Chegamos no apartamento de Debie, mas não encontrei ninguém em casa. Liguei inúmeras vezes para ela e nenhum retorno.
Minha cabeça já estava com várias suposições e aquilo estava me massacrando.
-Eliz - chamou Ian.
Eu olhei para trás e vi ele na entrada do nosso apartamento.
-Entre - eu disse, voltando a deitar no sofá.
Ian e Arthur se acomodaram no outro sofá e percebi que os dois estavam preocupados.
-Eliz eu não fiz nada do que estão pensando - começou a falar Ian. - Seu pai realmente me mandou mensagem, mas porque chegou aos ouvidos dele que estávamos saindo e ele veio me pedir pra cuidar da Debie.
O rapaz me estendeu o celular com a conversa aberta.
Realmente, não havia nada de mais em toda a conversa.
Suspirei.
-Não temos muito o que fazer além de esperar - falei.
-Eu vou esperar por ela no apartamento - Ian disse se levanto e indo em direção a porta. Porém ele parou e se voltou para mim: - Eu gosto mesmo da sua irmã.
Não havia como negar que seus olhos carregavam verdade, mas não era para mim que ele deveria dizer aquilo. Ele deveria demonstrar para Débora o que ele sentia realmente.
-Diga isso a ela - falei.
Ian assentiu e saiu pela porta.
Arthur sentou ao meu lado e me abraçou.
-Não fica preocupada, tudo vai se resolver - ele disse em um tom doce.
Eu não sabia que efeito era aquele, mas suas palavras aqueceram o meu coração e me confortaram, pelo menos um pouco.
Ficamos daquele jeito por um tempo, até por fim ouvir os gritos de Debora no corredor.
Institivamente abri a porta e vi ela e Ian no corredor de frente um para o outro.
-Eliz? - perguntou Debie.
Ian estava com o celular estendendo na direção de Débora, que aparentava se recusar a ler.
-Minha irmã, veja a conversa - falei. - Não tome decisões precipitadas.
-Você esta defendendo ele? - ela gritou.
-Para - gritei. - Você não é mais uma criança. Senta e conversa, se ainda quiser continuar com esse show, tudo bem, mas não tome decisões baseadas no calor da emoção.
Eu me virei e entrei dentro do apartamento.
Amava minha irmã e entendia perfeitamente todo o motivo para seu excesso de cautela, mas aquilo já estava excedendo o que eu poderia suportar de suas atitudes. Para tudo havia um limite.
-Você esta bem? - perguntou Arthur ao meu lado.
Apenas balancei a cabeça.
O que pude fazer por ela, eu fiz. Minha consciência estava limpa e eu sabia que a partir de agora dependia unicamente dela.
-Você pedir pizza? - ele perguntou.
-Pizza é uma boa.
O restante de nossa noite foi tranquila e, confesso, Arthur sabia como me distrair.
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CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROS
Romance(NOVA CAPA); Créditos da capa para: @Baby-Blue-Galaxy Elizabeth Hamons e Arthur Morais são os herdeiros perfeitos. Ambos tem a mesma ambição: conquistar a aprovação de seus pais e serem os responsáveis pelas suas respectivas empresa. No entanto, s...