Bodas de Papel

By NicaOlliver

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Com o fim da Guerra Ninja, a Vila de Konoha vive dias calmos. Apesar de ser um dos heróis da batalha final, S... More

08 de março - ano II após a guerra
30 de março - ano II após a guerra
31 de março - ano II após a guerra
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30 de julho - ano II após a guerra

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By NicaOlliver

Boa noite pessoal! Me perdoem não ter conseguido postar na quarta-feira. Acabei me enrolando com muitos compromissos nessa semana. Mas o domingo que sempre foi mesmo nosso dia oficial. E cá estamos nós, começando a descobrir um segredinho da querida Hinata. Vamos ver o que? Boa leitura!

Essas três semanas estão sendo de muitas descobertas. Para mim, claro. Ainda não fazemos ideia da razão dos roubos, a busca pelos meios para o rompimento do selo Hyuuga também se arrasta, Naruto continua agindo como um baka cobiçador da esposa alheia e mal nos falamos. Mesmo com toda essa chateação, foi com certa relutância que tive que admitir que todo o resto perde importância quando penso como é bom chegar em casa e ser recebido com aquele sorriso radiante de boas vindas da senhora Uchiha. Uma admissão interna obviamente. É muito satisfatório me sentir tendo um lar novamente. Talvez um dia eu consiga dizer para ela o quanto sou grato por isso. Tudo fica ainda melhor quando nos beijamos. Nunca em público, porque sei que Hinata pode ficar constrangida. Ela não precisa me falar, eu a conheço cada dia mais. E mesmo que isso só aconteça quando não corremos o risco de nenhum abelhudo nos ver, é uma sensação inebriante. Creio que o fato de sabermos que nosso casamento é uma farsa e não sabermos ao certo expressar o que é isso que estamos sentindo colabora para a relutância dela. Eu mesmo fico sem jeito por não sabermos definir nem nomear o que temos. Ridículo não? Sasuke Uchiha inseguro? Descobri que me fere imaginar que ela possa se envergonhar de mim. Sempre que essa suspeita ameaça nublar meu humor, lembro das incontáveis vezes que ela demonstrou o contrário. Minha estratégia para provar seus lábios à luz do dia é convidá-la para passear pelas terras do clã. Nunca na Vila. Sei que não devia me aproveitar da ingenuidade dela. E sendo honesto comigo mesmo, não é isso que estou fazendo. Ainda estou muito confuso sobre como chegamos a esse ponto, no entanto, não consigo recuar. Não sou capaz de simplesmente abrir mão dessas sensações que ela me desperta. E estou me descobrindo estranhamente possessivo. É com grande esforço que mantenho o controle para não assustá-la. Somos amigos que se beijam e me corrói por dentro pensar que algum outro dos muitos amigos dela possa sequer pensar em fazer o mesmo quando não estivermos mais casados. Não sei mais se tenho alguma pressa para que essa missão termine, no entanto não sou capaz de tocar no assunto. Fico aguardando um sinal dela de que pretenda ficar. Afinal ela parece feliz convivendo conosco.

Observo de longe enquanto Hinata treina com Suigetsu. Tento ser discreto. Sei que apesar das idiotices, o albino a respeita. Mesmo assim gosto de ficar atento para que ele não se empolgue demais e acabe ferindo-a. Seja com a espada ou com aquela língua ferina. E vejo mais uma vez algo que me intriga. Quanto mais a assisto treinando mais percebo semelhanças de seus movimentos com algumas das técnicas de Itachi. Não pode ser só coincidência. São dúvidas que tento afastar para não atrapalhar nossos momentos de serenidade antes que algum dos problemas que nos rodeiam se faça presente. Como agora. Dá para sentir de longe o chacra enfurecido de Karin indo na direção deles. Desço do galho de árvore onde estava recostado e me dirijo ao dojô preparado para conter a maluca.

- SUIGETSU! – a ruiva está berrando antes mesmo de adentrar o cômodo – VEM AQUI SEU CARA DE TUBARÃO!

- Para de gritar Karin! – ele mantém a postura sem tirar os olhos de Hinata, que já baixou a guarda para atender a Uzumaki – Que droga, ruivinha! Atrapalhou meu treino na hora que estava ficando mais interessante. O que é tão importante para você fazer esse escândalo?

- BAKA! Você disse que ia ajudar na arrumação e além de sumir deixou suas tralhas espalhadas por todo canto da casa. Pode ir largando essa espada e vindo fazer sua parte.

