Predestinados/Relançamento❤️

Galing kay SuzanaSanttos

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Jade Albuquerque uma jovem, milionária, educada, responsável pela empresa da família. Herdeira de um grande i... Higit pa

Paradeiro da Autora/ Elenco
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32

Capítulo 26

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Galing kay SuzanaSanttos

Dizem que com o tempo esquecemos.

Dizem que a dor passa, que os sentimentos ruins que trazemos conosco diminuem. Mentira.. não esqueci e não passou. Ainda me lembro do sol escaldante do meio dia, da areia fervente em baixo dos pés, da presença marcante na sacada, do assalto, das humilhações e principalmente lembro de como implorei para ser ouvido. Dei o meu melhor como homem, pessoa e trabalhador dentro dessa empresa e na minha vivência com Jade e só recebi ingratidão, injúria e desdém da parte de todos.

Havia passado anos alimentando essa vingança dentro de mim, imaginando cada detalhe de como seria o sabor da vitória diante dos meus inimigos e enfim tinha chegado o momento. Eu estava na cerâmica Albuquerque, na sala ao lado, onde todos estavam reunidos aguardando ansiosos o novo acionista sem que ninguém sequer imaginasse ser eu.

— Chegou o momento Sr. Heitor Souza. — Um dos advogados disse, despertando -me dos pensamentos logo após a secretária nos avisar que todos já estavam reunidos à nossa espera na sala de reuniões.

— Ok, então vamos! — Assenti com um bolo enorme na garganta, entretanto, estava ansioso demais para o momento.

— Vamos lhe pedir para que aguarde alguns instantes, antes de entrar na reunião, pois eu e advogado Santos entraremos primeiro para anunciá-lo.

— Tudo bem, assim será! — Assenti em concordância e caminhamos lado a lado em direção a sala de reuniões e cada passo que eu dava me aproximando do covil,
era um passo a mais em busca de justiça por tudo que me fizeram. Me despeço de ambos com um aperto de mãos, que em seguida entraram me deixando a sós no longo corredor.

Um silêncio desconfortável recai e eu estudo o que dizer encarando a madeira maciça da porta diante de mim. Sinto um furor enorme, meu peito queima em expectativa e a cólera se espalha tomando conta de mim. Não deixando espaço para nada que não seja a fúria por não ser mais o homem que eu era a anos atrás. O rapaz cheio de sonhos, batalhador e humilde havia morrido e dado lugar ao algoz que sou hoje.

Sobrepujando meu ódio enquanto aguardo o momento certo de agir, ansioso por tudo que estava para acontecer, não demorou para que a porta diante de mim fosse aberta e eu conseguisse contemplar vagarosamente os rostos de todos que estavam naquela sala.

Vejo expressões impactadas e ao mesmo tempo incrédulas com minha presença, juntamente com olhares de pura surpresa com a minha apresentação.

Isso era como um balsamo para mim.

Emperdigo a coluna e adentrei a sala de reuniões de cabeça erguida e como um ímã, minha atenção foi diretamente para Jade. Estreitei os olhos, enquanto nossos olhares se encontraram como em câmera lenta observo cada expressão do seu rosto, que continuava lindo, vejo seus olhos brilhando, e pude jurar que vi lágrimas brotando das bilhas castanhas âmbar que tanto me desestrutura.

Impressionante como o tempo só tinha feito bem.

Reagi a ela e desviei o olhar, mantive a posse, sem deixar que percebessem o quando eu estava afetado em vê-la depois de todos esses anos.

— Bom dia. — Cumprimentei limpando parcialmente a garganta  — É um imenso prazer poder reencontrar a todos. — Ergui a cabeça e sorri mordaz diante do silêncio sepulcral que imperava no ambiente.

— Esse é Heitor Souza, novo sócio majoritário da cerâmica Albuquerque. — Diz o advogado fazendo menção a mim.

— Gostei da decoração, tudo isso é para mim? — Ironizei sarcástico.

— Que palhaçada é essa? — Joaquim é o primeiro a esboçar uma reação de explosão se levantando da cadeira completamente incrédulo. — O que esse bandido faz aqui na minha empresa — Questionou acusando-me de imediato.

Ignorei suas acusações e caminhei calmante me sentando em seu lugar na cabeceira da mesa. Pois, ali era o lugar do presidente se sentar e pertencia a mim de agora em diante. Eu queria começar a deixar claro o fato para ele.

— Podemos continuar a reunião? — Indaguei cinicamente. — Ou precisam de mais alguma explicação. Um desenho, talvez? — Pergunto irônico.

— Exijo que me digam com clareza o que está acontecendo aqui ou chamo a polícia. — Joaquim esbraveja entre dentes.

— A polícia? — Questiono passando a mão no queixo em sinal de falsa dúvida. — Seria ótimo! — Sorri. — Assim saberíamos quem sairia daqui pelas portas dos fundos dessa vez. — Provoco sem perder a pose de poderoso chefão. — Agora peço que todos se acomodem, pois essa reunião será longa.

