Capítulo 2

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  Ver a fortaleza do meu pai pela primeira vez é tão assustador quanto minha mãe falava, diversos picos de torres em um castelo equilibrado no topo da montanha que Kai chamará de Nightfall, ao contrário da minha mãe que lhe chamava de inferno

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Ver a fortaleza do meu pai pela primeira vez é tão assustador quanto minha mãe falava, diversos picos de torres em um castelo equilibrado no topo da montanha que Kai chamará de Nightfall, ao contrário da minha mãe que lhe chamava de inferno. Subimos um longo caminho de terra a passos lentos como se eles quisessem me mostrar o que perdi por 18 anos.

A viagem até aqui não foi como imaginei quando a minha mãe explicou como fugiu, não chegamos nem a atravessar a rua de onde minha casa fica, quando um deles, que não sei quem foi, provavelmente Akemi, abriu um portal preto acinzentado na qual entramos, como eu estava muito afobada para prestar atenção não sei dizer o que senti ao passar por ele.

Tropeço em alguma pedra, quando estamos quase chegando, caindo de cara no chão tento me amparar com as mãos, mas uma delas se encontra presa ao braço que o idiota vem me segurando. Tenho certeza de que Kai que estava a me segurar deixou que isso acontecesse. Ainda no chão com areia no meu pijama xadrez cor de rosa, o que torna tudo mais humilhante, escuto a risada rouca que me dá nos nervos, sinto vontade de me levantar e estapear seu rosto, mas não o faço, respiro fundo então fico de pé sem olhar para ele. Akemi e Munir vão mais a frente sem pararem para olhar o que aconteceu me poupando de mais humilhação.

Kai volta a segurar meu braço dessa vez mais forte, como se eu tivesse algum lugar para eu fugir. - Se tentar alguma gracinha quando entramos no castelo não vai ter coroa que vai lhe proteger de mim, entendeu? - O rapaz me alerta ou melhor me ameaça.

- Que tipo de gracinha eu tentaria? Não sou tola, sei por que minha mãe fugiu daqui ainda grávida de mim e não foi por conta da comida. - Digo com dentes trincados de raiva, mas com um fundo de sarcasmo na voz.

Ele fica me encarando por um instante como se esperasse que eu revele tudo que já sei sobre esse lugar.

As vezes fico agradecida pela a minha mãe ter me contado tudo que aconteceu, outras vezes quero gritar por ter que chegar sabendo de tudo e não leiga ou até mesmo inocente. Kai me empurra para que eu volte andar, eu não tinha percebido que tinha parado até sentir suas mãos em mim.

A grande porta de entrada é aberta por alguém que não consigo ver, Akemi e Munir que estavam nos esperando entram na frente. Meus olhos devoram todos os detalhes do hall de entrada, do piso de mármore cinza ao teto com um candelabro enorme de cristal bem em frente das escadas que dão para os andares superiores do castelo, ela é magnífica quanto tudo que já consigo ver.

Percebo de canto de olho que Kai está a me observar então me viro em sua direção o que lhe faz desviar seu olhar, seguro um sorriso de satisfação por ter pelo menos o deixado um pouco constrangido. Escutamos passos vindo do lado esquerdo do hall, logo aparecendo uma senhora que parece estar nas casas dos 60, mas duvido que ela tenha menos de 800 anos. Ela sorri assim que nos avista pousando seus olhos, cor de mel estranhamente cansados, sobre mim.

-Não a como negar que você é filha dela. - A senhora me diz, sei que ela se refere a minha mãe, mas é primeira vez que vejo alguém me comparar a mesma. - É uma honra tela aqui princesa Sky, eu sou a Ada sua dama de companhia estarei ao seu lado para o que precisar. - Escutar meu nome de quem não me apresentei é esquisito.

Não falo nada a ela, não sei o que falar exatamente. Se eu falar que é um prazer estarei mentindo não é bem um prazer, eu nem queria estar aqui.

- A levarei você para seu novo quarto, você precisa ficar decente para encontrar o seu pai. Ele está muito ansioso, sábia? - Ada fala percebendo que eu não pretendo abrir minha boca, não tem coisas boas para sair dela.

A dama de companhia me puxa do lado de Kai dispensando os três com um gesto de mão exagerado. Subo as escadas um passo atrás dela, chegamos ao último pavimento na qual ela abre uma porta dupla que dá para uma pequena sala, então logo depois vejo que no cômodo não só tem a salinha, mas também mais pra frente uma cama enorme com lençóis cinza de seda. No mesmo também têm três grandes janelas com cortinas do tecido parecido com os forros de cama, duas portas que com certeza dão para o banheiro e o closet. Enquanto ela fala eu observo tudo até os mínimos detalhes, como por exemplo nos corvos voando desenhados na parede que tem uma penteadeira instalada logo abaixo.

***

Assim que Ada termina de me arrumar alguém bate a porta, ela vai abrir enquanto eu continuo olhando para o espelho e não me reconhecendo, por estar tão arrumada como nunca estive. Meus olhos azuis arroxeados estão mais vivos assim como o preto do meu cabelo que sempre foi muito opaco. O vestido preto que ela escolheu por eu ter me recusado de olhar para eles me cai bem mesmo sendo meio desconfortável, por ser bem apertado na parte superior do meu corpo, ele é lindo, bem-marcado na cintura com tule preto e pedras preciosas acinzentadas valoriza tudo que eu nunca havia reparado em mim.

- Princesa Sky querida, venha o Kai está aqui para levá-la até o rei. - Quero gritar que não vou, mas acho que não adiantará nada, é capaz dele me levar a força pelos cabelos.

Vou até eles tão devagar quanto uma lesma tentando não parecer nervosa, mesmo quase colocando minhas tripas para fora por conta disso, um misto de medo e ansiedade em conhecer o meu pai me banham.

Kai me olha de cima a baixo como se estivesse procurando algum defeito para implicar, mas não o acha, eu acho, se voltando para Ada. - Obrigado, não precisa ficar esperando por ela com certeza a princesa sabe tirar um vestido sozinha quando volta a noite. - Ele diz lançando um sorriso que para os outros pode parecer encantador, mas para mim se tornou repugnante em pouco tempo.

Ada olha para mim como se perguntasse alguma coisa, afirmo que sim com cabeça e saio do quarto com o outro ao meu lado. Kai me oferece o braço para entrelaçarmos um no outro, mas o ignoro, mas mesmo assim ele me puxa entrelaçando os mesmos e eu o puxo de volta então paramos no meio do corredor.

- Se acha que vai fazer de mim uma bonequinha para seus jogos está muito enganado, nunca mais se atreva a toca em mim sem a minha permissão ou... - Ele me interrompe.

- Ou que? Sei que não sabe lutar, que nunca usou seus poderes, que é praticamente uma humana patética aqui. - Diz cuspindo as palavras em minha cara.

-Não sei se lhe contaram, mas existe muitas formas de fazer a vida de alguém um completo inferno e acredite eu conheço várias delas. - Digo mantendo o tom afiado.

- Vou adorar saber quais são. - Ele diz sorrindo o que me dá nos nervos, volto a andar na direção que estávamos indo com o mesmo logo atrás.

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Obrigada!

Obrigada!

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Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Donde viven las historias. Descúbrelo ahora