Capítulo 55

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-Onde estamos indo? - perguntei ao notar que Arthur não pegava o caminho que levava a mansão Morais. 

-Você logo saberá - me respondeu. 

Não demorou muito para que chegássemos no bosque que tínhamos ido uma vez.

Arthur sorriu ao abrir a porta do carro e saímos de mãos dadas em direção a "sua" pedra. Mesmo que eu perguntasse o por que de pararmos ali, ele não me dizia. 

Ao chegarmos próximo ao local ele parou e sorriu.

-Esse é um lugar importante para mim - falou Arthur. - Já te contei o motivo?

O olhei com curiosidade. 

-Não - falei ao repassar nossas conversas em minha cabeça. 

-Minha mãe sempre me trazia aqui quando eu era mais novo - falou com os olhos fixos na pedra. - Ela e meu pai se conheceram aqui - ele disse apontando para o local de caminhada. - Eu amava ouvir a história que ela me contava. 

O observei e ele parecia imerso em diversos pensamentos. 

-Meu pai a pediu em namoro bem ali - contou, apontando em direção a pedra. 

Seus dedos se firmaram entorno dos meus e ele me puxou delicadamente em direção ao local. Em seguida ele se virou de frente para mim e sorriu, envergonhado. 

-Eu poderia fazer mil coisas, comprar um mar de rosas e jogar aos seus pés, alugar um espaço e contratar músicos - ele começou. - Mas nada disso teria um verdadeiro significado como isso esta tendo para mim agora. 

Arthur se ajoelhou, sem graça, e colocou minha mão erguida na sua frente. Em seguida tirou um delicado anel de prata do bolso.

-Elizabeth Hamons, eu me apaixonei por você e sinto que não sou mais capaz de passar um dia se quer sem poder chama-la de minha - falou. - Eu sei que ainda tenho muito a aprender, mas estou disposto a ser o homem que você precisa, ou pelo menos me empenhar em ser. 

-Sim - falei, o interrompendo com um beijo.

Ele deu uma gargalhada.

-Você nem sabe o que eu estou pedindo - continuou a rir. 

-Não me importo, a resposta é sim para qual seja o seu pedido - falei. 

Seus lábios colaram nos meus de forma espontânea.

-Vem aqui - ele me puxou para a lateral da pedra.

-Essas são as iniciais dos meus pais - ele apontou para um C e um D dentro de um coração. 

Arthur puxou um canivete pequeno do bolso e começou a escrever nossas iniciais logo abaixo. 

-Prontinho - ele disse admirando nossas iniciais.

Não consegui conter o sorriso e o olhei com admiração. Arthur era um homem incrível.

-Eu te amo - falei.

Ele me encarou surpreso com os olhos brilhando.

-Eu também te amo, senhorita Elizabeth - falou me tomando com seus lábios.

CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROSWhere stories live. Discover now