— Eu ainda não entendi que sandices são essas? O que garçom faz aqui? — Roger Salles Alcântara pergunta sem conseguir disfarçar seu desagrado. 

—  Cala boca! Se não me falha a memória, você é apenas um simples diretor por aqui. — Digo com intuito de lembrar a Roger seu lugar. — Acho que todos nessa sala estão com dúvidas de quem sou. — Fechei o cenho em sinal de impaciência. —  Então peço ao senhor advogado Álvaro Oliveira que explique novamente minha posição na cerâmica Albuquerque.

O advogado acena em concordância e se levanta abrindo os últimos botões do seu paletó antes de começar a falar:

— Esse é Heitor Souza, sócio majoritário da Cerâmica Albuquerque. Heitor Souza detém exatos 65% das ações, vendidas por Joaquim Albuquerque e Jade Albuquerque, intermediadas diretamente por mim e pelo colega advogado Santos, aqui também presente a essa reunião. — Sinalizou o outro advogado que estava acomodado ao seu lado. — Por tanto, Heitor Souza tem todo direito de estar aqui tomando posse do que é seu por direito. — Conclui levantando a cópia do documento de compra das ações.

Joaquim em um momento de fúria e descontrole puxa a folha com raiva e rasca diante do olhar de todos que ficam estupefatos com sua atitude.

Me divirto com seu descontrole e bati palmas, rindo alto. Percebo que o sabor da vingança havia começado adoçar meu paladar bem antes do que eu imaginava.

— Isso é apenas uma cópia, mesmo se fosse o original, nada do que fizer mudará o fato de eu ser o novo acionista da cerâmica Albuquerque. — Digo vitorioso. — Ah e te digo mais, acionista majoritário e partir desse momento novo CEO, presidente empossado por mim mesmo nesse exato momento. — Encarei a todos, enquanto a sala é tomada por burburinhos. — Devo avisar que as coisas vão mudar um pouquinho por aqui, é lógico! — Sorri de lado. — Quero que me diga qual é o gosto de saber que foi enganado Joaquim? —  Resolvo infernizar mais um pouco cruzando ambos os braços sobre o peitoral, o encarando com desdém.

— Miserável! Nunca vai conseguir roubar a minha empresa — Joaquim vocifera batendo na mesa com raiva sem conseguir mascarar seu ódio. — Um ladrão jamais ocupará a presidência. — Seus olhos se arregalaram enquanto saboreio ainda mais a cena. — Não estou me sentindo bem — Fala em seguida com voz esganiçada, se sentando com ambas as mãos sobre o peito em uma cena ridícula que combinava perfeitamente com ele.

Velho podre!!

Permaneço impassível, sem mover um único músculo diante de uma encenação clara.

— Papai está passando mal? — Jade se aproximou de Joaquim demonstrando preocupação. — Pai, fala comigo. — Pediu ao desafogar o nó de sua gravata, enquanto Joaquim parecia desacordado. Todos se levantam e se aproximam, afim de lhe oferecer os primeiros socorros, menos eu é claro que me divirto com a cena.

— Quer que chame uma ambulância ou já pode encomendar o caixão? — Pergunto zombeteiro e Jade desvia o olhar para mim, esquadrinhando lentamente meu rosto. Tinha o olhar duro, demonstrava mágoa, tristeza, amargura. Mas não chegava nem perto da hostilidade que eu sentia por ela naquele momento.

— Eu acho que já chega! — Diz encarando-me erguendo uma sobrancelha desafiadora. — Vou chamar um médico.

— Leve-o se quiser! — Digo com desdém — Mas a reunião vai continuar com ou sem vocês. — Aviso sustentando o seu olhar. — Tenho decisões importantes a serem definidas hoje e não será uma encenação barata que vai me impedir.

— Como se atreve? — Joaquim reage, demonstrando o que eu já sabia. Seu mal súbito não passava de uma mentira.

— Papai não estava desmaiado agora mesmo? — Jade perguntou incrédula fazendo-me rir.

— É impressionante que os anos passam e você continua acreditando em tudo, inclusive nas armações do seu pai. — Ironizei.

— O que quer dizer? Fale claramente? — Jade indaga arrogante.

— Não dê ouvidos a esse homem, Jade! — Joaquim interfere. — Estou indo agora consultar meus advogados, vou anular essa venda e tirar esse intruso de uma vez da minha empresa. — Joaquim vocifera se encaminhando para deixar a sala.

—  Te desejo sorte! —  estreitei os olhos sinicamente. — Ah, espero que tenha a mesma pressa para desocupar sua sala, pois vou tomar posse dela hoje mesmo. — Avisei.

— Isso é que veremos! — Joaquim diz entre dentes virando as costas, deixando a sala de reuniões com passos duros com Roger Salles Alcântara no seu encalço.

— Acho que agora podemos continuar a reunião? — Indago sobre o olhar atento de todos.

— Para mim já chega desse show! — Jade arrasta a cadeira e se levanta também caminhando em direção a porta, porém sou mais rápido que ela e consigo alcançar.

