Capítulo 10

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Ao acordar pela manhã, fico me perguntando se eu vou ou não tirar o dia de folga desse castelo e ir me aventurar na cidade

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Ao acordar pela manhã, fico me perguntando se eu vou ou não tirar o dia de folga desse castelo e ir me aventurar na cidade. Não sou obrigada a ficar o dia inteiro presa aqui, como Akemi falou uma vez que ninguém me conhece ao ponto de ser perigoso dar uma volta. Nunca fui de sair com amigos, até porque nunca tive nenhum se não for contar o Nicolau, mas também não sou uma pessoa que gosta de ficar o dia inteiro enfurnada em um lugar.

Vou para a sala de banho depois de me decidir que sim eu preciso espairecer, faço a minha higiene, logo depois indo atrás de alguma roupa que não seja essas camisolas pretas que chamam de vestido, o senso de moda aqui não é muito bom. Não encontro nada que realmente me agrade, então visto uma calça de couro preto junto a uma camisa de botão branca, ponho um contorno nos pés e vou até a porta do meu quarto.

Como é consideravelmente cedo, Ada ainda vai demorar um pouco para aparecer, mas mesmo assim olho para os dois lados do corredor do patamar onde meu quarto fica, então vejo que não vem ninguém. Saio do cômodo onde estava primeiro em passos lentos para não chamar atenção de ninguém, descendo a escada no mesmo ritmo, parando quando chego no grande hall de entrada.

Novamente olho para ver se vem alguém me observa, então vou para a porta dupla de madeira preta, abro apenas uma colocando um pé para fora, vejo que não tem nenhum alarme, o que seria estranho pois por aqui não possuir nenhum tipo de tecnologia o que, mesmo havendo magia, seria uma mão na roda.

Me encontro agora bem em frente ao castelo, não vejo nenhum guarda ou sombra por perto, claro eu sei que as sombras são quase impossíveis de identificar, mas se tiver alguma não está fazendo nada para me impedir, talvez ela pense em me proteger a distância ou irá me impedir assim que chegar na fenda que tem na rocha.

Respirou fundo voltando a andar, peguei o mesmo caminho que cheguei e saí com Akemi no último dia. Acelero os passos chegando rapidamente aonde fica o portal, me concentro em pensar na cidade Fisher fechando os olhos ao entrar na fenda quando sinto metade de mim dentro dela, mãos me puxam me fazendo cair em cima de seu dono.

- Droga. - A voz de Kai se encontra nos meus ouvidos assim que chegamos ao chão.

Saio de cima dele rapidamente me pondo de pé, ele levanta um segundo depois me olhando feio.

- É sério que não posso respirar, que você não me dá um minuto de paz? - Questiono batendo o pé em irritação.

- Tecnicamente princesa você não estava só respirando, mas também fugindo. - Ele diz se limpando por ter se sujado ao cair.

- Quem disse que eu estava fugindo? - Minha voz saiu esganiçada. - Eu estava indo dar uma volta, não aguento mais olhar para pedras, árvores e além é claro dessa sua cara.

- Você ao menos sabe usar o portal? Poderia cair em qualquer lugar. - Ele retruca.

- Minha mãe falou sobre eles, seria o suficiente eu pensar aonde quer fosse que chegaria lá. - Kai me olha surpreso. - Ela só esqueceu de me dizer que o usou para sair daqui. - Digo como se estivesse chateada, na verdade ela me contou que fugiu e passou dias procurando um lugar para ficar, um no qual o meu pai não a encontrasse, mas nada que envolvesse os famosos portais.

- Ótimo pelo visto, terei que lhe vigiar mais de perto agora que sabe como fugir. - Ele leva os cabelos caídos no rosto para trás em gesto que pode ser considerado sexy mas também impaciente.

- Eu não ia fugir, iria na cidade que Akemi me levou, posso chamar ela para me levar? Eu não aguento ficar mais dentro desse castelo. - Sim, eu tento convencer o meu carrasco a me libertar.

- Como se eu acreditasse em você. - Ele dá de ombros me puxando de volta para o castelo, claro que tento me soltar, mas quando o desgraçado quer ficar mais forte, não me dando a chance de me livrar.

Ao chegarmos no hall de entrada meu pai aparece nos olhando como se acabasse de ver uma assombração, ou ele pensou que vimos alguma coisa comprometedora ou nós somos a coisa.

- Onde estavam? - O rei perguntou direcionando os olhos para a minha mão junto a de Kai que parece perceber a forma que me segura soltando rapidamente.

- Fomos dar uma volta, a princesa Sky precisava de ar - Ele mente para meu pai me surpreendendo, eu quis abrir a boca, mas me contive mantendo expressão neutra.

- Certo vamos tomar café da manhã, tenho coisas para lhe contar minha querida, que já está na hora de você saber. - Eu e o capitão praticamente assentimos ao mesmo tempo.

O rei vai na frente enquanto caminhamos logo atrás um ao lado do outro, olho para o motivo da minha raiva mais recente que me olha de volta com um sorrisinho de lado, como se disse que agora me tem nas mãos.

- Pai. - Quase engasgo ao chamar o homem à minha frente que para me olhar surpreso. - Hoje eu gostaria de ir a cidade Fisher, como amanhã começarei a ficar muito ocupada gostaria de espairecer. - Peço com um tom doce que enganaria qualquer pessoa.

- Pode sim, querida, desde que alguém lhe acompanhe é claro. - Ele deixa me fazendo abrir um sorriso vitorioso já abrindo a boca para falar que iria chamar Akemi.

- Eu vou com ela vossa majestade, não se preocupe. - Olho para Kai quase o matando com as minhas próprias mãos.

- Que bom, agora vamos estou com fome. - O rei sai com o capitão ao seu lado me deixando indignada para trás.

***

Enquanto tomamos café, Kai me olha triunfante, por muito pouco não pegou a faca de mesa e jogo em seu rosto, bonito demais para o chamar de feio. Ao terminarmos de comer meu pai coça a garganta nos fazendo olhá-lo e esperar pacientemente ele falar o quer que fosse.

- Minha querida, tenho que lhe falar uma coisa que não sei se você irá gostar. - Levanto uma sobrancelha já ficando cética. - Lhe darei duas opções e terá que escolher entre elas.

- Então me fale, por favor. - Falei tentando me manter calma, mas já pressentindo que coisa boa não é.

- Antes de você nascer foi prometida a um casamento, na verdade a dois. - Arregalo os meus olhos. - Um deles é com o príncipe das montanhas Winter. - Meu pai para de falar ao ver o meu estado prestes a explodir.

- Eu só o vi uma vez, para não dizer que não o conheço. - Digo indignada.

- Ele estará aqui no Baile de apresentação, a costureira vai no seu quarto ainda essa semana. - Seu tom é tão casual como se fosse normal vender a filha para pessoas desconhecidas.

- Quem é a tão aclamada segunda opção? - Minha voz sai áspera.

- Você já o conhecesse. - Fecho os olhos esperando o nome. - O Kai é a outra opção. - Abro os olhos não olhando o rei a minha frente, mas sim o rapaz ao seu lado que parece... confuso?

- O senhor só pode estar louco majestade, não vou me casar com ninguém nem que para isso me torne o monstro que tanto esperaram. - Me levanto da cadeira onde me encontrava sentada e saio de onde tomamos café da manhã.

Eu só quero gritar o quanto odeio esse lugar.

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Obrigada!

Obrigada!

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Pássaros negros: A Filha Do Rei 👑Onde as histórias ganham vida. Descobre agora