Theo
Estava no escritório discutindo com meu irmão sobre as ultimas instalações da produtora e dentro de uma semana se tudo corresse dentro do período estipulado, a inauguração finalmente aconteceria.
Meu celular começou a vibrar sobre a mesa, olhei para ver quem era, pedi com a mão para meu irmão me dar um tempo e atendi.
- O que aconteceu? - Foi a primeira coisa que falei.
- A Sra. Austin e o irmão do Dr. Anthony tiveram uma briga no meio do corredor.
- Hum... Qual foi o problema?
- Eu não sei ao certo, não pude me aproximar demais, apenas escutei os dois trocarem ofensas e a Sra. Austin riu alto quando viu o jovem sair praticamente em desespero para ir embora.
Não contive a gargalhada e ri alto, Victória não levava desaforo para casa, essa eu queria escutar dela.
- Muito bem... Continue de olho vivo dentro desta clínica.
- Sim, senhor!
Desliguei ainda rindo, me recostei na cadeira.
Michael se levantou passando a recolher os papeis.
- Aonde vai, não terminamos isso. - Coloquei a mão sobre os papeis.
- Achei que iria sair correndo para salvar a donzela em perigo.
- Michael... - Chamei sua atenção. - Daqui por diante vai viver em Los Angeles. tente se acostumar com a cunhada que tem.
- Eu ainda temo por você.
- Não devia se preocupar tanto. Jpa tivemos essa conversa. E se ela tivesse que me matar, já teria feito.
- Eu ainda não confio nela.
- Quero todo esse equipamento montado no dia da inauguração, peça para isolarem o local para que nenhum visitante ultrapasse a linha permitida para transito enquanto fizermos o tour pelos dois Estúdios.
- Até o Studio pornô vai expor? - Michael me encarava franzindo a testa.
- Temos que fazer isso... eu ainda sou conhecido como o segundo produtor mais bem pago da atualidade.
- Muito bem... Agora preciso ir. - Ele se levantou novamente, olhou para mim antes de recolher as plantas, puxou com calma e os dobrou. - Eu não gosto de me meter na sua vida. Mas quero deixar claro que esse tratamento não vai dar certo. ela tem problemas e vocês sabe disso.
- Eu gosto do jeito maluco dela... - Sorri desafiador. - Somos parecidos... Eu só quero que ela não chegue ao extremo como matar. uma surra talvez. - Dei de ombros.
- Pelo amor de Deus, Theo! Você não tem juízo mesmo. - Michael colocou tudo em sua pasta, nos abraçamos e ele saiu batendo o pé.
Michael era minha versão calma, o politicamente correto e sua namorada chegava a ser mais chata do que ele, mesmo assim o amava o suficiente para deixa-lo ao meu lado todos esses anos. Nunca vi Michael ser atrevido com uma atriz pornô, outros com certeza não teriam o auto controle que ele tem.
Fui para a sala de estar e abri a porta para que August assim que chegasse viesse correndo fazendo sua bagunça com gritos e falatórios.
Hoje era dia combinado para Victória pegar o nosso filho na escola e traze-lo para casa. Nosso menino era só alegria quando isso acontecia.
Não demorou muito para escutar seus berros no jardim, entrando me chamando, abri os braços e ele pulou no meu colo.
- Vejo que hoje você está mais sujo do que porquinho em um curral! - Beijei sua bochecha com ele rindo do que falei.
- Eu não sou poiquinho! - Ele balançou a cabeça em negativa.
- Não! não é! - O coloquei no chão que saiu correndo, gritando o nome de Meleky, provavelmente querendo algo para comer.
Fiquei parado diante da porta, arrumando os punhos da camisa, Victória entrou vestindo seu lindo conjunto de taier cinza, ela sorriu contente e veio para me dar um beijo.
- Seja bem vinda! - Segurei a sua cintura e nos beijamos.
- Quero você por toda a noite! - Ela gemeu carinhosa entre meus lábios e acarinhou meus cabelos. - Estava com saudades!
