Bodas de Papel

By NicaOlliver

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Com o fim da Guerra Ninja, a Vila de Konoha vive dias calmos. Apesar de ser um dos heróis da batalha final, S... More

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30 de março - ano II após a guerra
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07 de julho - ano II após a guerra (parte 2)

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By NicaOlliver

Boa noite! Vamos de outro capítulo?

Quando acordei, ela tinha sumido. O velho hábito estava de volta. Desci para tomar café e a casa já estava aquele pandemônio. A voz de Juugo me tira de minhas análises frustradas. O almoço vai ser servido. Chego na cozinha e o caos ainda impera. Karin e nossas "convidadas" parecem prestes a começar uma batalha.

- Você é uma traidora sua loira aguada! – acusa a ruiva - Fingiu que queria ser minha amiga só para se infiltrar na nossa casa. Agora está toda melosa puxando o saco das princesinhas. Todas reunidas para se arrumar para o Festival, que lindo! E o traje que me prometeu? – se dirige a Hinata com petulância.

- Ontem mesmo eu trouxe Karin. – minha esposa retruca paciente – E não devia tratar Ino dessa forma. Além de nossa convidada, é nossa amiga e vai ter muito prazer em te ajudar a se arrumar também, não é Ino?

- Só porque você está pedindo. – a loira responde com pouco caso dando de ombros – Eu, hein! Não precisa ser tão desagradável Karin. Eu nunca disse que ia te excluir. Vim para fazermos um dia das garotas. É você quem está complicando tudo.

- Cuidado cabelo de fogo! Inveja mata! – provoca Hanabi sem nem tirar os olhos do prato. Gosto cada dia mais da minha cunhadinha.

- Eu não acredito nisso! – se intromete Suigetsu – Hinata-chan, a Karin só te trata mal e você faz tudo que ela pede. – ele agora usa sufixo com a minha esposa? Desde quando? – Eu até aprendi a gostar desse seu jeito de nos ver como família, mas acho que anda desperdiçando sua bondade com quem não merece nem quer merecer. – Dessa vez concordo com ele. Um dos poucos lapsos de sensatez do albino. E pelo modo como todos silenciaram, creio que a concordância é unânime.

- A Karin também faz parte da família. – Hinata justifica paciente – E cuidar da família nunca é tempo desperdiçado. E eu não faço tudo que me pedem, só aquilo que eu posso realmente fazer. Orochimaru-san está de prova do que estou dizendo. Ainda não consegui que Tsunade-Sama aceitasse ouvir sua proposta.

- É verdade, no entanto eu tenho confiança que continuará tentando. – sibila sorridente o cientista maluco da casa. Estranho... ele parece... feliz? O que andará aprontando? – Se tem uma coisa que aprendi nesses meses de convivência é que Hinata Uchiha é uma ninja determinada e de palavra. Não tenha pressa, pequena! Eu aguardarei com paciência. Só vou novamente pedir que não me trate com tanta cerimônia. Como você mesma mencionou, somos uma família agora. – eu e Juugo trocamos um olhar desconfiado. A refeição continua barulhenta. Assim que terminamos, Karin praticamente nos expulsa da cozinha, possivelmente ansiosa para ver o presente que certamente não irá agradecer como se deve.

Suigetsu sugere que é melhor os homens saírem para um passeio, para que elas não nos enlouqueçam enquanto fazem seus preparativos. A segunda vez no dia que ele demonstra bom senso. Impressionante. Orochimaru decide ficar com a desculpa que pretende descansar. Seguimos para as plantações, onde Juugo me apresenta os contratados, o que já está sendo feito e como pretende ampliar futuramente. Voltamos no fim da tarde, a tempo de nos arrumar para acompanhar as garotas ao Festival. Levamos um susto ao entrarmos na sala e depararmos com Ino e Karin com os rostos melecados, Hanabi xingando os próprios cabelos e Orochimaru acomodado no sofá acompanhando tudo como se fosse um espetáculo para seu divertimento pessoal. Hinata vinha da cozinha com um bule de chá que quase se espatifou quando as outras gritaram ao perceber nossa presença. Ela também tinha aquela lama gosmenta escondendo sua face e parecia se divertir com a histeria das companheiras.

