Capítulo 34

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MICHAEL

Chegando em casa, peguei meu celular e liguei para Valentina. Só chamava, fiquei impaciente, precisava falar com ela, precisava lhe contar o que sentia na verdade. Fiquei pelo menos uns 30 minutos tentando ligar pra ela sem sucesso. Imediatamente Lilian me veio à cabeça... quem sabe ela sabe onde Valentina está! Liguei para Lilian, em questão de segundos ela me atendeu.

– Olá, Lilian, tudo bem? – Disse um tanto quanto eufórico.

– Olá, me desculpa, quem fala mesmo?

– É o Michael, me desculpe por te ligar desse jeito.

– Ah, Michael. Tudo bem e com você?

– Bem também. Então, eu estava tentando falar com Valentina, mas o celular dela só cai na caixa de entrada. – Me limitei a dizer.

– Desculpa a curiosidade, mas por que você quer falar com Valentina? Depois de tudo o que aconteceu, pensei que nunca mais iria querer olhar em sua cara, até porque você deixou bem claro isso, pelo que ela me disse.

– Verdade, mas vi que não consigo viver sem ela. Eu amo Valentina e sempre irei amá-la, e é só isso que importa pra mim no momento. – Falei decidido.

– Sempre torci por vocês dois, mas temo que seja um pouco tarde agora.

– Por que diz isso? – Fiquei bastante preocupado com a frase.

– Valentina viajará hoje pra Florença, e ficará de seis meses a um ano fora. Infelizmente também não consegui falar com ela hoje, e não me recordo o horário de sua viagem. Consegui falar com ela somente ontem, ela não queria se despedir pessoalmente, é o jeito dela.

Meu Deus, preciso ir para Deverland antes que seja tarde demais!

– Lilian, irei pra Deverland. Tomara que não seja tarde demais. – Disse, já me ajeitando para sair daqui.

– Por mais que tenha acontecido de tudo entre vocês, espero que ainda consigam ficar juntos. Espero que ainda dê tempo.

Me despedi dela, peguei meu carro e fui literalmente voando para Deverland.

Estou indo o mais rápido que posso. Pelo telefone vi que não tenho muito tempo para chegar. Posso perder Valentina para sempre, e isso não vai acontecer – pelo menos espero que não.

Meu carro está a 170 km/h e estou desesperado, essa é a verdade.

Estou indo o mais rápido que posso e, como consequência, não estou raciocinando direito. A única coisa que sei é que tenho que chegar o mais rápido possível.

***

Chegando a Deverland, fui direto para o aeroporto da cidade. Pelo que Lilian me disse o voo de Valentina irá para Florença, na Itália. Não posso tê-la perdido, tenho que ter chegado a tempo.

Fui correndo pelos corredores do aeroporto, olhando informações nos painéis eletrônicos. Havia três voos para lá, dois já tinham partido hoje, e, para o outro, os passageiros daqui a 45 minutos iriam para a sala de embarque. Fui o mais rápido que pude e me deparei com muita gente esperando pelo acesso à sala de espera. Olhava todos à minha volta, meus olhos percorriam minuciosamente cada detalhe, cada pessoa que estava no saguão onde me encontrava neste momento, e nada de encontrar Valentina.

O desespero percorreu meu corpo. A sala de embarque começou a ficar tomada, as pessoas se levantavam das cadeiras e iam em direção aos seus respectivos voos, e nada de Valentina. O que faço agora?

De repente meu telefone começou a tocar, era Lilian. Imediatamente atendi.

– Olá, Michael.

– Olá, Lilian, estou aqui no aeroporto de Deverland. O último voo sai agora a pouco, ainda não consegui encontrar Valentina. – Disse, olhando para os lados e dizendo desesperado.

– Não perca tempo, meu bem. Ela acabou de me ligar dizendo que já se encontra em Florença.

Não podia acreditar. Perdi Valentina pra sempre.

Conte-me Seus SonhosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora