Capítulo 45

261 24 12
                                    

Ao terminar de corta o meu cabelo, Ada pega um espelho colocando em frente ao meus olhos me dando a visão deles totalmente negros e do meu cabelo não tão curto canto pensei, mas na altura do meu queixo pelo menos a parte da frente

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Ao terminar de corta o meu cabelo, Ada pega um espelho colocando em frente ao meus olhos me dando a visão deles totalmente negros e do meu cabelo não tão curto canto pensei, mas na altura do meu queixo pelo menos a parte da frente.

- Vamos, o príncipe Uriah estar lhe esperando. - Ela faz sinal para que o guarda me leve ou melhor me arraste para fora da sala, já que não faço a menor menção em começar a andar.

Andamos por alguns corredores até sairmos do castelo e chegar no mesmo pátio que o meu pai fazia suas sentenças, toscas e sem escrúpulos. No local havia algumas migalhas de pessoas me dando um certo alívio, nem todos do reino se propuseram a ver essa palhaçada.

Subo os degraus do pedestal de madeira, onde Uriah está sentado em um trono, menos elaborado do que a dentro do castelo. Ele sorri quando nossos olhares se cruzam, o que me faz querer arrancar sua cabeça com as minhas próprias mãos.

- Você estaria mais bonita se seus olhos estivessem azuis, querida. - O mesmo diz em voz alta fazendo algumas pessoas rirem, não digo nada ficando o mais ereta que eu consigo.- Bom, não vamos perder mais tempo, aqui hoje temos para a condenação de assassinato e traição à coroa, a ex-princesa Blue Sky.

Todos vaiam enquanto Uriah faz uma pausa dramática para poder continuar.

- A sentença escolhida para ela é... - Mais pausas dramáticas. - A mor... - Ele não termina de falar pois uma explosão bem no meio do pátio o atrapalha.

Levo meu olhar ao centro da confusão ainda sendo mantida segurada pelo guarda. Kai está bem no meio da confusão com Akemi e Munir a seu lado, os três tentam passar pelas pessoas.

Mais uma explosão é ouvida dessa vez vindo da parte de trás do pedestal, não consigo olhar, mas escuto um xingamento de Uriah que vem até mim. Ele estala os dedos e um rapaz vem em nossa direção, uma ventania começou me fazendo fechar momentaneamente os olhos , mas o que diabos está acontecendo?

- Abra uma porcaria de um portal? - Escuto o príncipe gritar o que me desespera não posso ir com ele, não quando tenho uma chance de sair desse lugar.

Mais uma vez tento me soltar do guarda, mas o mesmo não me solta apertando os meus braços com suas mãos grandes com toda certeza ficaria roxo, me sinto fraca fisicamente o que complica tudo ainda mais. Como última esperança de escapar faço um jogo de corpos que a minha mãe a muito me ensinou, estico um perna para frente firmando ela no piso de madeira, curvo parte do meu corpo também para frente puxando o guarda, duas ou três vezes maior que eu, então em um quase mortal jogo o mesmo com toda a força e habilidade que possui ou melhor ainda possuo.

O homem caiu da costa da beirada da pedestal para o chão batido do pátio o mesmo só não me levou junto por eu ter cravado minhas unhas em seu pulso o que fez que ele afrouxou o aperto. Mas nem tudo é como queremos e até mesmo esperamos alguém me puxar bruscamente, bem no momento que avisto Gabo aparecer bem em frente a onde estamos, com isso antes de cairmos em um portal vejo uma adaga passar raspando em meu rosto e acerta bem no peito dele.

Seus olhos verdes se arregalaram com o susto do objeto cravando em si, e essa é a última coisa que meu cérebro grava antes de ser engolida totalmente pela fenda.

***

Caio em cima de Uriah, que me aperta contra si ainda no chão do que se parece um hall de entrada de um castelo inteiramente branco.

- Me solta seu idiota. - Grito quando o mesmo muda a posição que estamos ficando por cima me prendendo entre sua pernas e mãos.

- Agora somos só nós dois. - Ele chia perto do meu rosto o que me dar nó nervos, ainda mais quando me vem a mente Gabo sendo atingindo por sua adaga. - Eu odeio quando seus olhos ficam assim, me dá medo. - Ele diz lambendo meu rosto, essa foi a gota d'água para o meu copo transbordar.

- Se ele não estiver bem, torça para eu não ir atrás de você no inferno seu desgraçado. - Minha voz sai rasgando a minha garganta o tirando de cima de mim, o que faz ele ser arremessado contra a parede mais próxima.

Seu olhar assustado me dá o prazer, que a muito queria experimentar. Em passos lentos me encaminho até ele, e mais lentamente ainda me agacho a ponto de ficar perto do seu rosto.

- Os melhores vilões são aqueles que já foram mocinhos. - Digo recebendo um rosto confuso em resposta. - Foi um desprazer te conhecer, príncipe. - E como numa pequena pluma negra assopro as minhas sombras para ele.

Me levanto apenas assistindo ele começar a se contorcer no chão, ao sentir o efeito do que eu posso fazer quando mexem com quem amo.

- O que está acontecendo aqui? - Uma voz estridente junto a passos me alcançam os ouvidos.

- Me desculpe vossa majestade, mas o seu filhinho quis voltar para casa mais cedo. - Os olhos da mulher junto a dos guardas vão para, o agora quieto demais para estar vivo, Uriah.

- O que você fez? - E mais um vez um grito estridente com o barulho dos saltos da mesma indo em direção ao filho arranham os meus tímpanos.

- Nada do que ele não merecia ou iria fazer comigo. - Respondo após ela se jogar ao lado do filho.

- Sua desgraçada. - A rainha permanece com o tom de voz alto. - Levem ela daqui, para eles, não para as masmorras.

Confusão banha meu semblante quando ela diz 'para eles', em tom sugestivo demais para eu não ficar em alerta. Antes que consiga pensar em se mexer, os homens já estão me segurando muito mais brutos que os de onde eu estava. Claro que tento soltar os meus poderes mesmo sentindo que vou explodir de cansaço, mas de nada adianta quando os mesmos são neutralizadores.

Sou arrastada ainda tentando me soltar, eles me levam para fora do castelo em direção a floresta, que está coberta de neve, não vejo nada além dela nas montanhas aqui.

- Para onde estão me levando? - Pergunto tendo ainda mais o braço apertado para ficar quieta, mas é como se uma semana de cárcere estivesse querendo ser derramado por minha veias. - Me deixem. - Grito me debatendo.

Eles não me respondem, me levando ainda mais para o meio da floresta parando em uma clareira por fim finalmente me soltando.

- Tenha um bom fim, senhorita. - Antes que pergunte do que um deles falou todos somem.

Com toda certeza o que vinha mais atrás, e não me segurava, deve ter feito tal coisa.

E agora onde eu estou?

.
.
.
.
Obrigada 💜

Obrigada 💜

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Onde as histórias ganham vida. Descobre agora