Capítulo 31: Simplesmente Certo

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Esse capítulo termina em março de 1948.

“Onde está Vasily?” Perguntei com um sentimento familiar de pânico crescendo em meu peito. Eu rapidamente busquei pelo salão de festas de Lincoln pelo vampiro enorme.

“Não sei”, respondeu Ivan sobre o zumbido de vozes humanas.

“Relaxe Alice”, cochichou Mai-Li, “ele provavelmente está só olhando para outros carros ou tomando um pouco de ar. Você sabe como é difícil para ele estar tão rodeado de humanos.”

“É precisamente por isso que estou preocupada”, eu respondi secamente.

Essa viagem inteira, Vasily mostrou pouco ou nenhum auto-controle que seja, e eu estava além de exasperada com ele.

“Ele precisa estar aqui com os olhos negros se quiser ver estes carros”, eu disse enquanto bati o pé em frustração.

Eu tinha boas razões para estar frustrada com ele. Depois de consertar as coisas entre Chi-Yang e Ivan, que não foi uma coisa fácil de fazer para dizer o mínimo, eu tinha levado os dois clãs a Las Vegas para se divertirem antes de comprarem carros novos em Detroit. Ivan tinha comido como um porco toda a viagem.

Não era tanto o que ele comia, era que para ele não importava onde, quando ou quem ele comia. Fomos para Las Vegas para nos divertir e acabamos tendo que deixar o hotel luxuoso depois de apenas dois dias porque lanchou algumas das dançarinas.

Ele não poderia jogar muito com olhos vermelhos brilhantes, o que o deixou com raiva e nos deixou no limite. Então, enquanto ele estava nos esperando terminar a nossa diversão, ele comeu uns poucos guardas de segurança. Seus olhos vermelhos causaram um grande estresse em nossa última noite em Las Vegas, e o clã teve que comer uma meia dúzia de pessoas para tirá-lo da confusão. Ele fez isso toda a viagem. Ele simplesmente desapareceria e, em seguida timidamente se esconderia em algum canto, até que o encontrássemos.

Assim como agora.

“Ah, inferno!”

“Alice? Você acabou de xingar?” Mai-Li estava olhando para mim com o olhar mais incrédulo.

“Isso foi simplesmente tão fofo vindo de você”, acrescentou Lena.

“Damas não devem xingar, Alice”, repreendeu Ivan com um abanar de seu dedo.

Fofo?

“Sim, eu xinguei! Eu posso xingar em doze línguas diferentes. Gostaria de ouvir algumas?” Pelo amor de Deus, eu não era uma criança e eles não eram meus pais. E certamente não era fofa quando estava tão zangada desse jeito. Pelo menos eu esperava que não.

“Por que você está tão zangada? Chi-Yang perguntou. Apontei descaradamente em direção ao russo escondido. Ele deu de ombros e murmurou um curto, “Uh-oh.”.

Com um rosnado, eu e os outros fomos para uma porta lateral no grande salão de festas onde Vasily estava tentando esconder seu corpo enorme. Ele fez uma careta quando viu a minha cara.

“Desculpe, mil desculpas. Eu não pude agüentar. Eles eram gêmeos – grandões!”

“Gêmeos, sério?” Chi-Yang estava agora escaneando a multidão. Ele era o vampiro mais vampiresco que eu já tinha conhecido, e em qualquer menção de comida, ele ia quase que instantaneamente em caça.

“Você também não!” Mai-Li queria um carro novo, e ela não iria permitir que o apetite de seu companheiro a impedisse.

“Você sabe o quanto eu odeio fazer compras. Por que você não escolher um para nós, amada, enquanto faço companhia a Vasily? Desse jeito você pode conseguir o que deseja, e eu posso conseguir o que quero”, implorou Chi-Yang. Para um vampiro vicioso, ele choramingava muito.

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