Capítulo 16

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Visitamos vários lugares. Nossa viagem infelizmente era por poucos dias, não havia muito tempo hábil, mas vimos algumas cachoeiras. Vimos que atrás de uma delas havia um conjunto de chalés, que aparentava ser um residencial; era uma vista linda.

– Aqui é um bom lugar para se morar, não? – Disse Michael, olhando para aquele enorme conjunto.

– Concordo, ainda tem essa cachoeira linda perto. Eu moraria naqueles chalés tranquilamente.

– Eu também. Quem sabe algum dia, não nos mudamos pra cá, não é?

– Hum, quem sabe, mas não pense que sou fácil. Ainda não me conquistou totalmente, saiba disso. – E fiz uma carinha de deboche.

– Dê tempo ao tempo, e você irá ver que sou o cara certo pra você. – Falou, olhando o horizonte.

– Quero ver, então.

Havia vários casais na cachoeira, como também outras pessoas sozinhas, principalmente mulheres. Deduzi que lá perto devia haver alguma comunidade ou cidade bem pequena, pois a cachoeira era um pouco isolada.

Não deixei de reparar algumas mulheres olhando para Michael. Apesar de estarmos de mãos dadas, ele chamava atenção – e como chamava. Musculoso, bonito, moreno, barba por fazer, era complicado de não notar.

– Pois é, Michael. Desde que chegamos, aquele grupinho ali não tira o olho de você. Estou achando que vou ter de ir ali ter uma conversa com elas. – Disse, tentando parecer brava e zangada.

– Tudo bem. Enquanto você vai lá eu compro uma pipoca e fico aqui assistindo, então. – Ele disse, enquanto me abraçava.

– Engraçadinho, não precisarei. É só fazer uma cara feia que elas irão desconfiar.

– Sei não, às vezes sinto que sou um tanto quanto irresistível, sabe? – E passou a mão pelo seu corpo.

– Nem se acha, né? Mas aqui tem alguns homens solteiros bonitos. Qualquer coisa eu também estarei bem. – Disse, ignorando-o.

– Você gosta de me provocar, né?

– Na verdade, um pouco. – Não contive o riso.

– Já te disse que você é linda, gostosa, charmosa e tudo mais? – Disse, passando a mão na linha da minha cintura.

– Hoje não, mas bom saber que você está sendo bem treinado a falar toda vez que nos vemos. – Falei de uma forma decidida, pra mostrar quem manda.

– É melhor eu não dizer mais nada. – Ele sorriu.

Dessa vez eu o puxei e dei-lhe um grande beijo, de causar inveja a todas que estavam olhando pra ele – queria mostrar desesperadamente que ele já tinha dona. Em pouco tempo me tornei autoconfiante ao seu lado. Não sei como (ou porque) isso aconteceu, mas estou me sentindo outra pessoa, e estou adorando isso, na verdade.

Fomos para as costas da cachoeira e sentamos nas pedras; lá era mais reservado. Ficamos juntinhos um bom tempo... que momento estranho que estávamos passando; era incrível!

Sabia que não curto a vida dessa forma com alguém há muito tempo? – Ele disse, olhando para o nada.

– Nem eu. Não sei o que aconteceu comigo para isso acontecer, mas sinto que, conforme o tempo passa, estou me entregando mais e mais. – E me acheguei em seus braços.

– Tomara que se entregue completamente, pois, conforme o tempo passa, estou me entregando cada dia mais pra você. Ainda há coisas que ficam martelando minha cabeça, mas sei que com o tempo serei capaz de compartilhar meus medos e desejos com você, até porque é com você que pretendo fazer isso. – Disse, beijando meu pescoço e fazendo carícias em meu corpo.

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