14 . SURPRESA NO INTERIOR

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Puta merda não posso acreditar que ele fez isso novamente. Quero empurra-lo para longe de mim e chutar suas bolas como punição, mas é praticamente impossível fazer isto porque estou submerso demais me deliciando com aquele beijo quente, doce e tão macio.

Os movimentos gentis dos lábios dele juntos dos meus são absolutamente perfeitos, quase como se tivessem exatamente o formato um do outro, como se tivessem sido preparados um para completar o outro com extrema perfeição.

Nossos lábios dançam com doçura juntos, com movimentos leve quase apaixonados, se tocam com tanto desejo explícito que quem pudesse nos observar ao longe, diria certamente que somos um belo casal apaixonado, mas estamos absolutamente, totalmente e muito distante de sermos um casal, e muito menos de estarmos apaixonados.

Eu sou incapaz de compreender a razão de Blake me beijar, principalmente de maneira tão espontânea do tipo que de um minuto para o outro o qual está conversando contigo, ele se vira e me tasca – desta vez pelo menos -; um beijo daqueles que seria digno das telas de cinemas ou de algum livro de um romance envolvente.

Sei muito bem que se Charlie pudesse me ver agora, o seu doce coração seria despedaçado em um bilhão de pedaços e sabe-se lá mais o que ele poderia ser capaz de fazer, mas sei que não seria uma boa ação o que ele iria fazer se estivesse diante de uma cena daquelas.

Sei que o certo a ser feito por mim, como noivo de Charles Ross ou de qualquer outro homem, seria afastar Blake Harper para longe de mim, e correr para o meu quarto, lutando para tomar um chá de esquecimento do ocorrido, e voltar todo meu coração apenas para aquele a quem realmente pertenço.

No entanto, eu não protesto contra o beijo de Blake, apenas deixo o afeto se seguir. Aquele beijo estava bom demais para ser interrompido, eu poderia facilmente deixa-lo me beijar eternamente sem me mover daquele lugar até o meu último suspiro.

Puta que pariu, eu estou muito fudido... qual o meu problema? Por que estou me deixando levar por um príncipe sapo sem coroa? Eu já tenho o meu príncipe herdeiro do trono do rei, não preciso de... um simples camponês se já tenho tudo aquilo o que necessito em meu reino.

Ah, mas estou impossibilitado de me mover daqueles braços que envolvem meu corpo num casulo amistoso e quente feito um casaco de lã durante um rigoroso inverno. 

É tão bom poder beijar aquilo que é proibido, é basicamente maravilhoso desfrutar de um fruto proibido.

Ele é o meu fruto proibido, ele é a minha perdição e a minha tentação que terei de lutar diariamente para não me deixar levar pelos doces encantos e acabar me perdendo naquele labirinto confuso e sem volta o qual eu iria entrar se me permitisse entrar no que quer que fosse aquele jogo perigoso de Blake Harper.

Eu sei muito bem como esse jogo terminaria se eu deixasse o meu incontrolável desejo falar mais alto, e o resultado com toda certeza não seria nada bom. Isso porque, o xeque-mate da situação seria o meu Charlie.

Caralho, não seria nada bonito uma confusão daquelas, que conhecendo como conheço meu noivo, ele seria capaz inclusive de mover céus e terras talvez até para mandar Blake para a prisão se possível fosse, e bom, quanto a mim... o meu caixão seria fechado ou meu pau viraria isca de peixe.

Mas mantenho esses pensamentos totalmente inoportunos fora da minha mente, eu não precisava de uma crise de ansiedade, pelo menos não agora, e tampouco em frente de Blake enquanto ele está me beijando, isso o deixaria assustado pra porra. 

Apenas me deixo levar pelo doce toque dos lábios dele juntos dos meus, é somente isso o que eu preciso e nada mais além disso.

Ele de repente para de me beijar, mas ainda mantém suas mãos em meu rosto, fitando profundamente os meus olhos como se pudesse ver o seu próprio reflexo em meus olhos, sendo que são os olhos dele ali que chegam a serem tão claros quanto o azul do céu australiano acima de nós.

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