- Você sempre está com saudades.... quaro ver quando eu estiver bem velhinho se ainda vai me querer por perto. - Apertei a sua cintura e a beijei. - Eu também a quero por toda a noite. ainda mais que tenho uma surpresa para você... comprei três cordas, cada uma com 5 metros de comprimento. Então já sabe que vou te levar ao extremo essa noite?
- Pendurada no teto? - ela riu sorrateira e me estendeu um papel- Adivinha quem ganhou liberdade condicional por bom comportamento? - ela riu. - Dr Anthony me deu uma semana com meu marido e filhos
- Isso é incrível! - A puxei para a sala e nos sentamos no sofá.
Olhei para Victória, ela estava calma, serena, e isso me deixava mais tranquilo e apaixonado, pois era como se a visse pela primeira vez.
- Vou levar você para jantar. Reservei um bom restaurante, área VIP... então será só nós dois.
- Hum, que delícia!
- Sobre a cama tem um vestido prata da PRADA, quero que o use, sem calcinha, quero você apenas com aquele tecido, junto tem uma corrente de diamante, estilo coleira. prenda os cabelos em um coque... - Minha fala era sensual enquanto alisava como uma massagem sua nuca. - Use seu melhor salto.
- O que está pretendendo, Theodoro Austin!
- Estar seus limites! - Dei um beijo apaixonado de língua.
- Isso é o que você faz de melhor.
- Eu gosto de te ouvir implorar por mim.
- É claro que gosta!
- Me conte como foi seu dia! - August voltou para a sala com seu pote de biscoitos e a caixa de seu brinquedo, se sentou no chão, nos olhou e riu oferecendo o biscoito.
- Obrigado, August! pode comer! - disse olhando para ele.
Victória apanhou um e sorriu pra ele, mordendo o biscoito.
- O dia foi ótimo e tenho um novo projeto para trabalhar, o casarão de Anthony e Sidney! E por falar nesse casal, tive uma pequena desavença com Andrew Herbert!
A olhei fingindo que não sabia de nada.
- Que tipo de desavença...
- Só lhe disse algumas verdades! A vontade foi de empurrá-lo com a cadeira de rodas escadaria abaixo.
- Ainda bem que não o fez... sabe que isso lhe traria consequências graves. - Falei sério. - Posso saber o motivo?
- Não se preocupe, não o faria! Ele não se contenta com o fato da Sidney não querer proximidade dele e acha que a culpa é minha. O que aquele idiota não entende é que a Sidney não o quer do mesmo modo que a Sandy também não queria.
Respirei fundo.
- Ele vai se acostumar... como já estava se acostumando com o sumiço dela. - cocei a testa preocupado. - Se não tivesse descoberto onde ela estava, teria voltado pra Washington D.C.
- Não me importa o que ele vai sentir ou deixar de sentir. Mas algo que ele disse me preocupou.
- E o que foi? - Fiquei curioso sobre o assunto.
- Que a culpa foi minha! Que eu fodi a cabeça da Sandy! Como se ele soubesse de algo.
Abri a boca me ajeitando no sofá, cruzei os braços tentando imaginar de onde ele tirou alguma informação.
- Ele jogou verde, Victória! Não tem como ele saber. - A olhei. - Não de importância para o que esse garoto imbecil fala. E tente manter distância.
- Vou manter! - ela sorriu e me puxou pra si, beijando minha boca. - Espero que use a sua criatividade pra brincarmos por uma semana
Sorri malicioso.
- Vou deixar você molinha... implorando por mim. - Toquei em seu queixo a puxando para outro beijo.
- Isso você consegue fácil, Theo!
- Anda... Tem que tomar um bom banho, relaxar na banheira... Demore o tempo que quiser, hoje você é totalmente minha.
- Eu sempre sou totalmente sua! - ela me beijou novamente e abaixou pegando August no colo. - Vem gatinho, vamos tomar um banho com a mamãe!
Acompanhei Victória até a escada, assim que subiu puxei meu celular.
- Taylor! Investigue Andrew, Quero saber tudo sobre ele, os mais podres do submundo que já passou e o que ele sabe de mim e de Victória. Coloque alguém pra vigiá-lo, quero saber quem o visita e pra quem ele liga. - Desliguei enfiando o celular no bolso.