Capítulo 9

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Jade

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Jade.
Agora minha sereia tinha nome e eu não conseguia sequer deixar de pensar no tamanho do perigo que ela passou, antes de eu chegar e tirar aquele desgraçado de cima dela. Ficamos os dois nos olhando, ainda um tanto abalados, a energia cheia de magnetismo, todas as sensações vindo sem avisar. Depois que trocamos poucas palavras quis saber como ela estava. Eu não podia sequer imaginar que ela pudesse estar ferida. Ela nega, mas analiso com calma seu corpo para ter certeza que estava tudo bem. Reparei no cabelo solto, meio despenteado que caia sedoso por seus ombros. E nas olheiras sob os olhos grandes, de um castanho âmbar. Estava pálida e acima da bochecha tinha uma marca grande em tom esverdeado que chegava quase no final dos olhos. Indicando claramente que alguém tinha batido na região do rosto. Me remexo na cama sem conseguir conter minha raiva.

— Isso não é nada perto do que poderia ter acontecido se você não tivesse intervido. — Sua voz saiu baixa sem entonação. Em seguida sorriu, afastando o cabelo que caia em seus olhos.

Diante do meu olhar penetrante, finalmente ela deu o primeiro passo de se aproximar. Sentou-se na beirada da cama e não resisto quando seu cheiro natural exalou por meu olfato. Se apresentou e estendeu a mão cumprimentando-me. Tentei retribuir no mesmo momento, no entanto a dor me atingiu em cheio, fazendo-me encolher na cama. Ela morde o lábio inferior sentindo-se culpada.

— Calma, não precisa se esforçar. Vamos devagar. — Tocou-me na altura do ferimento e pude sentir a textura da sua pele pela primeira vez. — Olha, trouxeram sua comida. — Completou, se afastando por poucos metros, pegando a bandeja e trazendo até a mim.

Ela então fitou-me com expectativa  esperando que eu me alimentasse.

— Não estou com fome. — Minto, a verdade era que mal conseguia mexer os membros superiores, mas estava morrendo de fome.

Seu olhos sondaram meu corpo calmamente de cima abaixo, fixando-se no meu ombro.

— É lógico que não consegui comer. — Deu um tapa da testa como se sentisse estúpida demais ao constar o óbvio. — Vou te ajudar — Diz se aproximando ainda mais, ficando diante de mim. Pegou os talheres e abriu a marmitex que continha uma espécie de sopa ou caldo, não sei ao certo. Enche a primeira colher e faz uma espécie de aviãozinho no ar.

Sorrio com seu gesto abrindo a boca, degustando a caldo ralo com gosto.

— Lembro de você da praia. — Encheu a próxima colherada e mandou vê enfiando na minha boca.

— Sim, trabalho no calçadão. Também lembro de você. — Disfarço não só lembrava como a seguia com olhar em todas as oportunidades possíveis. — Porque estou internado em hospital particular? — Questiono mudando o rumo do assunto.

— Porque achei melhor te trazer para cá. — Diz dando de ombros. — Quer que avise alguém que está internado nesse hospital? Afinal, está aqui há 2 dias.

Predestinados/Relançamento❤️Where stories live. Discover now