Vince e Markus

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trecho inspirado pelo videoclipe Habits (Stay High) da Tove Lo


(retomando um pouco)

Cesar deixou o copo que estava bebendo e saiu andando.

O garçom trouxe a bebida e eu virei como quem precisa de água no deserto.

— Outra, por favor — eu pedi. Não tinha reparado que Vince estava próximo e havia acompanhado tudo.

— Está tudo bem?


(agora)

— Sim — respondi ao Vince.

— Tem certeza?

Virei o copo sem responder. Vince acompanhou tudo com admiração.

— Eu preciso de outro.

E voltamos para buscar outra dose. Depois da terceira, fiquei tão bêbada que tudo ficou um tanto quanto nebuloso.

Lembro de dançar que nem uma louca com o Vince.

Lembro dele dando muita risada, o que me animava ainda mais. Mesmo bêbada eu pensava "pelo menos estou fazendo alguém sorrir".

Lembro de ficarmos nos agarrando em um canto.

Lembro de ver o Markus passando.

Lembro de uma breve conversa entre eles.

Lembro de beijar Markus enquanto ainda estava abraçada com Vince.

Lembro de entrar em um quarto com eles e então... blank!

Acordei na cama com os dois. Estávamos nus, então não foi difícil imaginar o que aconteceu. Eles pareciam estar apagados, então lentamente me levantei e saí da cama. Fui direto para o banho tentar pensar no que fazer.

Infelizmente não cheguei a conclusão nenhuma. A minha principal preocupação era o banho em si. Eu me sentia suja e queria me limpar o quanto antes.

A verdade é que, agora, sem o Cesar, eu não sabia como sobreviver ou de onde tirar o meu sustento. Por pura sorte, eu havia caído nas graças do Vince e precisava continuar ali por mais algum tempo. Pelo menos até ter para onde ir. Até lá, eu entraria na brincadeira com eles. Se Vince se cansar de mim, pode ser que Markus me ajude em seu lugar.

Naquele momento, estar com eles era questão de sobrevivência.

Quando saí do banho, Vince estava acordado e havia acabado de falar ao telefone. Ele estava visivelmente de ressaca, mesmo assim veio até mim, me deu um beijo de bom dia e perguntou:

— Você está bem?

Balancei a cabeça em afirmativa, então ele me beijou no rosto e entrou no banho.

Pouco tempo depois, bateram na porta. Atendi e era o serviço de quarto trazendo o café da manhã. Enquanto o café era servido, Markus acordou. Meio atordoado, ele me olhou e pareceu se lembrar de algo.

— Bom dia.

— Dia... — respondi.

— Eu só vou...

Marcus então se enrolou com um lençol e saiu.

Ao longo do dia, fui me lembrando de uma coisa aqui e ali. 

Real.Doc - Parte 1Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα