Alessandra - Capítulo 46

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Parece que minha vida é um castelo de cartas e que a qualquer momento um vento mais forte passará e derrubará tudo sem chance de ergue-la novamente. Sabe aquela solidez de que necessitamos para ver tudo seguro e estável? Pois é, eu queria muito tê-los e poder respirar tranquila, andar confiante e determinada esperando que nada de ruim ocorra.

Mas não é assim que as coisas acontecem para mim.

Nunca foi e acho que nunca será.

Nas fases de nossas vidas quando pequenos, somos estimulados a estar sempre na frente e vencer todos os desafios que nos são impostos. Já na adolescência, somos incentivados a estar à frente nas atividades sociais e no conhecimento de um modo geral. Na fase adulta, quando iniciamos um trabalho por exemplo somos motivados a estar sempre ganhando e quando não sabemos lidar com um não ou com a perda, nos sentimos frustrados, sentimos como se não tivéssemos controle sobre a situação.

A minha fase adulta está sendo bem complicada, não porque não sei receber um não, mas sim porque estou me sentindo perdida e desesperançosa. Eu achava que desta vez a sorte estava ao meu lado quando passei a enxergar a parte boa de toda situação a qual meu pai me enfiou, mas vi que só tenho sorte no azar e só isso.

Sabe aquele sentimento de impotência, insegurança, medo, raiva e frustração? Pois é, eles estão comigo a todo o momento, me acompanham aonde for independente com quem esteja, eles sempre estão ali, me mostrando o quão frágil sou e como me deixo ser abalada por ele. A sensação de não poder fazer nada diante de tantos problemas que tem aparecido em minha vida me deixa acabada.

Parece que aquele ditado: Nada existe nada tão ruim que não possa ficar pior se encaixa direitinho em minha vida. Parece que nunca, nada terá solução, que sempre acontecerá algo pior depois de ver e sentir coisas horríveis.

Lembro-me que vovó me contou a história de um personagem bíblico, ouvir sobre seu sofrimento e sua grande virada me deixou fascinada e ao mesmo tempo aflita. Como pode um homem depois de perder tudo ainda ter o coração cheio de paz, esperança e fé?

Jó, foi um homem temente a Deus, integro e que se desviava do mal. É assim que a bíblia se refere a ele. Vovó disse que Satanás veio até Deus e pede para desafiar a integridade desse homem e assim Deus o fez, dizendo que não tocasse em vida. Com a permissão concedida Jó tem sua vida devastada, resultando em uma tragédia. Ele perdeu todos os seus bens, seus filhos e sua saúde ficando com a pele cheia de úlceras de alto a baixo em seu corpo. Ele disse que o que mais ele temia sobreveio a ele, e o mais receava aconteceu, mas, em nenhum momento ele blasfemou contra Deus, Jó louvava a Deus por tudo e foi entre conversas com seus amigos e a repreensão do Altíssimo que seu estado foi mudado.

Deus reverteu a situação e devolveu ao pobre homem tudo o que havia sido tirado dele tanto os bens materiais quanto os filhos.

Agora, me lembrando desta história e vendo a fase que minha vida se encontra, eu começo a questionar: Será que estou passando pelo mesmo que esse homem passou? Quando a roda gigante da vida me colocará em cima para eu poder sentir a brisa fresca em meu rosto? Quando terei o dobro de tudo o que eu perdi no meio do caminho? Quando terei o refrigério de minhas feridas, a cura da minha alma e a alegria de ver tudo de volta nos trilhos?

Não me veja.Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt