.

- Você está com ciúmes? - Minha voz sai incrédula com uma pitada de riso.

- Não, eu só... não gostei dele. - Kai praticamente gagueja ao dizer o que me faz rir ainda mais alto. - Não tem graça, princesa. - Uma gargalhada para em minha garganta quando ele em uma velocidade sobre humana fica por cima de mim me deitando na cama onde eu me encontrava sentada.

- O que? Vai me dizer que o que falei é mentira? - Seu rosto tá tão perto do meu que chegamos a sentir o cheiro um do outro.

- Deixa eu te beijar, por favor- Ele sussurrou com seus lábios tocando levemente os meus.

Antes que eu diga que sim, ou que não, Kai avança com a sua boca contra a minha, sinto sua língua deslizar para dentro da minha boca é quando me perco totalmente, segurando os fios macio da sua nuca o puxando para mais perto, sinto suas mãos passearem pelo meu corpo parando na curva da minha cintura onde aperta levemente. Não passamos disso pois mais uma vez fomos interrompidos por batidas na porta.

Como da última vez me solto dele, me arrumando e respirando fundo antes de abrir.

- Desculpa incomodar mas eu vim saber se não vão querer ver conosco o... é... como é mesmo nome? - Gabo coça a cabeça ao tentar lembrar o que veio dizer.

- Filme. - Ele assente. - Nós já estávamos indo. - Digo olhando para Kai que se encontrava agora em pé nos olhando feio.

Nós três descemos vendo Akemi e Munir esparramados no chão comendo um salgadinho que o capitão tinha comprado.

- Nós falamos para ele não ir atrapalhar a "conversa" de vocês. - Akemi faz aspas com os dedos me fazendo revirar os olhos enquanto sento no sofá com Kai e Gabo cada de um lado meu.

Faço o moreno ir pegar salgadinhos para nós também, mesmo resmungando ele vai. Enquanto comemos e assistimos um filme ruim, me pego pensando se darei conta das expectativas deles para comigo, se conseguirei ser a rainha que eles esperam ou até mesmo se quero ser a rainha que eles esperam.

Levo um susto quando recebi um cutucão na perna, olho para baixo e vejo os dois irmãos entretidos com o filme, até receber outro e ver que vem de Kai que estar ao meu lado. Olho em direção ao moreno que não parece nada contente com alguma coisa, até me dar conta da forma que estou.

Eu me encontro com as pernas em cima do sofá ambas encolhidas perto do tronco de Kai, mas o motivo da irritação é que estou praticamente deitada no peitoral magro do Gabo, não me pergunte em que momento eu me pôs nessa nessa posição pois eu não sei.

Me ponho sentada normalmente, olhando para os olhos verdes que não parecia entender o meu súbito levantar. - Desculpa, eu te machuquei? - Pergunto ao mesmo que fica vermelho.

- Na... Não, tá tudo bem. - Certo ele não parece nada bem, mas vejo que não tem o que fazer.

- Quer ir descansar? - Pergunto mas ele nega voltando a fitar a televisão.

Ficamos na sala até o bendito filme acabar, levo Gabo para o meu quarto o ajudando a pegar as cobertas para se cobrir, o mesmo se deita na minha cama e quando faço menção de sair ele me impede.

- Blue. - O olho esperando ele falar. - Pode ficar aqui até que eu adormeça? É tão esquisito dormir em um quarto novamente, acho que não me lembro a última vez, eu te disse que sei a minha idade por que o mesmo guarda que falou que eu estava ali por conta dos meus pais disse, por sinal foi ele quem abril a minha cela para te colocarem lá dentro.

- Ele me contou que você não iria me fazer mal. - Digo me sentando na beirada da cama. - Vamos encontrar os seus pais Gabo, alguém daquele lugar deve saber quem eles são. - O quase loiro de olhos verdes assente, enquanto uma lágrima corre pelo o seu rosto, sem pensar duas vezes a contenho com a mão, com meu toque em seu rosto ele automaticamente fecha os olhos.

- Não quero encontrá-los. - Eu o olho confusa e ao abrir as suas pálpebras ele percebe. - Sinto que eles não vão me querer perto de você. - Ele suspira como se tivesse prevendo.

- Por que acha isso? - Pergunto curiosa.

- Eu não sei, sempre foi assim eu sinto as coisas e elas acontecem. - Gabo me fitou pela primeira vez sem desviar os olhos. - Foi assim com você, eu sabia que você não era uma má pessoa, eu senti que os seus amigos estavam te procurando, o guarda disse que não sabia exatamente o nome para isso mas que eu basicamente prévia as intenções das pessoas parecido com quando eu não me machuco, quando sou açoitado, por isso eu fiquei na sua frente na cela para que você não se machucasse. - É claro a explosão foi enorme mas ele pareceu não sentir nada.

- É muita coisa para absorver conversamos mais depois. - Ele assentiu fechando os olhos.

Assim que ele adormece vou para o quarto da minha mãe, onde Akemi já se encontra dormindo, me deitei ao seu lado e tão logo me entrego ao sono.
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Obrigada 💜