Teóphilo - Capítulo 41

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– Cara, esse filme é muito bom! – Maxwell e eu decidimos fazer uma sessão de filmes na sala de cinema. O lugar foi projetado para comportar dez pessoas. Tem de tudo, desde frigobar a maquininha de fazer pipoca. Após nossa conversa na sala e termos deixado todos de sobre aviso, viemos para cá junto com Alessandra, não queria vê-la chorosa pelos cantos e muito menos remoendo os acontecimentos do dia, então eu a trouxe comigo, ela se sentou ao meu lado e minutos depois já estava dormindo encostada em meu peito. Maxwell se sentou na poltrona do meu lado esquerdo após voltar com mais uma latinha de Coca-Cola e um saquinho de salgadinho. – Não sei te dizer qual dos filmes da franquia eu gosto mais, são todos muito bons. Eu adorava o Apollo! Aquele cara era demais! Ele colocava a maior pilha no Rock. – Max ri enchendo a boca de salgadinho. –– Ele era demais, pena que ele morreu em um dos filmes ao enfrentar o Dolph Lundgren o soviético lutador Ivan Drago. O cara era uma máquina! –– Anui com um resmungo qualquer. – O que foi? Aconteceu alguma coisa?

– Nada, só estou muito cansado, não se preocupe. – Olho para Alessandra que dorme de boca aberta ao meu lado. Sorrio e beijo sua testa.

– Você gosta dela, não é? Dá pra ver em seus olhos. Na verdade, quem não gosta de Alessandra? Acho que não existe uma pessoa que não goste dela. Alessandra trouxe vida para esta casa. Sua simpatia, sua leveza e alegria irradiam em todos os cantos. Ela é uma pessoa mais do que especial e fico muito feliz ao ver que conseguiu notar isso. – Ele leva a garrafa de Coca-Cola à boca.

– Alessandra é uma força da natureza que veio para quebrar as barragens que fiz ao longo desses anos para me proteger. – Ele sorri enquanto mastiga. – Antes mesmo de me casar com ela eu já a conhecia de meus sonhos. – Seu olhar curioso me analisa.

– Lembro-me que me contava sobre uma mulher em seus sonhos. Como ficou quando a reconheceu? – Ele sorri ladino.

– Me desesperei! – Sorrimos. – Imagine, por muitos anos eu sonhei com Alessandra e quando a vi pela primeira vez eu mal pude acreditar que estava diante da mulher do meu sonho. Todas as vezes em que sonhava com ela, eu acordava totalmente desesperado, pois ela via meu pior, via meu corpo e zombava de mim. Sei que seria arriscado trazê-la para morar aqui, mas quando soube da dívida, eu não pensei duas vezes antes de fazer o que fiz. Confesso que tive medo no começo, mas eu não podia deixar oportunidade passar, não podia deixar de tê-la perto, mas ao mesmo tempo distante. – Suspiro e beijo sua testa.

– Estou muito feliz por você irmão, muito feliz mesmo! Acho que você precisava dessa mulher em sua vida, sem ela, você ainda seria o mesmo Teóphilo de antes, frio, insensível e apático. – Olho para Max e ergo uma sobrancelha.

– Nossa...muito obrigado pelos elogios. – Ele gargalha. Mostro o dedo do meio e ele gargalha. Faço sinal de silêncio e ele tampa a boca.

– Mas você era um porre Teóphilo! Eu te aturava porque você é meu irmão, se não meu amigo, eu já teria te trocado por um hamster. – Pego uma almofada que está próxima e jogo nele. Maxwell pega o objeto e joga em mim, mas como a mira é péssima cai na cara de Alessandra que acorda atordoada, olha para Maxwell assustada.

– MAXWELL! SEU MALUCO! – Ele gargalha e se joga no encosto do sofá. Alessandra senta-se na poltrona e boceja, pega a almofada e joga na cara de Maxwell. É a minha vez de gargalhar, na verdade nós três estamos iguais hienas rindo como loucos. Despois de um dia bem difícil, rir é o melhor remédio.

– Onde já se viu acordar uma dama dessa forma! Vou te inscrever em uma aula de etiqueta, precisando cunhadinho. – Ela arruma seu cabelo em um coque e coloca um lacinho para segurar. – Menino aqui tá muito calor! Misericórdia! Acho que vou para meu quarto tomar um banho e depois cama, tenho aula amanhã. – Alessandra se levanta e pega mais uma almofada e joga em Max.

Não me veja.Where stories live. Discover now