Com nossa chegada, minha esposa decidiu apressar as outras para terminarem a arrumação. Meu Kami, quanta correria! Karin estava agarrada a um dos embrulhos que Hinata trouxe ontem. Imagino que seja o disputado traje. Saiu em disparada para se banhar antes das outras. A senhora Uchiha, um tanto encabulada, pediu para falar comigo em nosso quarto. Foi a primeira vez nesses dois dias que tive sua atenção direcionada diretamente a minha pessoa. Eu a segui em silêncio, por dentro um tanto receoso de que ela me pedisse distanciamento durante os festejos. Eu não queria isso. Gosto da sua companhia. Quero estar por perto para protegê-la. Eu... só quero... ficar perto dela. Somos amigos e... nos beijamos. O que somos agora? Eu pensei que falar com ela ia resolver esse problema e agora que tenho a primeira oportunidade me sinto relutante. Não quero ouvir de sua boca palavras de arrependimento. Assim que entramos em nosso quarto percebo o embrulho maior em cima da cômoda. Ela vai até ele e o segura firme em seus braços.

- Sasuke-kun, eu... – ela parece constrangida, mas usou o sufixo, isso é bom, não é? – eu... bem, eu tomei a liberdade de mandar fazer trajes para nós também. Com o símbolo do clã. – me estende o embrulho, corada – Espero que goste.

Fui pego de surpresa. Não esperava receber um presente e sim uma reprimenda. Vou em sua direção e aceito o pacote. Abro em cima do futton e me surpreendo com os quimonos pretos, um masculino e um feminino, ambos trabalhados com belos detalhes e com o emblema dos Uchiha bem destacado nas costas. Por essa eu não esperava. Essas roupas representam mais do que um incentivo para eu me vestir melhor. Apareceremos em público como o casal de jovens líderes do nosso clã. Com a mesma dignidade e pompa que meus pais já se apresentaram um dia. Ela estaria linda em qualquer uma das roupas que trouxe consigo, no entanto escolheu estar ao meu lado honrando meu sobrenome.

- Arigatô Hinata! – não sei se estou interpretando erroneamente, porém para mim isso significa muito. Eu nem mesmo fazia ideia de que podia significar tanto. Uma emoção forte toma conta de mim. – Aposto que seremos os mais elegantes da Vila! – tento gracejar mesmo sem talento para isso.

- Fico feliz que tenha apreciado! - ela sorri mais confiante – Tive medo que ficasse aborrecido por eu não ter perguntado se queria. É só que... você estava fora e... – ela se embola com as palavras fazendo aquele tique com os dedos. Não sei porque essa mania dela sempre me parece familiar.

- Não precisa explicar nada. Eu realmente fico grato. – seguro sua mão e a faço me olhar de frente – Precisamos conversar sobre...

- Hai, eu sei. – ela me interrompe – Podemos fazer isso mais tarde? Quando voltarmos?

- Podemos. Mas tem que me prometer que não vai se esquivar como tem feito esses dias.

- Eu não... você está enganado, eu não estou me esquivando.

- Ok. Quer usar o banheiro primeiro e... – faço um círculo com o indicador apontando seu rosto – se livrar logo dessa lama?

- Que Ino não ouça você comparando os cremes dela com lama. – ela ri - Pode ir na frente. Vou ajudar Hanabi a terminar aquele penteado antes que arranque os próprios cabelos. – Ela sai do quarto e vou me arrumar. Estou mais tranquilo ao perceber que o clima entre nós não está tão estranho quanto eu estava imaginando. Agora era esperar até voltarmos.

