Capítulo 33

2 3 0
                                    

P.O.V Kay

3 dias passaram e durante este tempo eu e o Chris temos avaliado cada simples pessoa da escola. Ainda não conseguimos avaliar todas até porque temos aulas, estudos, testes, e são muitas, muitas pessoas para avaliar.

Mas hoje, depois de 3 dias exaustivos, o número de pessoas que faltavam era bem reduzido. Faltavam todas as raparigas das cheerleaders, alguns rapazes do futebol, e um pequeno grupo de raparigas que sempre que tentávamos observá-las, ou tentar encontrar alguma suspeita, elas desapareciam da nossa vista.

Uma professora faltou, e essa foi a oportunidade para avaliar o grupo de rapazes do futebol, visto que todos estavam no campo. Eu e o Chris sentámo-nos nas bancadas, e começamos a avaliar cada detalhe dos rapazes.

Nenhum deles tinha culpa no rosto, ou mostrava algum comportamento de pressão, ou medo. Mais um grupo descartado. Passamos para o próximo grupo, as cheerleaders.

Uma das raparigas de lá, a capitã, parecia-me estar estranha. Calada, sempre a olhar para todos os cantos, a suspirar 2 vezes em 5 segundos, era aquela, tinha de ser.

Esperei que ela fosse para o balneário, e empurrei comigo o Chris. Quando todas saíram, exceto ela claro, eu e o Chris entramos. Encontrei uma peça de madeira no chão, peguei nela e aproximei-me da rapariga.

Com a peça de madeira, bati-lhe na cabeça, e ouvi um gritinho do Chris. Comecei a puxá-la pelos braços, para a tirar dali e metê-la dentro do carro, e o Chris apenas me olhava sem reação.

Chris:O que acabaste de fazer?-parei de a puxar largando os braços dela no chão e olhei-o.

Kay:Que foi? Nunca raptaste alguém?-perguntei sincera.

Chris:Tu estás a perguntar isso como se fosse normal.

Kay:Não é?-perguntei ,mais uma vez, sendo sincera.

Chris:Eu não sabia desses teus hábitos.-eu dei de ombros e continuei a puxá-la.

Ele tirou-me para trás e pegou nela ao colo, levando-a até ao carro e colocando-a no banco de trás. Indiquei-lhe o caminho que deveríamos seguir, até uma casa velha, que iria servir.

Visto que ela não acordava, enchi um balde de água, e atirei-lhe sem dó. Ela acordou assustada, e ficou ainda mais assustada quando viu que estava num lugar desconhecido, com a aluna nova da escola, amarrada a uma cadeira, e amordaçada.

Kay:Bom dia,cinderela.-disse junto com um riso.

Chris:Tu assustas-me.-bati-lhe no braço para que mantivesse a postura.

Kay:Queres nos dizer o teu nome?-perguntei tirando a mordaça da sua boca.

Lara:Eu sou Lara.-disse com a voz a tremer.

Kay:Hmm, ótimo. Então diz-me,Lara, queres me explicar qual a razão de teres empurrado a Mary pelas escadas abaixo?

Lara:Eu não...-interrompi.

Kay:Não tentes,Lara. Eu e o Chris temos uma espécie de dom, e eu analiso-te melhor do que qualquer exame pode analisar.

Chris:Nós não deveríamos chamar o Alex? Ou o Jake?-eu lancei-lhe um olhar que dizia queres estar calado?

Lara:Eu juro que não fui eu.

Quando ela terminou a frase, o meu punho encontrou a cara dela, e sangue começou a sair do seu nariz. Perfeito, pensei.

Kay:Queres continuar a mentir?

Lara:Kay, eu...

Kay:Oh boa, tu sabes o meu nome. Isso é bom.-voltei a esmurrar-lhe a cara, mas desta vez no outro lado, e mais sangue foi jorrado pelo nariz.

Lara:Fui eu!-gritou.

Kay:Aguentaste mais do que pensei.-atirei.-Mas agora diz-me o porquê.

Lara:Eu gosto do Alex, e nunca me consegui aproximar dele. Nunca. E aí chega essa santinha, fode com ele, e começa a sair com ele? Até as cheerleaders já a adoravam.-eu fiquei um pouco baralhada.

Tudo aquilo era apenas por ciúmes? CIÚMES?

The dealWhere stories live. Discover now