Capítulo 1

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Antes de começarem a ler queria avisar para não darem importância ao facto de o preservativo não ser utilizado em várias cenas de sexo, pois não será relevante para a história, mas nunca esquecendo a importância que tem na vida real,certo?
Quero também pedir desculpa por algum erro que possam vir a encontrar durante a história.
Revi os capítulos mas é normal que escape sempre um ou outro.
Obrigada, espero que gostem de ler a história como eu gosto de a escrever.
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P.O.V Kay

Quando eu era bem nova, tudo era simples, pensava eu. Uma vida simples, cheia de amigos,numa escola normal, acabar o secundário, e viver uma vida de uma pessoa comum.Não podia estar mais enganada.

Desde bem nova que tudo virou do avesso, tudo que era branco, ficou preto, tudo o que eu tinha de amor, tornou-se em ódio, o que eu tinha de carinhosa, tornou-se em arrogância e indiferença, e tudo o que era vida, tornou-se em morte.

Os relacionamentos deixaram de existir. Os sentimentos desapareceram, e tudo o que se trata de rapazes, passaram a ser apenas passatempos, umas fodas. Pancada é o meu hobby, a minha bebida é o álcool, a minha comida é o tabaco, os doces que comemos de vez em quando são as drogas, e os riscos no corpo, são as minhas tatuagens.

Hoje em dia, vivo com a Mary, ela é como uma irmã para mim, ambas temos 17 anos, e estamos no último ano do secundário. A Mary é totalmente o meu oposto, e honestamente, eu não sei como a suporto, não é nem um pouco o meu estilo, mas de certa forma, compreende-me.

Os pais dela acolheram-me e deram-me um teto. Vivo com deles desde muito nova, e eles nunca criticaram a minha forma de ser, até porque eles sabem que não são meus pais, mesmo representando esse mesmo papel na minha vida.

Hoje mudamos de cidade. New York. Uma grande mudança, mas para mim? Não faz qualquer diferença. Eu nunca gostei da antiga cidade. Estar lá, é como acordares e reviveres todo o teu passado, as tuas dores, e tudo o que te tornou o que tu és hoje, todos os dias.

Talvez esta mudança seja a almofada de ar fresco que a família da Mary procura. Os pais dela têm novos empregos, em que o dinheiro não será mais um problema. Eu e a Mary vamos para aquela escola típica desta cidade. Cheia de bad boys, cheerleaders, futebol americano, que eu odeio. Eu amo futebol, mas verdadeiro futebol, não este desporto que eles chamam de futebol americano.

Este tipo de escola, lembra-me aqueles filmes em que a miúda mais conhecida, também a mais rodada, mas esse facto eles não fazem a questão de mostrar, apaixona-se pelo bad boy, capitão da equipa do futebol americano, descobre o seu passado ,muda-o, e vivem felizes para sempre.

Ah! Não podemos esquecer aquela parte final do filmes, em que ela entra no campo, beijam-se, e aí sim, vivem felizes para sempre. Só de pensar já tenho vontade de vomitar.

E resumidamente, é isto, apenas uma rapariga que marca a diferença por onde passa, e tenho a certeza de que nesta cidade, nesta nova escola, não será diferente.

Mary:Amanhã começamos na nova escola. Não estás anciosa?-perguntou enquanto guardava a roupa no armário.

Kay:Não,Mary. A única coisa que eu exijo daquela escola, é rapazes com quem eu possa foder. O resto? É me completamente indiferente.-ela revirou os olhos.

Fechou o armário, estando assim oficialmente terminada a mudança. Todos já estávamos ambientados, e fomos chamadas pelos pais da Mary, com a notícia de que o jantar está pronto, e é pizza.

Suzy:Entusiasmadas para amanhã?-perguntou ao mesmo tempo que nos servia a pizza.

Mary:Óbvio, mãe. Nova escola, nova vida.

Kay:Novos palermas, nova gente falsa, novos pesadelos, mais corações partidos, mais drama, e honestamente,Mary? Não aguento mais.-todos se riram e a Mary colocou a mão no meu ombro.

Mary:Tu nunca aguentaste. Drama não é a tua praia, certo?-eu franzi uma sobrancelha.-Oh! Espera, tu nem gostas de praia.-mais uma vez, todos se riram.

Kay:Vai dormir, porque o teu mal é sono.

Fred:Mas,Kay, pode ser que tenhas lá alguns rapazes do teu estilo. Que não criem ilusões, ou sentimento, e podes dar "umas voltas" com eles.-eu mostrei um pequeno sorriso.

Kay:Eu espero que estejas correto,Fred. Ou eu volto para casa no primeiro segundo.

Era assim que as conversas fluíam. Sem julgamento, ou comentários desnecessários. Eles respeitam-me, aceitam-me, e por vezes até conselhos me dão. Apenas me cabe a mim aceitá-los ou não.

Depois de todos comermos, e a louça estar arrumada, subi para o quarto, juntamente com a Mary. Cada uma de nós tem o seu quarto, mas sabe-se lá porquê, a Mary, em certos dias, acaba por adormecer no meu quarto.

Mary:Só espero que as coisas sejam melhores aqui.-eu semicerrei os olhos.

Kay:I don't give a fuck.(Eu não quero saber).-ela deu-me uma pequena latada no braço.

Mary:Chata.

Kay:E mesmo assim, tu ainda me amas.-ela revirou os olhos.

Mary:Pena que tu não me digas de volta.-desta vez fui eu quem revirou os olhos.-See you tomorrow,bitch.

Kay:See you tomorrow,barbie.-ela saiu e bateu a porta atrás dela.

The dealWhere stories live. Discover now