- Nem pensar, pequena urtiga. Não vou antes de vencer essa batalha gloriosa. – o albino sorri com desdém.

- Karin está certa, Suigetsu-kun. – Hinata interveem antes que eles comecem suas discussões sem fim – Se prometeu ajudar, deve cumprir sua palavra. Podemos continuar mais tarde.

- Mas Hinata-chan... – ele tenta argumentar fazendo manha e ganhando uma negativa sorridente da morena. Já Karin preferiu lhe puxar pela orelha, arrastando-o dali em meio a xingamentos e reclamações. Acho que a Uzumaki estava tão indignada que nem percebeu minha chegada sorrateira. Ou não ligou. Uma novidade interessante.

- Quer aproveitar para treinar um pouco Sasuke-kun? – os olhos perolados brilhavam em um convite desafiador. Também descobri que Hinata se empolga quando sente que está dominando novas técnicas.

- E o que eu vou ganhar com isso? – instigo enquanto caminho em sua direção – Podemos combinar um prêmio para quem se sair melhor, o que acha?

- Uma aposta? O que tem em mente? – sua cabeça pende para o lado, lhe dando um ar de menina.

- Nada muito complicado. – dou uma volta ao seu redor para mantê-la em expectativa – Estava pensando que a promessa de um beijo poderia tornar as coisas mais interessantes. Que tal?

- Acho que você estaria se aproveitando de sua vantagem.

- Veja por outro ângulo. – traço o contorno de seu rosto perfeito lentamente - Não importa quem vença, os dois saem ganhando. – raspo os lábios dela com os meus. Um toque suave para incentivá-la a aceitar minha proposta - Além disso, você vem evoluindo muito. Alguns de seus movimentos são tão perfeitos quanto os do meu irmão.

- Sasuke... sobre isso... – ela segura a mão que pousei em sua bochecha macia e seus olhos se tornam repentinamente turvos. O que aconteceu? Ela recuou repentinamente. Certamente algo a perturbou. E muito. A menção de Itachi? Porque isso sempre a incomoda? – Será que podemos conversar?

- O que foi? Diga. Porque sempre fica estranha quando menciono meu aniki? – questiono severo.

- Eu preciso lhe contar algo. Mas não aqui. Poderia me acompanhar a um lugar sem fazer perguntas? – seu olhar agora é ansioso.

- Vamos então. – não sei porque eu sinto que algo de muito sério está para desabar sobre minha cabeça. A sigo em silêncio até uma clareira que beira os limites do clã Uchiha. O local me parece familiar.

- Lembra daqui Sasuke? – os olhos de pérola me encaram apreensivos, como se buscassem ler minhas reações antes mesmo que elas surgissem.

- Não tenho certeza. – respondo com cautela – O que eu deveria recordar?

- Qualquer coisa. – ela parece escolher as palavras com cuidado – Talvez de quando empurrou uma garotinha de cabelos curtos por ciúmes do seu aniki. Ou de quando Itachi o convenceu de que deveria tentar ser mais amistoso com as visitas. Ou até de quando ele se ofereceu para brincar com as duas crianças para que elas se conhecessem melhor. Lembra desses momentos? – seu olhar busca algo em mim. Não consigo identificar o que.

- Eu... – me esforço para encontrar essas imagens em minha mente e aos poucos elas vão surgindo, ainda que pareçam enevoadas e distantes – Não tenho muita certeza, porém agora que mencionou estou começando a recordar? Era você? A garotinha que vinha aqui e roubava a atenção de Itachi?

- Hai, Sasuke. Era eu. Eu já te contei que Itachi me socorreu quando furei um dedo nas roseiras do jardim. Ele era tão bondoso comigo. Sempre foi. Minha mãe e a sua eram muito amigas. Quando se encontravam para tomar chá e conversar, eu sempre estava junto e ficava por perto delas. E você estava sempre atrás de Itachi-kun. No dia que ele cuidou de mim, você ficou enciumado. Achou que eu estava atrapalhando suas brincadeiras com meu choro. – ela ri suave como se revivesse o episódio – Mais tarde, quando minha mãe morreu no parto de Hanabi, Tia Mikoto se ofereceu para cuidar de mim por um tempo enquanto meu pai se adaptava às necessidades de um bebê recém-nascido. Não é muito comum os Hyuuga permitirem algo assim, contudo otou-san parecia já dar sinais de rejeitar meu jeito de ser, dizia que eu devia parar de chorar tanto e se irritava com o que considerava sinais de minha fraqueza. Depois que descobri sobre o contrato de casamento, acredito que tenha convencido o conselho de que eu devia me acostumar com a família de meu futuro noivo. O carinho da sua mãe foi essencial para que eu conseguisse começar a superar minha perda. Fiquei hospedada aqui por quase um mês e...

