Capítulo 33: Garotinha Encontrada

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Nota: Eles se encontram em 13 de Abril, 1949 – só para saberem.

O universo simplesmente se elevou, deslocou e moveu para o lugar certo, e eu estava alerta que ele tinha sido consertado de alguma forma. Eu não tinha percebido antes como ele tinha estado tão quebrado, mas eu estava repentinamente bem alerta que tinha estado desalinhado, e agora estava se ajeitando.

Então, tão de repente como o universo tinha sido inteiramente completado, eu percebi que eu não estava mais em dor. Era estranho por que eu não havia percebido quanta dor eu tinha suportado, mas eu estava finalmente livre disso. Era como se uma pressão horrenda tivesse sido retirada sem esforço, e eu podia respirar sem que doesse. Eu estava quebrada por vinte e oito anos e nem sabia. Eu estava bem agora, por que Jasper estava aqui.

Jasper estava aqui!

Eu sabia sem duvidas que Jasper iria entrar pela porta. Se meu coração batesse, ele teria parado naquele momento. Toda a espera, a dor, e a preocupação estavam acabando, e eu estava para encontrar meu destino. A felicidade dessa realização me inundou de tal modo como se me rendesse para ser incapaz de fazer nada além de sentir isso. Eu estava levada por nisso. Mergulhada nisso. Mudada por isso.

Eu tinha nascido de novo. Eu estava sendo moldada para um homem que eu ainda tinha que ver, e eu estava sendo mudada na raiz do meu ser. Cada cristal se realinhou em meu corpo em preparação para ele. Era uma sensação incrível e assombrosa.

Quando acabou, eu congelei.

Eu era Alice, uma boa vampira, que fez tudo errado para que tudo desse certo. Eu era Alice, que não podia lembrar suas infância e ainda via o mundo por olhos infantis. Eu era Alice, que celebrava a vida. Eu era Alice, a amante de Jasper. Eu era Alice, perdida eternamente no milagre do amor e congelada nesse momento feliz.

Eu era Alice.

Eu sou Alice.

Ele entrou pela porta.

Ele não estava olhando para nada. Ele só olhava para o chão enquanto entrava e começou a sacudir a chuva. Seu cheiro me atingiu como a pancada de um golpe no começo, e eu respirei fundo para memorizá-lo. Cedro, noz-moscada e canela encheram minha mente e se cauterizaram em minha alma. Eu não podia mais cheirar a terra da mesma forma. Ar normal sempre seria defeituoso sem a beleza do cheiro de Jasper.

Jasper olhou para cima para assistir Marty e Marge enquanto eles conversavam no fim do balcão.

Eu vi o belo cabelo loiro molhado contra sua pele perfeita, cristalina. Ouro em diamantes. Eu assisti gotas da chuva caírem como arco-íris de seu cabelo para sua blusa. Eu arfei enquanto elas escorriam por seu pescoço e sobre as cicatrizes crescentes.

Repentinamente, eu estava numa batalha comigo mesma em uma proporção que eu não tinha sentido desde que fui recém-nascida. Enquanto eu focava em sua pele, algo profundo e escondido e insuportavelmente forte nasceu em minha barriga e inundou minha mente. Eu queria tocar sua pele, provar ela, correr meus dedos por seu cabelo dourado e por baixo de seu pescoço, e traçar cada cicatriz de seu longo corpo. Meus dedos queimaram com a necessidade de tocá-lo, e meus olhos queriam vê-lo, todo ele. Meus lábios se partiram em uma preparação de um beijo que eu não permitiria.

Eu não me permitiria tocá-lo como eu queria. Ele era um soldado, ele não me conhecia, e ele iria fugir.

Sua cabeça estava virando para mim, e eu sabia que em uma fração de segundo, eu iria ver seu rosto. Eu quase pulei nele, quasepulei nele, mas eu me segurei no banco enquanto tentava ganharalgum controle de minha mente sobrecarregada e meu corpo rebelde. Eu senti seu cheiro de novo enquanto vi seus olhos deslizarem até mim. Meus dedos destruíram o banco em meu esforço para não pular.

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