Nossa saída da sala foi repleta de fofocas e todas as mulheres pararam para admirar Arthur.
Tenho que admitir Artur é um homem incrivelmente lindo. Ele é alto, mas ao mesmo tempo tem um corpo definido e que ficava muito bem desenhado dentro daquele terno sob medida.
-Leve a Elizabeth em casa, meu filho - falou o senhor Devanir.
Eu encarei Arthur e ele me devolveu um olhar inexpressivo.
-Como quiser, pai - ele respondeu.
-Não precisa, eu vim no meu carro - falei.
-Larga de seu mal educada, garota - meu pai me repreendeu. - Eu peço pra alguém levar o seu carro.
Aqueles velhos não perdiam a oportunidade de nós encher. Provavelmente estariam antecipando a ideia de sermos vistos juntos.
Arthur indicou a direção que seu carro estava e eu o segui.
-Acho que nossos dias serão bem movimentados a partir de agora - meu noivo disse assim que prendeu seu cinto.
-Espero que estejamos preparados - falei.
Já estávamos habituados ao assédio da mídia. Era impossível não acabar estampando um tabloid de fofoca. Principalmente Arthur que era conhecido na alta sociedade como o rei do camarote.
-Você sabe que agora devemos respeito um ao outro - falei.
Ele me olhou curioso e ligou o carro, entrando no trânsito caótico da capital.
-O que quer dizer com isso? - perguntou desafiador.
-Que se eu aparecer como corna em uma manchete de jornal, eu vou acabar com a sua vida - o ameacei.
Ele riu sarcasticamente.
-Nossa, estou morrendo de medo - ele falou com os olhos brilhando.
-Não deveria estar brincando com esse assunto - eu falei. - Eu sou capaz de coisas que você nem imagina.
Ele deu de ombros como se não se importasse.
-Não sei que imagem tem de mim, mas não sou esse tipo de cara - falou.
-E qual tipo você é?
Ele sorriu de canto de boca e suas sobrancelhas se ergueram lentamente.
-O romântico incurável - disse, triunfante.
Eu ri, descontroladamente. Exagerei na reação, confesso. Mas se tinha algo que eu não conseguia imaginar era uma versão romântica de Arthur.
Sua expressão foi de divertimento e quando percebi que o clima estava começando a ficar mais tranquilo entre nós, virei minha cara e comecei a observar o trânsito.
-Já que os nosso velhos querem tanto um show, que tal tomarmos um sorvete? - ele perguntou.
-Não gosto de coisa doce - menti.
Ele me olhou com os olhos semi cerrados.
-Todas as mulheres gostam de doce - ele falou.
-Talvez eu seja um homem - retruquei rapidamente.
Arthur riu e voltou a prestar atenção na estrada.
-Lembre-se de não ser tão arisca assim comigo quando tivermos em público - disse de repente.
-Não se preocupe, sou uma ótima atriz - falei.
-Ah, claro - ele revirou os olhos.
O restante do percurso foi bem calmo e ambos decidiram ficar quietos. Era menos constrangedor não falar nada do que tentar puxar algum tipo de assunto aleatório.
-Meu pai é esperto - ele disse ao estacionar.
Arthur se aproximou de mim e acariciou meu rosto, me pegando de surpresa.
-Tem um repórter na pilastra da direita - sussurrou em meu ouvido.
Droga.
-E o que a gente faz? - perguntei.
Ele segurou meu rosto com a sua mão e sorriu.
-Fingimos que estamos apaixonados - ele disse me dando um beijo.
Já beijei muito na vida, mas aquele beijo... Nossa... Que beijo...
Senti sua língua percorrer o caminho para dentro da minha boca. Seus lábios eram macios e consumiam os meus com carinho. Até mesmo seu toque exercia uma influência sensual no beijo. A forma como ele me segurava e como seus dedos acariciaram minha nuca, fez algo se aquecer dentro de mim.
Ele se distanciou e sorriu maliciosamente.
-Acho que me empolguei - disse debochado.
Mudei minha feição o mais rápido possível e voltei para a expressão de indiferença. Não poderia deixar que percebesse que aqui tinha sido bom.
-Talvez devesse fazer umas aulas de beijo - provoquei ele. - Já que vamos ficar nos beijando em público, pelo menos não vai parecer que estou beijando um BV.
Vi o desafio em seu olhar.
Ele me puxou pela cintura e exibiu um sorriso de canto de boca.
-Então por que não começa me ensinando agora? - perguntou com uma voz rouca.
-Você teve vinte cinco anos para aprender - falei. - Acho que pode esperar um pouco mais.
Me soltei de sua mão e lhe lancei um sorriso falso, em seguida mandando um beijinho com a mão de uma forma clichê.
Ele acenou e arrancou com o carro pelo estacionamento do prédio.
É.. eu tinha que manter o máximo de distância daqueles lábios.
KAMU SEDANG MEMBACA
CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROS
Romansa(NOVA CAPA); Créditos da capa para: @Baby-Blue-Galaxy Elizabeth Hamons e Arthur Morais são os herdeiros perfeitos. Ambos tem a mesma ambição: conquistar a aprovação de seus pais e serem os responsáveis pelas suas respectivas empresa. No entanto, s...