- Espera. – a interrompo com a mão estendida diante de seu rosto – Por isso conhecia o clã tão bem? Morou conosco? Não me recordo disso.

- Talvez porque se habituou a evitar pensar nos dias de antes da tragédia. Quando era possível ouvir as crianças rindo por essas terras. Me deixe prosseguir, onegai. Isso está sendo um pouco difícil para mim. – não entendo. O que há de complicado nessa história? Ela inspira fundo e continua – Bem, enquanto estive aqui, Tia Mikoto permitia que eu também corresse atrás da companhia de Itachi-kun. E isso te irritava um bocado. Ele era tão inteligente e amável. Eu ainda não entendia o que significava a palavra prodígio, mas sabia que ele era uma das pessoas que eu mais admirava na minha curta vida. Para que você não ficasse enciumado e não brigasse comigo, ele arrumava várias coisas para fazermos juntos. Até te convenceu que eu poderia treinar com vocês. Foi quando segurei uma espada pela primeira vez. E quando Itachi-kun me pegou chorando porque você estava fingindo que eu não existia, ele me explicou que você não fazia aquilo por mal. Que só estava receoso de dividir o carinho que antes era só seu. E me incentivou a insistir. Foi o que eu fiz. Insisti e insisti, até que você foi parando de me hostilizar e passamos a nos divertir juntos. Mesmo depois que voltei para o meu clã, sempre que podíamos estávamos os três aqui nessa clareira. Treinando, brincando ou só deitados olhando o céu e ouvindo as histórias de aventura que Itachi nos contava.

- Então, nós nos conhecemos desde pequenos e nunca me contou? Porque? – ainda não entendo. Somos tão próximos, porque esse segredo? Falta de confiança? Não pode ser. Termos um passado em comum deveria nos unir mais. O que está errado?

- Eu diria que as crianças que fomos se conheceram por um tempo. Quando eu fui te procurar na prisão, já havíamos nos tornado pessoas completamente diferentes. Com trajetórias diferentes. Praticamente desconhecidos um para o outro. Teria dado ouvidos à minha proposta se eu usasse como argumento termos sido amigos de infância? Teria lembrado ou ao menos tentado? Isso pesaria em sua decisão? – ela tem razão. Eu não daria à mínima. Provavelmente acharia que era algum artifício para me enrolar.

- Lie. – sou sincero - Mas teria me poupado de ficar supondo que você poderia ter receio de viver no clã amaldiçoado. E pior, que também desprezava meu aniki como as outras pessoas dessa vila. – agora muita coisa faz sentido. O tique que ela tem de bater os dedos! A garotinha de franja fazia isso quando ficava nervosa. Eu andei ignorando as pistas sobre nosso passado. Mesmo as mais evidentes. – Porque não me disse nada disso logo que fomos nos tornando mais próximos? Porque fingiu que não me conhecia? – questiono bem chateado. Não sei explicar, contudo algo na postura defensiva dela me diz que ainda há mais e eu posso não gostar nada do que venha a descobrir agora.

- Eu não fingi. Você nunca demonstrou se lembrar de mim quando retornou depois da guerra. Agia como se eu fosse uma estranha e eu respeitei. Se não mencionei nada antes foi por duas razões. A primeira é que realmente achei que você havia bloqueado suas memórias daqueles tempos. E como não fazia ideia se esse bloqueio era por meios naturais, escolhas ou através de algum jutsu, não quis forçar sua mente. Eu nunca fingi nem deixei de mencionar fatos relacionados a essas recordações. Eu só não me sentia confortável de invadir seu espaço. Sei que existem muitas dores misturadas às lembranças dos dias felizes que viveu aqui com sua família. Não queria fazer com que revivesse essas mágoas. – ela suspira pesarosa, os ombros caídos, os braços envolvendo o próprio tronco.

(Continua) 

Bem, até agora eu não achei nada demais, quem não se conhece em um lugar pequeno com somente uma escola de ninjas? O que será que vem depois? Tcham ham... Vou fazer todo possível para ter capítulo na quarta. 

Beijos!

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