Alessandra - Capítulo 25.

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– Acho que vai inchar Alê! Melhor usar algo mais aberto mesmo, assim evita de sentir dores. Onde fica seus calçados? – Indico o local e ela vai em busca de um par de rasteirinhas. – Aposto que estava fazendo as coisas igual doida né? – Apenas gemo com a dor aguda. – Nem precisa responder. Você é muito estabanada Alessandra e precisa tomar mais cuidado. – Dona Guiomar coloca os chinelos no chão, calço-os e fico sentada na cama. Vejo-a pegar minhas pastas de cima da mesa e seguir até mim.

– Dona Guiomar. – Ela murmura. – A senhora sabe quem é a pessoa responsável pelas correspondências? – A mais velha coloca minhas coisas sobre a cama.

– Sei sim, é o Bernardo. Ele recolhe tudo com o pessoal dos correios, analisa tudo e deixa com Joseane, é ela quem faz as distribuições das correspondências dentro da mansão. Por que o interesse? – Ela se senta ao meu lado e me olha como se estivesse me analisando. Credo!

– Eu queria poder conversar com eles. Daqui a alguns dias receberei uma encomenda e queria que eles me avisassem assim que chegar. – Digo olhando para meu pé, tento mover o dedo e ainda dói muito.

– Se quiser eu mesmo posso avisa-los, assim você não precisa se preocupar. – Abaixo e toco o dedo avermelhado.

– Não tem precisão, dona Guiomar. Eu mesmo quero fazer isso, assim conheço os demais funcionários. – Ergo-me e levanto-me da cama, bato o pé no chão testando a dor e dou alguns passos, sinto uma dor mais fraca, nada que me impeça andar. – Acho que dá para ir trabalhar, com o tempo a dor vai passando. Então dona Guiomar, onde posso encontrar os dois? – Pego meu material da cama.

– Se quiser eu peço que se apresentem assim que você chegar do trabalho. Pode ser? – Ela me acompanha até a porta abrindo-a.

– Claro, peça que me aguardem do lado de fora, assim que eu chegar já converso com os dois. Preciso que esta encomenda seja tratada com todo carinho. – Ela anui.

– Vamos, eu te ajudo a ir até a cozinha. – Seguimos até o cômodo e a mais velha me entrega uma xícara de leite com café.

– Obrigada dona Guiomar, sei que vou me atrasar, mas eu preciso comer algo senão minha pressão cai. – Como um pedaço de pão de forma com manteiga e, ergo-me da cadeira indo com pressa até o carro. Coloco minhas coisas e entro fechando a porta impondo certa força.

– Alessandra, Alessandra! – Ouço meu nome ao longe, abro o vidro e vejo Maxwell andando até mim. – Ainda bem que te encontrei. Como você está? – Ele se abaixa e deixa um beijo em minha bochecha. – Queria conversar com você, mas vejo que está com pressa. Assim que sair do trabalho venho direto para casa. Podemos pedir uma pizza e ver um filme. Vou pedir para tia Dalva e tio Guiomar deixar alguma sobremesa pronta para nós. Tive uma conversa com Téo e entramos em um acordo e queremos saber sua opinião. – Franzo o cenho e ele sorri. – Não precisa ficar com medo ou assustada não é nada demais é só algo que espero que aceite. – Ergo a sobrancelha e ele sorri. Cara de pau! – Vá trabalhar assim que eu chegar podemos conversar com calma. – Ele deixa outro beijo em minha bochecha. – Bom serviço cunhadinha e a propósito você precisa trocar de carro velho. Este já deu o que tinha que dar né? – Ele diz com um sorriso matreiro e sai indo em direção ao seu veículo.

– Você magoou os sentimentos do meu Chico Maxwell, seu sem coração. Volte aqui e peça desculpas! – Ela meneia a cabeça e gargalha ainda mais.

– E desde quando seu carro tem nome? – Ele entra no carro e vira sua cabeça em minha direção.

– Desde agora. – Ele gargalha, olho para o lado e um homem que está no volante também ri. – Ei você, não ria, o João é meu carro da sorte, o meu fofinho. – Maxwell me olha rindo alto, seus olhos brilham em divertimento, olho para ele e sorrio também.

Não me veja.Where stories live. Discover now