Capítulo 33

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Em algum momento durante a madrugada Gabo me acordou com seus gritos, me pus sentada olhando na direção que o mesmo estava, vejo que ele ainda se encontra dormindo tendo o que se parece ser um pesadelo

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Em algum momento durante a madrugada Gabo me acordou com seus gritos, me pus sentada olhando na direção que o mesmo estava, vejo que ele ainda se encontra dormindo tendo o que se parece ser um pesadelo.

- Gabo... Gabo... - O chamo mas o mesmo demora a acordar, então abrindo os olhos arregalados com as pupilas dilatadas. - Ei, só foi um sonho ruim. - Digo o segurando pelos ombros para que o mesmo olhe para mim mas ele não o faz.

- Desculpa, eu... eu não queria te acordar. - Ele diz gaguejando ainda fitando a parede atrás de mim.

- Está tudo bem, olha para mim por favor. - Gabo me fita com hesitação como se fosse quase impossível no momento. - Quer me contar? - Ele nega freneticamente com a cabeça.

- Desculpa. - Lágrimas começam a escorrer dos seus olhos me quebrando por completo.

- Tudo bem. - Coloco minha mão em seu rosto contendo em um gesto delicado a lágrima que o molhava, Gabo fecha os olhos, com o meu toque como da ultima vez que o fiz, sem pensar lhe puxou para um abraço no qual ele corresponde sem hesitar. - Vamos voltar a dormir? - Pergunto me afastando um pouco para poder ver seu rosto que se encontra vermelho pelo choro.

- Você pode me abraçar, só um pouquinho? - Ele pergunta fungando em um gesto fofo, como pode alguém tão grande, e particularmente másculo, ser assim.

- Tudo bem, mas só porque você teve um pesadelo. - Ele assentiu voltando a se deitar de costas para mim, também me deitando me aconchegando em suas costas ao transpor um braço por sua cintura. - Nossa eu pensei que você fosse menor. - Digo quando vejo que minha cabeça e pernas não alçaram os extremos dele.

- Eu gostei assim. - Escuto sua voz abafada, lhe dou um tapinha de leve no braço mais próximo o fazendo rir soprado.

Sem falar mais nada nós adormecemos novamente.

***

Meu coração nunca tinha acordado tão acelerado em uma manhã, o susto que levei foi ao ponto de sentir, como diria os humanos, que estava caindo de uma montanha russa. Sinto que meu cotovelo bateu em algo particularmente macio, o que não doeu tanto, mas me deu aflição ao escutar o gemido rouco de quem eu acertei.

- Vão dormir o dia inteiro? - A voz áspera de Kai chega aos meus ouvidos, me fazendo lembrar o porque acordei com um susto.

Olho em direção ao capitão, mas não antes de perceber que ao contrário de como dormimos, Gabo é que me abraça agora.

- Bom dia para você também, Kai. - Digo me soltando dos braços, agora não mais magros do quase ruivo.

- Não sei para quem. - Seu olhar fulminante quase me queima.

- Eu vou para o... o meu quarto? - Gabo parecia constrangido, mas antes que eu fale qualquer coisa ele praticamente correu até a saída.

- Já vai tarde. - Kai murmura me fazendo revirar os olhos, enquanto me levantando da cama. - Pode me explicar o porquê de vocês dois se encontrarem agarrados e dormindo juntos? Pelo que eu me lembre cada um ganhou um quarto e o que houve com ele parece diferente. - Olho para ele com uma sobrancelha levantada ficando ereta.

- Não é da sua conta, não me lembro de lhe dever explicações. Lembre-se capitão eu sou a sua futura rainha e no mínimo tem que me respeitar. - Minha voz sai cortante vejo ele ficar surpreso. - Nunca mais invada o meu quarto sem ao menos ter a preocupação de que está acontecendo algo comigo. - Digo séria demais para o mesmo levar na brincadeira.

- Tudo isso por conta daquele cara? Você ao menos sabe de onde ele vem, nós vamos nos casar se não lembra. - Eu entreabro a minha boca embasbacada com a sua fala. - Não quero você perto dele, espero que tenham se divertido muito essa noite mas foi a última vez que lhe deixo sozinha.

- Cala a boca, eu nunca falei que me casaria com você. - Suspiro para não ir para cima dele e lhe socar no rosto. - Esqueça o que supostamente tivemos, pois não vai mais acontecer.

Ele não fala nada ficando com as íris dos olhos vermelhos vindo em minha direção em passos largos não recuou, não tenho medo dele. Antes que pudesse fazer qualquer coisa ele me segura pelo braço me puxando para ser prensada contra a porta do banheiro.

- Me solte, você está louco? - Praticamente grito quando sinto a madeira fria contra as minhas costas.

- Nós temos que permanecer juntos Sky. Eu e você mais ninguém, temos que... - Kai não termina de falar pois é brutalmente retirado de perto de mim.

Vejo o capitão cair perto da cama, olho para quem fez tal coisa vendo Gado em pé perto da entrada do quarto, ele respira regularmente, seus olhos totalmente branco percebo que o mesmo usou seus poderes. Ele se encaminha rapidamente até o de cabelos negros o levantando do chão apenas com uma mão pelo pescoço.

- Nunca mais encoste um dedo nela ou estará morto antes de pôr mais um. - Eu nem o reconheço, é como se o garoto tímido que saiu às pressas a pouco tempo atrás fosse outra pessoa agora.

- O que diabos está acontecendo aqui? - A voz surpresa de Akemi me atinge os ouvidos. - Anda Sky vamos separar eles, não temos tempo para isso o príncipe Uriah estar aqui. - Saio do meu estupor após meu cérebro processar a informação afobada da garota.

- Gabo por favor solta ele, temos que ir. - Seguro no braço que levanta o moreno que estar do olhos arregalados sem conseguir falar nada. - Gabo, por favor. - Ele parece me escutar soltando Kai que se estatela no chão se levantando com a ajuda de Akemi.

- Vamos andar. - A garota de mechas verdes desbotadas nos apressa.

- O que ouve? - Kai pergunta saindo do seu estupor.

Akemi explica que Uriah novamente nos encontrou, enquanto em um estalar de dedos o capitão invoca o mesmo saquinho que vi quando estávamos em minha casa, lembro de ter associado a bolsinha de Hermione.

- Pronto, vamos. - Ele olha para mim rapidamente, confesso que me arrepiei e não foi no sentido bom.

Corremos para o corredor onde avistamos Munir e Nick aparentemente de guarda nos esperando.

- O desgraçado do rei Caian nos traiu, ele vai me pagar, não agora, agora temos que correr tem uma passagem para o telhado virando o corredor temos que ser rápidos.

- Podemos ir mais rápido. - Digo fazendo todos me olhar parecendo possuir um ponto de interrogação em suas cabeças, menos Gabo, ele sabia do que eu me referia. - Não sei qual a distância que pode nos levar por isso não me arrisco a dizer que vamos parar em outro reino mas posso garantir que estaremos no telhado.

Mesmo sem entenderem todos assentes, faço da mesma forma que fiz com antes e invoco as minha sombras que nos ronda nos puxando para outro lugar.

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Obrigada 💜

Obrigada 💜

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Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Onde as histórias ganham vida. Descobre agora