— Você não vai a lugar nenhum. — Peguei no seu braço e seu olhar foi diretamente para minhas mãos, era como se ela ansiasse em sentir meu toque.

Sentir a textura de sua pele era como entrar no túnel do tempo, despertava lembranças que eu queria esquecer, que estavam enterradas a muito tempo dentro de mim. Acabo fraquejando por poucos segundos preso em uma atmosfera só nossa 

— E se eu não quiser ficar? — Pergunta desafiadora fazendo-me despertar do meu estágio de fraqueza.

— Se deixar essa sala, está fora da empresa.

— Se engana se acha que tem todo esse poder. — Ela ri debochada.

— Quer pagar para ver? — Questiono a provocando.

— Pode ter certeza que sim! — Puxou o braço encarando-me fixamente sem desfazer o contato visual.

Sabia que Jade gostava de uma boa briga. Mas eu mostraria a ela quem era o real dono de tudo ali.

— Sempre soube que você era uma pau mandada do seu pai e não me surpreende em nada essa sua atitude. — retruco irônico fazendo seu rosto enrubescer de raiva.

— Ninguém manda em mim, presidente!
— Jade cospe as palavras com frieza, cerrando os dentes demonstrando o quanto era cheia de si.

Escutamos um pigarro nos despertado de nossa guerra particular. E percebi os olhares curiosos de todos que permaneciam na sala sobre nós dois.

— Peço desculpa a todos! — Volto a me sentar mesmo a contra gosto. — Podemos continuar a reunião de onde paramos? — Indago respirando fundo, recuperando a postura e o autocontrole — Sente-se Jade Albuquerque —  Ordenei com maxilar travado sem encara-la novamente.

Jade parece ponderar minha ordem e depois de algum tempo, resolve se sentar novamente em silêncio.

A reunião foi retomada e designei várias ordens com intuito de começar meu plano de vingança com tudo que tinha a ver com a cerâmica Albuquerque. Comecei rebaixado Roger e Joaquim de seus cargos e esse seria só começo do que eu tinha preparado para ambos. Pretendia fazer uma auditoria o mais rápido possível e conferir nos mínimos detalhes o porquê da cerâmica ter entrado no vermelho em tão pouco tempo. Com certeza encontraria algo que pudesse incriminar Joaquim e mandá-lo para prisão. Meu desejo mesmo era tirar ele definitivamente da empresa e eu conseguiria cedo ou tarde.

Quanto a Jade, fiz questão de colocar em seu lugar e ficou responsável de me mostrar como andava todos os setores da empresa nesse primeiro momento. Algo dentro de mim fazia questão dela por perto, mesmo eu lutando com todas as forças contra. Ainda sim a obsessão que eu tinha por ela, era o suficiente para vencer todas as barreiras que eu fazia questão de levantar diariamente há exatos 6 anos. E por último, convoquei uma reunião com todos os operários. Eu queria conversar com todos sem exceção. Faria uma reunião no pátio, afim de demonstrar meu poder e deixar claro que de agora em diante eu era o novo presidente da cerâmica Albuquerque.

Por vezes, Jade parecia dispersa, longe, mas a todo momento me encarava, parecendo procurar algo em meu olhar, por diversos momentos parecia até emocionada. Percebo também que Maya segurava sua mão e vez outra passava força. Eu só não entendia porque daquela cena, de Jade querer transparecer está não perturbada emocionalmente com minha presença. Afinal, ela não acreditou em mim, duvidou do meu caráter e me condenou sem ao menos me escutar primeiro. Se eu fosse esperar uma chance de ser ouvido, talvez estaria até hoje preso, apodrecendo na prisão. Jade demonstrou ser uma mulher fria, superficial, que preferiu simplesmente viajar para ignorar minha presença e tudo que tínhamos vivido juntos. Eu jamais perdoaria essa atitude dela. Nunca!!

Encerrei a reunião satisfeito com as primeiras ordens que havia dado, deixando bem claro que meu intuito era mudar completamente as diretrizes da empresa.

Observo todos deixarem a sala, alguns membros do conselho saem pensativos e outros comentando os tópicos mais notáveis da reunião entre si. Jade se mantém estática sem mover um único músculo, absorta em seus pensamentos. Não consigo reagir a ela. Só pensava que talvez não estivesse preparado ainda para uma conversa a sós. Entretanto, foi impossível evitar.

Jade tinha me magoado muito e nem mesmo o tempo havia sido capaz de apagar a mágoa que eu sentia.

— Agora chegou a nossa vez de colocar os pingos nos is. — Ela se colocou diante de mim, erguendo o queixo impetuosa, com ambas as mãos na cintura, parecia engasgada, disposta acertar as contas.

Se Jade achava que me enganaria com esse comportamento dissimulado, ela estava completamente enganada. Pois o único astuto ali era eu. E mostraria isso a ela com todas as letras aparti desse momento.

Nota: Desculpa pela demora, meu fim de semana foi muito agitado.

Será que essa conversa vai dar bom? ambos vão conseguir falar tudo que precisa ser dito?

O que vcs acham?

Comentem e votem meu povo!

Bjs da Su 😘

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