Como era de se esperar, elas estavam demorando. Nos aprontamos, Neji chegou, Orochimaru mudou de ideia e decidiu nos acompanhar de última hora, ficamos sentados um bom tempo, o assunto esgotou e nada. De repente surgiram as quatro. Todas muito elegantes. Só que, na minha opinião, Hinata mais uma vez se destacava sem nem desejar. Estava belíssima. A seda do quimono lhe caia muito bem, o coque frouxo enfeitado com um arranjo foral permitia que o brasão de nossa família ficasse a mostra e duas mechas longas soltas emolduravam seu rosto. Ofereci o braço à minha esposa e saímos em comitiva para a região central da Vila. Devo admitir que Konoha estava muito bem decorada. As pessoas pareciam já não se incomodar por estarmos circulando entre eles, volta e meia alguém nos cumprimentava com um aceno de cabeça ou de mão, certamente mais um dos efeitos da presença de Hinata em nossas vidas. Caminhamos lentamente, as moças pareciam fascinadas com cada detalhe, desde as belas lanternas até as inúmeras barraquinhas. O gritinho animado de Ino nos faz parar. Tudo porque ela avistou Sai. A loira escandalosa acena até o branquelo perceber que ela está chamando para se unir a nós. Assim que ele se aproxima, ela gruda no braço dele e não desgruda mais por nada. E ele nem reclama. Aliás, parece estar bem mais cordial com a Yamanaka. Agem como se tivessem marcado um encontro. Não faço ideia de como isso aconteceu. Será que foi só a conversa que tiveram no dia que eu bebi? Não pode ser. Depois daquilo, saímos em missão. Como poderiam se falar? Espera. Os pássaros de papel que ele enviava todas as noites e retornavam pela manhã! E eu achando que era uma estratégia de vigilância ou relatórios para o Hokage! Ele devia estar se correspondendo com a loira. Quer saber? Melhor assim. Pelo menos ela voltou a tratar Hinata bem e largou do meu pé. Boa sorte, garoto das tintas!

Acabamos parando nos arredores da árvore designada para receber os desejos. É costume nesse Festival fazer isso, amarrar pedidos na árvore. Aos poucos outros conhecidos se juntaram a nós. Os caras do time de Hinata, meu time, o time de Neji. Eu achava que o cabeludo namorava a Tenten. Eles estão quase sempre juntos. Será que me enganei? Noto que o Hyuuga ficou perturbado quando viu a garota chegar de braços dados com o esquisito do Lee. Acho que lembro de Hinata me contando que relacionamentos com estranhos não são bem aceitos no clã deles. Será por isso que ele está tão obstinado em auxiliar os planos arriscados de minha esposa? Para poder conquistar a garota das armas? Compelido pelo clima amistoso, me afasto sem alarde em busca de um doce para oferecer a senhora Uchiha. Não é muito, contudo sei que ela gosta e quero lhe fazer um agrado. É o mínimo que posso fazer diante de tudo que ela tem feito. Demorei um pouco escolhendo e aturando uma fila enorme para comprar. De onde surge tanta gente? Quando retornei, não encontrei Hinata onde deixei. Passei os olhos ao redor e nem sinal dela. Dei alguns passos na direção de Hanabi, para perguntar se sabia onde estava a irmã, quando avistei o vulto de um casal um pouco afastado de onde estávamos. Não demorei a reconhecer quem eram. Hinata e Naruto. Minha expressão contorceu de desgosto na hora. Minha esposa e meu melhor amigo pelos cantos. E eu, o pateta, o baka iludido, aqui assistindo de pé, com a mão melada de doce e o sangue borbulhando de... ciúmes? Não, não, não! Não pode ser ciúme! Não sou assim! Nem tenho esse direito. Eu... ela... não temos nada.

- Sasuke-kun, o que está fazendo aqui sozinho? - a voz estridente de Sakura invade meus ouvidos, sua mão puxa meu braço e ainda assim não consigo desviar meus olhos. – Poderia ir comigo... – ela segue a direção do meu olhar e vê o mesmo que eu. Naruto tocando o rosto de Hinata. – Mas o que aquele baka está fazendo? – sua voz estremece raivosa.

Hinata retira a mão do loiro e diz algo que o faz se afastar de cabeça baixa. Se eu não estivesse envolto nesse turbilhão de sentimentos confusos tentaria entender porque Sakura se afastou pisando duro.Só que não me importa agora. Nada importa. Se eu tivesse me mantido como sempre fui, distante, não estaria me sentindo dessa forma. Ferido. Sufocado. Solto o doce no chão e sigo em busca de uma barraca de saquê. Talvez a bebida anestesie essa dor. Não retornei para junto dos outros. Comprei uma garrafa e fiquei vagando,tentando me controlar e repetindo para mim mesmo que não tenho direito de cobrar nada. Sou só um marido de mentira. 

(Continua)

Por essa nem eu esperava rs. Sasuke fazendo pirraça por ciúmes? O que vem depois? Bem, se o trabalho facilitar eu tento terminar antes de domingo. Mas não posso prometer. 

Beijos da Nica!

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