Blue Sky é levada para longe do seu pai antes mesmo de nascer, criada pela mãe no mundo humano, vê sua vida mudar após a morte da mesma.
Depois de tudo que sua mãe fez para deixá-la longe daquele lugar, ela vai para os braços do seu pai um dos reis...
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Eu e Gabo caminhamos uns bons metros de distância do chalé, mas sem perder o mesmo de vista, aliás a última coisa que quero agora é me perder.
- Blue. - Paro de andar esperando que o acastanhado fale. - Tem uma coisa que quero te perguntar a algum tempo, mas não sei como. - Ele parece envergonhado em falar tal coisa.
- Se não se sentir pronto, pode me perguntar depois. - Digo compreendendo o nervosismo dele, eu já fui assim, mas a maioria da minha timidez foi embora depois de começar a namorar.
- Não, eu quero perguntar agora só me deixa respirar. - Ele vira de costas para mim respirando fundo, sorrio mesmo que sem querer. - Pronto, eu... eu vi no seu quarto um caderno de desenho...
- Você mexeu nas minhas coisas? - Pergunto parcialmente irritada com a falta de educação dele.
- Não foi por querer... - Ele tenta se explicar mas eu interrompo.
- Eu esperava mais de você, sabia? Custava deixar tudo no mesmo lugar. - Digo irritada.
- Blue, você pode me escutar por favor? - Ele parece quase desesperado agora.
- Certo, qual a sua explicação? Por que pelo o que vejo você sempre tem uma para tudo. - Eu odeio que mexam nas minhas coisas sem a minha permissão, mas ao ver feição de Gabo me arrependo de estar sendo grossa com ele.
- Eu não mexi nas suas coisas, o caderno estava na mesinha perto da cama, e sem querer, juro Blue, sem querer eu esbarrei e acabei derrubando, ele caiu aberto bem... - Ele começa a tirar algo do bolso da calça preta, vejo ser um papel. - Bem onde tinha esse desenho, desculpa ter tirado ele de lá, mas eu achei que estava maluco quando o vi.
- Posso ver? - Ele assentiu me entregando.
Meus olhos se arregalam quando analiso o desenho feito por mim, eu nem me lembro quando ele foi desenhado, mas é claramente o meu traço.
- Blue porque você me desenhou? - Eu olho em seus olhos verdes ainda com o papel na mão. - Mesmo eu parecendo mais forte, esse sou eu não é? - Sua voz saiu tão baixa que me quebrei.
- Eu não sei o porquê ou quando eu fiz isso, eu nem me lembrava que tinha desenhado alguém. - Digo olhando novamente o Gabo com o cabelo menor, rosto mais preenchido.
- Sério? - Eu me sinto mal pois o mesmo parece triste com a minha confissão. - Sem problemas, eu posso ficar com ele? - Gabo aponta para o papel em minhas mãos, eu assisto lhe entregando.
- Quer andar mais um pouco ou voltar? - Pergunto.
- Para falar a verdade eu queria sentar um pouco em algum lugar. - Eu passo os meus olhos por onde estamos então avistou uma árvore com grandes raízes amostra.
- Vem, ali está ótimo. - Eu lhe puxo pela mão na direção em que vi o local perfeito para descansarmos um pouco.
Nos sentamos, então ficamos em silêncio por um tempo, até eu quebrar o mesmo.
