Capítulo 19

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Eu estava estática olhando para o meu pai morto, Kai um pouco frente tão congelado quanto eu, enquanto isso o príncipe Uriah nos olhava sorrindo

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Eu estava estática olhando para o meu pai morto, Kai um pouco frente tão congelado quanto eu, enquanto isso o príncipe Uriah nos olhava sorrindo.

- Então capitão o que me diz, levamos a maluca para o tribunal por traição e você sai ileso, mas é claro que dará a coroa para mim. Você tem duas escolhas meu caro, ser o cúmplice e também ser levado e julgado como traidor ou permanecer vivo enquanto continua comandando a guarda real? - Enquanto o outro falava vejo Kai aperta as mão em punhos.

- Quem te garante que eles acreditariam em você? - Pergunto antes mesmo de pensar.

- Tanta coisa... mas uma dela seria o meu poder de persuasão, que parece não funcionar em vocês dois, ambos tem escudos muito fortes, o que me instiga bastante. - Ele parece irritado por não conseguir controlar a mim e ao Kai.

- Tudo bem. - Olho para Kai que praticamente sussurra ao falar. - Confirmarei a história de que a princesa Sky matou o rei Amoz. - O chão embaixo dos meus pés parece sumir, minha garganta seca, me pergunto se estou desfalecendo, se escutei certo.

- É bom ouvir isso, por um instante pensei que você fosse dar uma de bom moço e ir ser condenado com ela. - Não consigo me mexer, meu corpo estava petrificado, o que está acontecendo? - Guardas! - Uriah gritou me tirando do estupor em que eu estava.

Homens grandes demais para eu dar conta adentram, tento dar passos para trás mas me choco contra o corpo do príncipe que me segura firme com as duas mãos, depois de jogar a espada para longe.

- Ela acabou de matar o próprio pai, leve-a para as masmorras- A voz do de cabelos brancos saiu firme como uma cantinga que não me atinge, percebo que ele está usando sua persuasão para que os homens não comecem a questionar.

Tento me soltar dele mas o mesmo triplica a força em meus braços, não quero chorar, mas a raiva que me consome me faz soltar lágrimas que não são de tristeza. Começo a negar freneticamente enquanto os homens se aproximam de nós, eu com toda a certeza devo estar parecendo a louca que tanto esperavam.

Dois dos quatro homens me tiram de perto do príncipe, me segurando pelos os braços, minhas pernas cedem ao meu corpo me fazendo ser praticamente arrastada por ambos. Antes de ser levada para fora da sala de jantar, olho para Kai que parece uma estátua sem expressão, o ódio que me consome é tanto que só percebo estar usando os meus poderes quando um dos dois homens que me levavam cai no chão se debatendo. Meu olhos se arregalaram ao ver o homem parar bruscamente parecendo sem vida, se o outro ainda não me segurasse eu estaria junto a ele no chão.

- Idiota, como pode não ser um neutralizador e tentar levar uma prisioneira que acabou de matar o pai. - A voz de Uriah chega aos meus ouvidos me fazendo fitá-lo. - Pode levá-la, chamem alguém para limpar essa bagunça e deixem apenas guardas neutralizadores vigiando ela se acharem necessário.c

O homem que não pareceu sentir nenhum efeito do meu poder, mau treinado, termina de me arrastar para longe do outro. No caminho para as masmorras algumas pessoas que estavam no castelo aparecem para me observar, quase nenhuma possuía surpresa no rosto, mas a maioria me olhava com repulsa, ou as notícias correm rápido por aqui ou eles nunca gostaram de mim mesmo.

Vejo Akemi e Munir saírem das sombras assim que percebem que estão me levando, ambos se entreolham mas não fazem nada para impedir a minha prisão, também não é como se tivessem esse poder.

O guarda me arrastou para um porta de madeira velha, um dos que vinha à nossa frente abriu a mesma indo em frente. Descemos alguns degraus, mas mal os senti por estar tão fora de mim. Já parei de me debater quando chegamos em frentes a celas com grades de ferro enferrujados, passamos por várias delas até chegar na última do canto esquerdo. Ele praticamente me joga dentro do local, eu só não cai estatelada no chão pois alguém me segura.

Dou um grito alto quando sinto duas mãos geladas segurando os meus ombros, nessa altura os guardas que me trouxeram já tinham fechado a cela e estavam rindo da cena, idiotas é o que são.

Olho para quem me segura e vejo um garoto que parece ser mais novo que eu, mesmo sendo mais alto, seu corpo e rosto extremamente magro entrega que o mesmo está a um bom tempo nesse lugar, ele parecer ser bonito com olhos verdes como pedras preciosas que parecem assustados, cabelo castanho claro totalmente despenteado e um pouco grande, suas roupas esfarrapadas me fazem questionar do por que o mesmo estar aqui, ele ao menos parece um nativo.

Seu rosto não me parece estranho, como se eu o já tivesse visto, mas desfaço esse pensamento quando percebo os guardas começarem a sair, depois de nos observar por um tempo, corro em direção a grade vendo os mesmo se afastarem.

- Não podem me deixar aqui, eu não fiz nada. - Grito fazendo os mesmo pararem e rirem.

-O seu pai não pode dizer o mesmo. - Um deles diz.

- Pelo menos me deixem numa cela sozinha, não com um homem. - Digo querendo arrancar o rosto dos três.

- As outras celas estão cheias princesa, o Gabo é um bom rapaz não fará nada contra a senhorita. - O que vinha na frente anteriormente fala mais gentil que o outro.

Olho para o garoto que agora foi identificado e percebo que mesmo se ele tentasse alguma coisa eu conseguiria me defender. Os três homens vão embora depois de darem de ombros para minha cara de assustada.

- O que aconteceu lá em cima? - Me assusto quando a minha companhia de prisão fala, o mesmo já se encontra sentado em um colchão velho que fica diretamente no chão.

- Você só seria mais um que não acreditaria em mim, mas resumindo o rei está morto. - Respondo ainda de pé perto da grade de ferro.

- Você o matou? - Sua voz não parece julgadora, apenas curiosa.

- Não, mas todos agora acham que sim. - Digo indo até onde ele estar, o mesmo se encolhe um pouco quando sentou no colchão que fica de frente ao que ele está. - Estar com medo de mim? - Pergunto levantando uma sobrancelha em sua direção, vejo ele ficar vermelho parecendo envergonhado.

- Não... não, mas para ser sincero você é um pouco amedrontadora. - Sua voz sai em quase sussurro enquanto se encolhe mais em seu lugar.

- Não se preocupe eu não mordo, apenas quando me pedem. - Ele arregala os olhos ficando ainda mais vermelho do que já estava, se é que seja possível, não me contenho rindo. - As vezes é tão bom ser um pássaro negro, podemos enxergar nitidamente nesse lugar mal iluminado. - Praticamente penso rápido.

- Você consegue me ver bem mesmo? - Sua voz parece surpresa.

- Sim, você não? - Ele nega. - De onde você é Gabo?

- Eu não sei, mas eu consigo fazer pequenas luzes com as minha próprias mãos sempre faço isso quando eles trazem a comida fria eu as esquento, não é fogo mas é parecido, claro que tem as vezes que não consigo. - Ele parece tão inocente ao me dizer isso que meu coração se parte.

- O que diabos você fez para está aqui? - Pergunto a mim mesma.

- O que diabos você fez para está aqui? - Pergunto a mim mesma

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