Teóphilo - Capítulo 14.

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Quatro dias para o fim do prazo

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Quatro dias para o fim do prazo.

– Eu entendi que você quer conversar com elas, mas eu não entendi o porquê. – Tio Alberto diz com o cenho franzido.

– Tio, apenas faça o que estou te mandando. Não quero ser mal-educado, mas este assunto não diz respeito a ninguém, somente a mim e a elas. – Digo de cabeça baixa assinando as papeladas que Max me enviou. Ele está resolvendo alguns assuntos fora da empresa junto ao CEO.

– Eu sei que já sabe sobre a dificuldade financeira que a família de Maristela está enfrentando, Guiomar me cantou que falou por cima sobre o assunto. – Olho para o homem e meneia a cabeça. – Espero que esteja convocando esta reunião para poder ajuda-las. O caso delas é bem delicado e não quero que se complique ainda mais Téo. – Suspiro e solto a caneta de minha mão.

– Apenas traga-as aqui quero conversar com elas, quero que busque o esposo de dona Maristela também, pois preciso conversar com ele. Acho que de todos, ele é o que mais me interessa. – Pego um punhado de papel e arrumo. – Por favor busque-as e as traga para meu escritório. – Sinto seu olhar em mim.

– Vai conversar com elas sem aparecer? – O mais velho pergunta.

– Não se preocupe com isso, apenas traga-as. – Ele suspira ruidosamente.

– Trarei, com licença. – Afirmo e volto aos meus afazeres.

Assim que o porta se fecha, largo os papéis sobre a mesa e cubro minha boca com minhas mãos. Fico ali parado pensando em todo o assunto que será abordado. A dúvida e a incerteza são minhas amigas faz alguns dias. Em alguns momentos penso estar fazendo o certo em outros não. Sei que sinto uma forte atração por aquela mulher, mas isso vai além de atração, eu sinto o dever de cuidar dela, de protege-la, sei lá! Só de imaginar que ela e sua família estarão jogados ao relento, sem um teto, sem nada, me deixa angustiado. Sinto meu peito arder e minha respiração pesada. Eu preciso fazer algo e é isso que estou fazendo, ou melhor farei.

Devido a angústia, não consegui almoçar, tia Guiomar me ligou avisando que traria meu almoço, mas recusei. A aflição é tanta que não consigo pôr nada em minha boca a não ser água. Se comesse algo com certeza teria colocado tudo para fora.

Olho para o relógio pendurado na parede e reparo que já havia se passado algumas horas desde que tio Alberto saiu de minha sala. Levanto-me e sigo para uma sala adjacente, entro e sento-me, ligo um computador e alguns equipamentos de som e imagem. Deixo tudo organizado e logo ouço um toque leve de campainha. Olho pelo monitor e vejo tio Alberto com duas senhoras, ele entra e logo em seguida pede para que entrem e percebo que estão com medo. A mais nova, segurava a alça de sua bolsa impondo certa força e seus olhos vagavam pela sala como se estivesse analisando tudo a sua volta.

– Ele não vem? – A mais velha pergunta. Ele olha em volta discretamente e suspira.

– Ele já está aqui dona Joaquina, meu chefe conversará com vocês de outro lugar. Sente-me Maristela, fique à vontade. – Vejo tio Alberto ajudar a mais velha se sentar em uma das poltronas disposta na sala. – Só um momento, por favor. – Diz e sai em seguida.

Não me veja.Where stories live. Discover now