Namjoon sorriu, balançando a cabeça em negação.

Mas contou a Jin a história completa, o promotor ficou boquiaberto, os dois passaram algumas horas juntos, conversando sobre diversas coisas, Namjoon atualizava Jin dos acontecimentos de fora, aqueles que o promotor poderia saber sem afetar sua sanidade.

Seok Jin não entendia porque nenhum enfermeiro tinha batido à porta para avisar que estavam estourando o horário de visitas. Não que o promotor estivesse reclamando, só estava estranhando, a alteração de horários.

─ Valeu à pena colocar policiais aqui dentro. ─ Namjoon disse, olhando nos olhos escuros de Jin.

─ Por quê? ─ perguntou.

O Kim sorriu e se aproximou do outro, falando baixo, perto de seu ouvido.

─ Porque eles encobrem minha visita, ainda estou aqui, porque eles não deixaram nenhum enfermeiro notar a minha presença.

Jin sorriu largo ao ouvir a declaração do outro. Namjoon sempre seguia as regras, ver o mais alto sair da linha, era algo novo para o promotor e não podia negar o quanto estava agradecido pelo outro estar ali, mesmo contra as regras, estava feliz por saber que não estava só, por saber que existia alguém capaz de quebrar regras para estar a seu lado, se sentia bem com aquilo.

Passaram horas conversando, Jin acabou pegando no sono um tempo depois, com Namjoon fazendo cafuné em seus cabelos negros.

Namjoon imaginava que o outro precisava daquilo, estava sozinho, em um ambiente cheio de pessoas desconhecidas e problemáticas, imaginava o quanto Jin precisava de atenção, precisava mais que uma hora na companhia das pessoas que ama, era por isso que estava ali, quebrando normas, só para dar o apoio necessário ao homem que ainda amava.

Julgue como idiotice, se é o que quer, mas não dá para simplesmente deixar de gostar de alguém, só porque esse alguém é completamente idiota.

Quando se está apaixonado, o sintoma mais comum é ter os olhos fechados, você simplesmente não consegue ver que o defeito daquela pessoa é tão terrível, não é como se fosse possível deixar de amar alguém, só pelo fato dessa pessoa não ser perfeita.

Ao deixar o dormitório de Seok Jin, Namjoon acabou por dar de cara com o psiquiatra que sacudiu a cabeça em negação, mas logo abriu um sorrisinho.

─ Foi pra isso que você encheu minha clínica de policiais, senhor Kim? ─ Sorriu.

─ Você sabe que não! ─ Se defendeu. ─Mas serviu bem para isso também! ─ Sorriu, fazendo com que suas covinhas aparecessem.

O psiquiatra sorriu e chamou o chefe da polícia até sua sala, para conversarem mais a vontade.

Namjoon sentia-se mais animado, pois Luhan lhe contou que com os avanços com Seok Jin, em no mínimo três meses, ele poderia ir para casa, desde que não houvesse complicações.

─ Por isso é importante que você venha,  que o irmão venha, ele precisa se sentir próximo das pessoas que mais ama. ─ Luhan contou. ─ Ele sempre fala sobre vocês, que são as pessoas mais próximas, então não deixem de vir, isso ajuda muito.

─ É claro! Sempre estaremos aqui.

─ Você até depois do horário de visitas né? ─ Luhan sorriu.

Namjoon assentiu, sorrindo.

─ Tudo bem, eu vou permitir. Não conte a ninguém, eu tenho coração mole, muitas vezes deixo os horários de visitas se estenderem, sou uma manteiga derretida. ─ Sacudiu a cabeça em negação.

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