Alessandra - Capítulo 35

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– A senhora fez o que? – Espanto-me assim que mamãe nos informa sua decisão. – É sério mesmo mãe? Eu nunca imaginei que a senhora tomaria coragem para fazer isso. – Sento-me ao lado de Antônia. Alexandre está em pé ao lado de mamãe, ele pica um frango, para cozinhar com quiabo. Estou escolhendo o arroz, tirando os grãos ruins e, Antônia faz o mesmo com o feijão. Este final de semana eles resolveram vir para Carmo. Ambos estudam nas Universidade Públicas de Belo Horizonte e, como a distância é grande, Aurora e eu pagamos as despesas com aluguel, água, luz e internet fica a cargo dos dois. Eles obtiveram um bolsa estágio de pesquisa de iniciação científica e com o valor da bolsa eles conseguem viver bem em BH, não há luxo, mas dá para além de pagar os boletos de dividas eles podem sair para se divertir e comprar roupas, calçados enfim, eles estão bem.

– Eu acho que mamãe demorou demais para tomar esta decisão. Por mais que nosso pai seja um bom pai, ele foi um péssimo marido. Ele nos deu carinho, nos protegeu, lia histórias para nós quando éramos crianças e fez tantas outras coisas por nós em nossa adolescência e na idade adulta, mas nada compensa como ele tratava nossa mãe. – Alexandre diz. – Me desculpe vovó, sei que ele é seu filho, mas infelizmente papai só fez merda. – Vovó dá de ombros.

– Ele nunca ergueu a mão para me bater, mas a forma como minhas vontades e meus conselhos e palavras eram tratados me deixava mau. – Mamãe diz. – Ele me ouvia, mas nunca fez o que pedia, Jamal dava mais valor aos conselhos de seus amigos de bar e jogatina do que aos meus. Eu dei tantas chances nestes anos de casado, mas agora não dá mais. – Ela suspira. – Conversei com sua avó pedindo conselhos, orei muito e conversei com uma psicóloga que trabalha na empresa. Eu não queria fazer nada de cabeça quente. – Ela vem até a mesa e pega a vasilha com o arroz e leva até a pia para lavar.

– Depois de tantos anos casados e passando por cada perrengue com senhor Jamal, agora a senhora quer o divórcio mãe? – Pego um punhado de feijão e ajudo Antônia a escolher.

– Estive na clínica e vi que mesmo depois desses um mês e pouco internado, seu pai continua o mesmo. Ele não mudou nada, nada! Eu achava que Jamal mudaria, que se arrependeria, mas não foi o que vi. Seu pai é um egoísta, que sempre pensou nele. Vocês creditam que quando fui questionar sobre seu tratamento ele me disse que não iria valer de nada, pois saindo da clínica ele voltaria para a antiga vida. Vi ali que não valeria a pena continuar com um casamento que só me trouxe tristeza. Estou casada de levar tudo nas costas sozinha, basta de ser tratada como trouxa. – Ela se vira para nós enxugando as mãos. – Vocês são as únicas coisas boas desta união e nunca me arrependo de tê-los. Vocês são o melhor de nós dois. – Ela sorri em conformidade, levanto-me e vou até ela e abraço seu corpo magro.

– Nós amamos a senhora mãe e, independente de suas escolhas estaremos aqui para apoiá-la. Todos nós vimos o que passou com papai, vimos sua luta para pôr dentro de casa o alimento e nos mostrar e nos ensinar a ser pessoas de caráter. Isso nunca será esquecido por nenhum de nós pode ter certeza. – Beijo seu rosto e ela sorri.

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