Capítulo 18

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Enquanto saíamos do lugar, eu e Debie mandávamos mensagens freneticamente.

-Para onde vamos? - perguntou Igor. 

-Para o melhor lugar de festas desse mundo - Debie falou empolgada. 

-Então você nos tirou do Vip para me levar para uma balada? - Ian perguntou. 

Eu e Debie no entreolhamos. 

-Você falou com as gêmeas? - perguntei a ela, ignorando o comentário do rapaz. 

Ela assentiu e me mostrou o celular. As gêmeas eram Jéssica (minha melhor amiga) e Jussara. Ambas são famosinhas nas redes sociais e conheciam uma galera legal para uma social. 

-Elas já publicaram - ela disse ao me mostrar o story sobre a social.

-Perfeito - falei. 

-Você já falou com o seu Manoel do bar? - ela perguntou. 

Olhei o horário. 

-Ele me confirmou que em quinze minutos já vai deixar tudo lá - falei. 

-La onde? - Arthur perguntou quando chegamos no carro. 

-Na casa de festa das irmãs Hamons - Debie disse. 

-Ah? - todos exclamaram. 

-Vamos logo, lá a gente explica - Debie disse empurrando todo mundo para dentro dos carros. 

Coloquei o endereço no GPS do carro e segui enviando as mensagens para alguns amigos da faculdade que sempre marcavam presença nessas loucuras que eu Debie inventávamos. 

-Uau - exclamou Emanuela. 

Olhei para a residência e sorri, contente por finalmente termos chegado.

Aquela era a casa que papai havia nos dados a muitos anos, mas ela grande demais para apenas eu e Devie morarmos, então ficamos no apartamento e usávamos essa casa para nossos rolês clandestinos. 

-Vocês são donas disso aqui? - perguntou Igor, descendo do carro de Ian. 

Balançamos a cabeça.

-Senhoritas, vocês voltaram e isso significa que hoje tem bagunça - falou Genival, o segurança. Ele era gente boa, na maior parte das vezes dava conta do grupo de pessoas bêbadas que se aglomeravam na casa.

Assenti. 

-Qual a senha da noite? - perguntou já conhecendo os protocolos contra penetras. 

-Viva La Vida - eu e minha irmã gritamos juntas.

Entramos e notamos que a casa estava limpa, como sempre. Sempre pedíamos para uma diarista dar uma geral na casa umas duas vezes por semana, pois nunca sabíamos quando iriamos usar o espaço.

-Debie checa as geladeiras que vou com o Arthur buscar as caixas de som - falei. 

Puxei Arthur e subi as escadas. 

-Acho que nosso vinho com queijo vai ter que ser adiado - falei, puxando assunto. 

Ele concordou com a cabeça esbanjando um enorme sorriso.

-Quando ia me contar da sua casa secreta? - perguntou ainda rindo. 

-Agora - falei em tom brincalhão. 

-Vocês sempre fazem essas festas? - perguntou.

Concordei com a cabeça e destampei as caixas de som.

-Não sabia que você tinha esse lado - falou. 

-Sempre gostei de beber e festejar, a diferença entre nós dois é que eu não deixo a mídia me fotografar bêbada - falei fazendo menção a uma notícia que saiu em um site com fotos dele embriagado. 

Ele deu uma risada e se aproximou de mim, levando suas mãos a minha cintura de forma sugestiva. 

-Você vai se casar com esse rebelde - ele falou e beijou meu pescoço.

Seu lábios encontraram os meus e começamos a nos beijar de forma urgente. 

Era bem óbvio que nós dois sentíamos uma atração gigantesca um pelo o outro e isso ficava cada vez mais nítido. Nossos corpos necessitavam desse contato. Seu toque era como um combustível para mim. 

Suas mãos envolveram minha coxa e me ergueram sobre a caixa de som.

-Sabia - gritou Debie. 

Arthur se afastou um pouco de mim e riu maliciosamente para minha irmã.

-Fomo pegos no flagra, meu amor - ele disse. 

Dei uma risadinha e desci da caixa de som. 

-Desce logo com isso que os convidados estão para chegar - Debie falou com Arthur. 

O rapaz revirou os olhos e pegou os objetos, indo em direção ao primeiro andar. 

-Você pegando ele, sua safada - disse minha irmã quando ele saiu do cômodo. - E nem me contou. 

-Só aconteceu - eu disse. - Umas duas vezes no chuveiro. 

-Ele é um gato, aproveita - ela disse. 

-Acha que devo continuar? - perguntei, demonstrando meu receio. 

Minha irmã se afastou um pouco e me fuzilou com seu olhar calculista. 

-Você está gostando dele? - ela perguntou, agora em tom sério. 

-Não - respondi rapidamente. 

Ela voltou a me analisar. 

-Apaixonada ou não, é melhor ter alguém pra transar do que passar esse ano na seca - ela deu de ombros. - Mas evite se apegar, Arthur não é o tipo de cara que vai transformar isso em uma história de romance e continuar esse casamento. Pelo que vejo dele nas noticias, ele troca de mulher tanto quanto troca de roupa.

Eu sabia que ela tinha razão. 

Mesmo que todas as células do meu corpo ansiassem por ele, eu ainda entendia que talvez aquilo fosse pra ele só mais um divertimento.

-Eu estou lascada, minha irmã - falei. 

-Agora não temos como conversar sobre isso, mas amanhã eu quero detalhes sórdidos - ela falou. - Vamos, todos já devem estar chegando.

CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROSWhere stories live. Discover now