Capítulo 13

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Observa as lágrimas que desciam dos seus olhos e passava molhando a pele de seu rosto um pouco enrugada, trazia uma vasta angústia e uma sensação de impotência que me assolava por dentro

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Observa as lágrimas que desciam dos seus olhos e passava molhando a pele de seu rosto um pouco enrugada, trazia uma vasta angústia e uma sensação de impotência que me assolava por dentro.

A razão de seu choro se dava ao fato de ter lhe falado sobre o que aconteceu na noite de ontem. Um e-mail recebido pelo senhor Green contando que as provas ao seu favor tinham sumido – como das outras vezes –, fez assim seus olhos marejarem, porém o motivo final para toda essa tristeza veio quando lhe disse sobre minha conversa de mais cedo com o nosso advogado, foi nesse momento que a ínfima esperança que tinha em seus olhos se esvai.

É tudo minha culpa.

–Desculpa pai. –Foi à única coisa que tinha conseguido pronunciar, pois as lágrimas inundaram novamente meus olhos e escorreram por toda minha face.

Se eu não tivesse me mudado; Se eu tivesse saído antes, nada disso teria acontecido.

–Não peça desculpas, não foi culpa sua. Não fique se inculpando e não chore mais, esses lindos olhos não foram feitos para isso. – Diz com um sorriso carinho enquanto encostava as pontas dos dedos no vidro que nos separava. – Você é tudo que eu tenho de mais precioso então não fique triste tá?

Concordo com a cabeça enxugando as lágrimas.

Mesmo que vê-lo atrás dessas grades me entristeça, não posso me deixar levar pela emoção do momento, tenho que ser forte por ele como ele sempre foi por mim.

Como todas as outras vezes que vinha visitá-lo; Hoje não está sendo diferente dos demais dias, o tempo segue se tornando um problema, parecia que era só vim visitá-lo que os minutos faziam questão de passar de forma lépida.

Aproveito o parece ser um curto período, para lhe contar todas as boas notícias dos dias que se passaram entre a última visita e essa.

 Conto tudo de mais engraçado que sou capaz lembrar, com a intenção de reduzir ao máximo o baque que ele sofreu quando lhe revelei do sumiço das provas ao seu favor. A ideia dá certo visto que poucos minutos depois ele encontrava-se rindo.

Sua risada era muito boa de ouvir, pois ela tinha se tornado uma coisa esporádica.

–Emma não mudou nada pelo visto. – Fala enquanto coloca a mão sobre a barriga e solta outra risada.

 –Continua a mesma desde que éramos crianças. –Digo sentindo uma nostalgia enquanto lembrava, de quando éramos pequenas e brincávamos sem preocupações.

A vida era tão fácil.

–O tempo acabou. –Passa um dos guardas anunciando a todas as pessoas que estavam visitando seus entes.

–Tchau pai. –Falo sentindo meu coração se apertar cada vez mais. –Venho na próxima semana. Te amo. –Emito as últimas palavras levantando da cadeira e encostando as pontas dos dedos no vidro.

Uma Regra - Os SartoriWhere stories live. Discover now